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Após semana intensa: Café tem sexta-feira tranquila, mas finaliza acima dos 130 cents/lbp em NY

Postado em 14/09/2020

Nesta sexta-feira (11) as cotações finalizaram com poucas variações na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Após uma semana de grande volatilidade, os preços estabilizaram e voltaram a encerrar acima dos 130 centavos por libra-peso.

Segundo análise de Guilherme Morya, do Rabobank, principais fatores para a formação de preços nos últimos dias foram: entrada mais efetiva de fundos não comerciais na Bolsa, estoques globais mais baixos na ICE, demanda mais aquecida e condições do clima na maior região produtora do Brasil, de acordo com análise da Rabobank.

Dezembro/20 teve alta de 75 pontos, valendo 132,45 cents/lbp, março/21 registrou alta de 80 pontos, negociado por 133,40 cents/lbp, maio/21 registrou alta de 90 pontos, valendo 134,35 cents/lbp e julho/21 registrou valorização de 100 pontos, negociado por 135,35 cents/lbp.

Para os próximos Morya, não descarta a possibilidade de novas altas, dando destaque para as condições no clima no Brasil que devem dar suporte para a volatilidade nos preços da Bolsa. Não me espantaria o mercado subir um pouco mais dado a participação dos fundos comerciais e também esses fundamentos do clima no Brasil. A gente vai perceber que um eventual prolongamento da ausência de chuvas pode gerar um pouco mais de volatilidade no mercado”, comenta.

A análise internacional do site Barchart também deu destaque para o clima em Minas Gerais na última análise da semana. “O recente clima seco em Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, pode levar a menores safras de café e está otimista para os preços do café”, comenta.

Ainda de acordo com a publicação, a Somar Meteorologia disse na terça-feira que a maioria das regiões produtoras de café no Brasil não receberia chuvas significativas até 25 de setembro. Os níveis de umidade do solo em Minas Gerais estão atualmente apenas de 20% a 30%, abaixo do nível ideal de 60% para o desenvolvimento da cultura.

Mercado Interno 

No Brasil, o mercado acompanhou o exterior e finalizou a sexta com estabilidade nas principais regiões produtoras do país. No mercado físico, o ritmo de negócios permanece lento, principalmente para o arábica, que tem boa parte da nova safra já comercializada. O indicador calculado pelo Cepea para a variedade teve declínio de 3,1% na semana, situando-se em R$ 587,04/saca. Para o robusta, o índice ficou em R$ 399,98/saca, com recuo de 0,2%.

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,81% em Poços de Caldas/MG, estabelecendo os preços por R$ 625,00. Guaxupé/MG manteve o valor por R$ 627,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 610,00, Araguarí/MG manteve o valor por R$ 600,00, Campos Gerais/MG manteve o valor por R$ 625,00.

O tipo cereja descascado registrou valorização apenas em Poços de Caldas/MG, de 0,74% e valendo R$ 680,00. Guaxupé/MG manteve o valor de R$ 670,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 660,00, Varginha/MG manteve por R$ 690,00 e Campos Gerais/MG manteve o valor de R$ 685,00.

Já o café tipo conilon finalizou com altas mais expressivas na Bolsa de Londres  (ICE Futures Europe), após iniciar a sexta-feira (11) com poucas variações. De acordo com o site Barchart, os preços ainda recebem suporte da expectativa de quebra na produção no Vietña, que previu, na semana passada, que a produção de café do Vietnã 2020/21 cairá -4,8%.

Novembro/20 teve alta de US$ 10 por tonelada, valendo US$ 1433,00, janeiro/21 teve alta de US$ 9 por tonelada, negociado por US$ 1445, março/21 registrou valorização de US$ 10 por tonelada, valendo US$ 1458 e maio/21 também teve alta de US$ 10 por tonelada, valendo US$ 1471.

“Em relação ao robusta, no Espírito Santo, produtores consultados pela instituição estão atentos ao clima, uma vez que chuvas regulares são necessárias nas próximas semanas para o pegamento das flores da safra 2021. Em Rondônia, o clima permanece seco e agentes aguardam o retorno das precipitações para a abertura da florada nos cafezais”, destacou o CNC nesta sexta-feira.

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