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Boletim Carvalhaes
por Carvalhaes:
Postado em 15/06/2020
O dólar seguiu oscilando forte frente ao real esta semana. Depois de ter caído 2,75% na última sexta-feira, recuou 2,78 % na segunda-feira, quando fechou valendo R$ 4,8540, subiu 0,70% na terça e 0,96% na quarta-feira. Ontem, feriado nacional, não teve cotação, e hoje encerrou o dia com 2,17% de alta, valendo R$ 5,0420 e assim retornando ao patamar dos cinco reais.
O dólar operou em alta firme hoje no Brasil incorporando o forte ajuste que os demais ativos de risco registraram na sessão de ontem no exterior (feriado no Brasil), quando as bolsas em Nova Iorque tiveram o pior dia desde março. Na sexta-feira, no exterior, houve um ensaio de recuperação. Também influenciaram a alta do dólar “preocupações sobre a situação fiscal do Brasil”. Após acumular queda de 14,48% nas últimas três semanas no Brasil, a moeda americana encerrou esta com ganho de 0,96%, influenciada por um freio no otimismo persistente dos investidores, que alguns analistas começavam a achar exagerado (fonte: jornal VALOR Econômico).
O comportamento do dólar frente ao real influencia as cotações do café em Nova Iorque, levando mais incertezas aos operadores. Os contratos de café na ICE Futures US oscilaram bastante no decorrer da semana e os para julho próximo caíram na sexta-feira 80 pontos, encerrando a sexta-feira cotados a US$ 0,9520 por libra-peso. Ontem, feriado nacional no Brasil, caíram 75 pontos. No balanço da semana a queda desses contratos foi de 370 pontos. Em reais por saca, fecharam sexta-feira valendo R$ 634,94. Na sexta-feira passada valiam R$ 652,82.
O mercado físico brasileiro permaneceu calmo, praticamente não trabalhou. Com o feriado de ontem, tivemos apenas quatro dias úteis nesta semana, bastante negativa para o mercado físico brasileiro. Os preços oferecidos aos lotes da atual safra 2019/2020 continuam em um patamar em que não encontram vendedores. Os produtores em sua grande maioria estão com as atenções voltadas para os trabalhos de colheita e benefício da nova safra.
A colheita pega ritmo e avança, mas a velocidade é menor que a dos últimos anos devido aos cuidados necessários para colher em tempos de pandemia. Os custos de colheita se mostram mais caros a cada semana quando comparados aos de 2019.
O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou esta semana que o Brasil deverá produzir 57,3 milhões de sacas de 60 kg de café na safra 2020, sendo 42,5 milhões referentes à variedade arábica e 14,8 milhões à robusta. A previsão está dentro do intervalo projetado pela CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento que, em seu primeiro levantamento, estimou a colheita deste ano entre 57,1 milhões e 62 milhões de sacas. IBGE e CONAB estão alinhados quanto à previsão da safra de café a ser colhida, neste ano. Esses números estão bem abaixo dos projetados pelo Departamento de Agricultura dos EUA, o USDA. Segundo o USDA ela ficará em 67,9 milhões de sacas, que se confirmada, seria um novo recorde de produção para o Brasil. Essas diferenças nos números de produção se repetem ano após ano, confundem os analistas e os operadores de mercado, desorientando e prejudicando os cafeicultores brasileiros.
Os repasses dos recursos do FUNCAFÉ – Fundo de Defesa da Economia Cafeeira tiveram início na sexta-feira, 5 de junho, antecipando o prazo das liberações em quase dois meses, já que normalmente a operação começa entre o fim de julho e o início de agosto. A primeira instituição financeira que assinou o contrato com o MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para receber o capital do FUNCAFÉ foi o Banco Ribeirão Preto, que dispõe de um total de R$ 180 milhões para aplicação nas linhas de financiamento de Custeio, Estocagem, Aquisição de Café (FAC) e Capital de Giro para cooperativas, indústrias e exportadores. Para a safra 2020, o FUNCAFÉ conta com orçamento recorde de R$ 5,71 bilhões (fonte: CNC – Conselho Nacional do Café).
O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil informou que no último mês de maio foram embarcadas 2.978.829 sacas de 60 kg de café, aproximadamente 23 % (907.885 sacas) menos que no mesmo mês de 2019 e18 % (641.505 sacas) menos que no último mês de abril. Foram 2.198.696 sacas de café arábica e 484.064 sacas de café conilon, totalizando 2.682.760 sacas de café verde, que somadas a 296.058 sacas de solúvel e 11 sacas de torrado, totalizaram 2.978.829 sacas exportadas em maio último.
Até dia, 10 os embarques de maio estavam em 198.055 sacas de café arábica, 79.857 sacas de café conillon, mais 7.806 sacas de café solúvel, totalizando 285.718 sacas embarcadas, contra 331.312 sacas no mesmo dia de abril. Até o mesmo dia 10, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em maio totalizavam 976.456 sacas, contra 1.300.220 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 5 sexta-feira, até o fechamento de sexta-feira, dia 12, caiu nos contratos para entrega em julho próximo 370 pontos ou US$ 4,89 (R$ 24,68) por saca. Em reais, as cotações para entrega em julho próximo na ICE fecharam no dia 5 a R$ 652,82 por saca, e sexta-feira dia 12 a R$ 634,94. Na sexta-feira, 12, nos contratos para entrega em julho a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 80 pontos.
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