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Após intensa volatilidade, cotações do arábica em NY fecham praticamente estáveis nesta 3ª feira

por Notícias Agrícolas:

Nesta terça-feira (17), os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam praticamente estáveis após registrar intensa volatilidade, chegando a ficar dos dois lados da tabela. O mercado, no entanto, continua testando leve recuperação após recuar cerca de 300 pontos na sexta-feira (13), atingindo o menor patamar em 21 meses, em meio a um maior otimismo dos operadores em relação à safra 2016/17 do Brasil, além de aspectos técnicos.

O contrato dezembro/15 encerrou o dia cotado a 114,25 cents/lb com baixa de 10 pontos, o março/16 anotou 118,25 cents/lb e alta de 5 pontos. Já o vencimento maio/16 teve 120,45 cents/lb também com valorização de 5 pontos, enquanto o julho/16, mais distante, fechou a sessão a 122,60 cents/lb e 15 pontos positivos.

Para o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia no mercado do café foi lento e com poucas emoções mercadológicas. “Os terminais internacionais de Nova York e Londres, ao que parece, já começaram a se ajustar ante ao final do ano que se aproxima. Assim, a sensação reinante é de que 2015 já deu o que tinha para dar”, afirma.

Na sessão de ontem, as cotações do arábica no terminal norte-americano também testaram recuperação após caírem 300 pontos na sexta-feira. De acordo com a trading cingapuriana Olam International, a safra de café do Brasil 2016/17 deve ser de 60 a 62 milhões de sacas de 60 kg. Com isso, os investidores ficaram mais tranquilos em relação ao equilíbrio entre oferta e demanda. No entanto, apesar do número ser alto, analistas alegam que o mercado global ainda estaria em déficit, pelo terceiro ano consecutivo.

No aspecto fundamental, o clima ainda continua no foco dos envolvidos de mercado. Nos próximos dias chuvas mais fortes devem atingir a parte central e norte de Minas Gerais, além do Espírito Santo com volumes que podem chegar a 100 milímetros. O estado enfrenta forte seca pelo segundo ano consecutivo. As informações são da Somar Meteorologia.

Mercado interno

No mercado físico, os negócios com café seguem lentos e as praças de comercialização têm registrado curtas oscilações de preço. “A ansiedade geral está baseada em fatores climáticos e, desta forma, os negócios e seus desdobramentos ficam sendo colocados em segundo plano”, explica Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 538,00 – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) onde a saca subiu 4,88%, a R$ 516,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 532,00 a saca – estável. A variação mais expressiva no dia ocorreu em Varginha (MG) com baixa de 1,01% e R$ 490,00 a saca.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Araguari (MG) com R$ 490,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com recuo de 2,08% e saca cotada a R$ 470,00.

Na segunda-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, registrou alta de 1,06% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 463,14.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, também fecharam com leve alta nesta terça-feira. O contrato novembro/15 encerrou a sessão cotado a US$ 1536,00 por tonelada – estável, o janeiro/16 teve US$ 1565,00 por tonelada e avanço de US$ 5 e o março/16 registrou US$ 1582,00 por tonelada com valorização de US$ 7.

Na segunda-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 375,97 com alta de 0,21%.

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