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Abic diz que abastecimento do setor no Brasil será apertado

 por DCI:

“No momento, a atenção da Associação Brasileira da Indústria de Café [Abic] é com relação ao abastecimento que, de acordo com as informações que nos chegam, levam a crer que será apertado”, enfatizou o diretor executivo da entidade, Nathan Herszkowicz, durante evento em São Paulo.

O executivo explica que a associação não conta com um levantamento próprio da safra e, por isso, trabalha com informações que vêm do mercado, dos produtores e das cooperativas, além da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“Todas elas indicam, por enquanto, um abastecimento apertado. Evidente que, para isso, será muito importante conhecer os tamanhos dos estoques físicos que ainda serão divulgados pela Conab. Mas de qualquer forma os números sempre levam mais ou menos à seguinte equação: a exportação brasileira foi de 36 milhões de sacas em 2014, e há uma expectativa dos exportadores de repetir volume semelhante ou um pouco menor. A indústria de café acredita que nós vamos chegar aos 21 milhões de sacas”, ressalta.

Safra

Isso significa que no Brasil, em 2015, vamos utilizar provavelmente toda a safra, cujo número gira em torno de 46 a 47 milhões e mais os estoques remanescentes – indústrias, armazéns gerais, exportadores, por exemplo.

Para Herszkowicz, esta conta não permite, em princípio, imaginar se haverá excedentes, mas mostra que o abastecimento será justo. “Se de fato for muito apertado, teremos como resultados cotações firmes que tendem a apresentar uma volatilidade grande até o fim da colheita”, destaca.

O executivo também esclareceu que ainda não está no pico da entressafra, que ocorre em maio, junho e, antes de entrar a nova safra, percebemos que os preços do café se movimentaram para cima. “Talvez esta seja a tendência no segundo semestre: volatilidade com momentos de alta, de recuperação de preços de baixa realização de lucros.”

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