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Após intensa volatilidade, Bolsa de Nova York fecha com queda acima de 100 pts com pressão do dólar

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Após intensa volatilidade, Bolsa de Nova York fecha com queda acima de 100 pts com pressão do dólar
por Notícias Agrícolas:
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa nesta segunda-feira (3), após registrar leve recuperação na semana passada. Os futuros voltaram a operar próximos do patamar de US$ 1,20 por libra-peso com um novo avanço do dólar ante o real e aspectos técnicos.
O vencimento setembro/15 registrou 123,95 cents/lb com baixa de 130 pontos. O dezembro/15 anotou 127,15 cents/lb, o março/16 teve 130,65 cents/lb e o maio/16 encerrou o dia com 132,80 cents/lb, ambos com desvalorização de 135 pontos.
De acordo com o analista João Santaella, apesar do avanço nas cotações na semana passada, a questão cambial continua chamando a atenção dos operadores. A alta do dólar contra o real sugere ainda maior força para o Brasil exportar a commodity.
A moeda norte-americana fechou esta segunda-feira cotada a R$ R$ 3,4545 na venda e valorização de 0,87%, maior patamar intradia desde 20 de março de 2003.
No mês passado, a questão cambial também influenciou bastante as cotações no mercado do café arábica. A queda no período foi de 5,7% em relação a junho. A alta do dólar frente ao real e outras moedas, a melhora no clima, que beneficia a colheita, e a menor demanda no Hemisfério Norte neste verão foram os principais fatores de pressão, informa a Safras & Mercado.
Ainda de acordo com Santaella, alguns fatores altistas limitaram baixas ainda mais expressivas no pregão de hoje. "Há preocupações com a safra de café dos países ocidentais, o Vietnã e a Indonésia passam por falta de chuva com o fenômeno El Niño", afirma o analista.
Exportações Secex
Foram divulgados ontem dados de exportação de café pela Secex (Secretária de Comércio Exterior), do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Entretanto, segundo analistas, a informação não repercutiu tanto no pregão de Nova York.
Os embarques brasileiros do grão fecharam o mês de julho (23 dias úteis) com US$ 405,8 milhões em receita e média diária de US$ 17,6 milhões. O volume embarcado totalizou 2,499 milhões de sacas de 60 kg, com média diária de 108,7 mil sacas. O preço médio foi de US$ 162,40 por saca. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma queda em receita e volume. Entretanto, comparando com junho deste ano os números foram mais elevados.
Clima
De acordo com mapas climáticos da Somar Meteorologia, a primeira semana de agosto deve continuar com tempo aberto nas principais regiões produtoras de café do Brasil. O avanço das frentes frias é bloqueado ainda na Argentina e Uruguai, dessa forma todo o cinturão produtor de café tem a continuidade desse tempo seco na próxima semana.
Mercado interno
No mercado físico, o dia foi de poucos negócios pelas praças de comercialização do Brasil. Os preços continuam firmes com oscilações pontuais em algumas cooperativas.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação ontem na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 512,00 e baixa de 0,58%. A oscilação mais expressiva foi na cidade de Varginha-MG com alta de 6,52% e saca cotada a R$ 490,00.
O tipo 4/5 também registrou maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 512,00 a saca e recuo de 0,58%. A oscilação mais expressiva no dia foi na cidade de Franca-SP onde a saca caiu 6,12% para R$ 460,00.
O tipo 6 duro teve maior valor na cidade de Guaxupé-MG com R$ 455,00 a saca e baixa de 0,66%. A maior oscilação no dia foi registrada na cidade de Espírito Santo do Pinhal-SP com alta de 2,33% e saca cotada a R$ 440,00.
Na sexta-feira (31), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 1,54% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 435,24.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) fecharam com queda nesta segunda-feira, acompanhando Nova York, devido ao avanço do dólar. O contrato julho/15 está cotado a US$ 1625,00 por tonelada com desvalorização de US$ 13, o setembro/15 teve US$ 1644,00 por tonelada e recuo de US$ 11 e o novembro/15 anotou US$ 1661,00 por tonelada com US$ 10 de baixa.
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