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Análise da hEDGEpoint aponta que El Niño está de volta ao centro das atenções do setor cafeeiro
Análise da hEDGEpoint aponta que El Niño está de volta ao centro das atenções do setor cafeeiro
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Análise da hEDGEpoint aponta que El Niño está de volta ao centro das atenções do setor cafeeiro

Por CaféPoint: 

Postado em: 28/07/23
Na última semana, os preços do café continuaram a tendência de consolidação. No entanto, de acordo com análises da hEDGEpoint Global Markets, é importante notar a proximidade das médias móveis de 7 dias e 14 dias, assim como a diminuição das médias móveis de 100 dias e 200 dias, o que, juntamente com a posição vendida dos especuladores, poderia desencadear maior volatilidade. Quanto aos fundamentos, o clima tem estado em destaque e é vital compreender como ele pode se desenvolver tanto no curto prazo - dado o inverno no Brasil e a menor probabilidade de geadas - quanto no longo prazo, considerando o potencial da safra 2024/2025. O Gráfico #1 mostra as médias atuais e anteriores para o Índice da Região ONI 3.4, que sinaliza o El Niño quando estiver acima de 0,5°C. “Atualmente, o El Niño está ativo, e a última atualização sugere um fenômeno mais forte em 2023, atingindo intensidade máxima entre setembro, outubro e novembro, períodos-chave para a floração e desenvolvimento dos frutos no Brasil”, explica Natália Gandolphi, analista de Café hEDGEpoint Global Markets. A especialista comenta que, historicamente, o índice alcançou 1,5°C ou mais durante esta mesma janela em 1996/1997, 2008/2009 e 2014/2015. Nas duas primeiras ocorrências, os níveis de precipitação não foram afetados na região sul de Minas Gerais. No entanto, na última ocorrência, a precipitação ficou em 60% dos níveis normais (Gráfico #2). “Também é importante observar que os níveis médios de precipitação diminuíram 5% da média de 30 anos para a média de 20 anos, e 9% da média de 20 anos para a média de 10 anos”, comenta. O relatório também destaca que, em termos de temperaturas, o impacto nas médias é o oposto: as temperaturas têm sido ligeiramente mais altas, especialmente nos últimos três anos (6% acima da média de 30 anos - Gráfico #3). O ano de 2015 também se destaca nesse aspecto, já que as temperaturas em 1996/1997 e 2008/2009 ficaram abaixo da média, e o primeiro foi anteriormente afetado por geadas. Como resultado, a produção caiu 20% em 2015, quando comparada ao ano anterior fora de safra para o arábica. “Saber que o El Niño impactou negativamente a produção em sua última ocorrência torna importante acompanhar o clima nos próximos meses. A previsão de longo prazo é volátil, mas serve como um guia para as expectativas do mercado. Atualmente, mostra níveis mais elevados de chuva em agosto e setembro nas áreas de cultivo de café - exceto na região sul da Bahia. No entanto, ao entrar no período de outubro a janeiro, espera-se que os níveis de chuva fiquem abaixo da média na maioria das áreas de café, o que levanta preocupações em relação ao potencial da safra 24/25”, ressalta a analista. Clique aqui e confira o relatório completo.