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Após queda na véspera, Bolsa de Nova York retoma alta nesta 5ª feira com mercado atento ao Brasil

por Notícias Agrícolas:

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quinta-feira (25) com alta de pouco mais de 100 pontos ainda repercutindo as incertezas em relação à safra 2017/18 do Brasil e com investidores à espera da divulgação sobre os juros nos Estados Unidos, que impacta o câmbio. Com isso, o mercado já recupera parte das perdas registradas na véspera, motivada por ajustes técnicos, e volta a fica mais próximo de US$ 1,45 por libra-peso.

O contrato setembro/16 encerrou o dia cotado a 143,50 cents/lb, o dezembro/16 registrou 144,45 cents/lb, ambos com alta de 135 pontos. O vencimento março/17 fechou a sessão cotado a 147,60 cents/lb e o maio/17 anotou 149,50 cents/lb, ambos com valorização de 130 pontos.

Os futuros do arábica na ICE chegaram a operar no vermelho pela manhã ainda em acomodação ante as altas do início da semana, que levaram os preços acima de US$ 1,50/lb. Apesar da valorização desta quinta, “investidores continuaram conservadores em suas apostas afim de esperar com certa cautela os possíveis desdobramentos de uma possível alta dos juros americanos”, afirma o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Para amanhã, o analista acredita que as cotações não registrem oscilações expressivas. “Tanto no café como no financeiro, as cotações e os humores, pisam em ovos, por não dizer, andam no fio da navalha. Para amanhã, é provável que esse sentimento se maximize e assim, a cautela mercadológica deverá dar a tônica”, explica Magalhães.

O dólar avançou 0,27% nesta quinta-feira, a 3,2316 reais na venda, com investidores bastante ansiosos com discurso da chair do Fed (Federal Reserve), Janet Yellen. “Dá para resumir o mercado em duas palavras: Yellen e impeachment”, disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues, à Reuters.

De acordo com o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa, os operadores na Bolsa de Nova York estão monitorando as chuvas no Brasil e as floradas.  “Aparentemente são esses os fatores que poderão tirar o mercado de arábica do intervalo entre 125 cents e 155 cents”, disse em seu informativo.

Mapas climáticos mostram que as temperaturas tendem a subir nas áreas produtoras de café nos próximos dias. Porém, no Espírito Santo, Zona da Mata de Minas Gerais e Sul da Bahia chuvas fracas e dispersas não estão descartadas. Já no Paraná, São Paulo e Sul e Oeste de Minas Gerais, o clima continua seco e com temperaturas mais altas.

Apesar do clima adverso nos últimos dias, estimativa da Safras & Mercado, divulgada hoje (25), aponta que a colheita brasileira estava em 91% até dia 23 de agosto. Com a previsão de produção de 54,9 milhões de sacas de 60 kg no Brasil da consultoria nesta temporada, é apontado que já foram colhidas 50,06 milhões de sacas. Os trabalhos evoluíram 5% em relação à semana anterior.

Mercado interno

Nas praças de comercialização do Brasil seguem lentos os negócios com café. Cientes da possibilidade de valorização dos preços nos próximos meses, os cafeicultores brasileiros esperam por melhores patamares. “O setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas e isso vem inviabilizando o aumento da liquidez na maior parte das regiões produtoras valendo a reflexão de que este comportamento não tem tido força para mudar os preços de patamar”, afirma Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 590,00 a saca e alta de 5,36%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 553,00 a saca e queda de 0,90%. A maior oscilação no dia.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação na cidade de Araguari (MG) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu nas cidades de Espírito Santo do Pinhal (SP) e Franca (SP) com R$ 490,00 a saca e queda de 2,00%.

Na quarta-feira (24), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 471,89 com queda de 3,23%.

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