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Apesar dos temores do Coronavírus, café encerra a semana com altas nos principais contratos

por Notícias Agrícolas:

O mercado futuro do café arábica encerra a semana com movimentações positivas nos principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). A sessão começou começou movimentações técnicas nesta sexta-feira (28), mas finalizou o pregão com valorização de mais de 100 pontos nos principais vencimentos.

Março/20 registrou alta de 190 pontos, valendo 110,10 cents/lbp, maio/20 teve alta de 160 pontos, cotado por 111,35 cents/lbp, julho/20 registrou alta de 155 pontos, cotado a 113,25 cents/lbp e setembro/20 teve aumento de 155 pontos, valendo 115 cents/lbp.

Toda a economia mundial foi marcada por uma semana de quedas e as principais commodities agrícolas registraram baixas, com aversão ao risco após novos casos de Coronavírus serem confirmados na Itália. O Brasil também emitiu a confirmação de um caso da doença no país nesta semana e se trata de um homem de 61 anos que viajou para o país europeu.

Analistas acreditam que o mercado futuro do café arábica ainda não sente os impactos do vírus, porque a demanda mundial não foi diretamente afetada como no caso das demais commodities agrícolas. Além disso, apostam que os preços mudariam de patamar em Nova York caso problemas com logísticas afetassem diretamente o setor.

“Os preços do café nesta manhã estão subindo com a especulação de que o surto de coronavírus terá apenas um impacto limitado na demanda de café. A Starbucks disse na quinta-feira que a desaceleração de novos casos de coronavírus na China permitiu abrir 85% de suas 4.292 histórias na China”, afirmou o site internacional Barchart em sua análise diária.

Além disso, o clima nas regiões produtoras de café no Brasil também foi destaque para operadores em Nova York. Chovendo de maneira expressiva desde o final de janeiro, a Somar Meteorologia informou que as chuvas em Minas Gerais mediram 131,8 milímetros na semana passada, número que representa 304% da média histórica, o que poderia ter saturado os campos de café no Brasil, reduzindo assim a estimativa da safra.

Em Minas Gerais a Emater-MG segue acompanhando de perto as condições nas lavouras. De acordo com Julian Silva Carvalho – Coordenador Técnico da Emater – a situação é mais crítica na Zona da Mata Mineira, que já tem consolidada a perda de 15 mil sacas de café em decorrência das fortes chuvas.

A previsão indica mais chuvas para todo o estado mineiro durante o final de semana e Julian destaca que além da Zona Mata, as demais áreas também precisam ser monitoradas para evitar o surgimento de doenças e pragas, que podem aparecer devido a umidade nas lavouras.

Produtores de café vêm enfrentando preços abaixo do esperado desde o início desse ano e nas primeiras semanas de feveiro os principais contratos chegaram e ficar abaixo dos 100 cents/lbp. Durante a Femagri, os preços voltaram a subir e analistas acreditam que o setor passou a ter movimentações de recuperação.

No Brasil, o mercado interno acompanhou o exterior e também encerra a semana com altas nas principais praças 

O tipo 6 duro registrou valorização de 1,90% em Guaxupé/MG, estabelecendo os preços por R$ 535,00. Em Poços de Caldas/MG a alta foi de 1,55%, cotado por R$ 525,00. Patrocínio/MG registrou alta de 1,94%, valendo R$ 525,00. Araguarí/MG registrou valorização de 1,89%, cotado por R$ 540,00. Espírito Santo do Pinhal/SP registrou alta de 1,92%, cotado por R$ 530,00 e Franca/SP teve aumento de 1,92%, estabelecendo os preços por R$ 530,00.

O tipo 4/5 registrou valorização de 1,52% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 535,00. Franca/SP teve valorização de 1,89%, estabelecendo os valores por R$ 540,00. Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 515,00.

O tipo cereja descascado registrou alta de 1,75% em Guaxupé/MG, valendo R$ 580,00. Poços de Caldas/MG subiu 1,36%, cotado por R$ 595,00 e Patrocínio/MG teve valorização de 1,80%, cotado por R$ 565,00.

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