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Balança comercial fica no vermelho na segunda semana de julho

por G1:

Déficit registrado foi de US$ 174 milhões, de acordo com o MDIC.

Importações cresceram 14,6%, enquanto as exportações caíram 18%.

As importações superaram as exportações na semana passada, resultando em déficit da balança comercial de US$ 174 milhões, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) nesta segunda-feira (13). No período, as importações (US$ 3,668 bilhões) cresceram 14,6%, enquanto as exportações (US$ 3,494 bilhões) registraram queda de 18%.

A baixa das exportações na segunda semana de julho se deve à queda nas exportações de produtos semimanufaturados (-39,3%), manufaturados (-19,0%) e básicos (-12,6%). Já as importações subiram por conta, principalmente, do aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, automóveis e partes, químicos orgânicos e inorgânicos, farmacêuticos e produtos siderúrgicos.

No acumulado do mês de julho, o saldo da balança comercial é positivo em US$ 462 milhões, sendo que as exportações somaram US$ 6,050 bilhões e as importações, US$ 5,58 bilhões. Segundo o MDIC, no acumulado do ano o saldo também é positivo, em US$ 2,68 bilhões. As exportações totalizaram US$ 100,379 bilhões e as importações, US$ 97,696 bilhões.

Em janeiro e fevereiro, houve déficit de US$ 3,17 bilhões e US$ 2,84 bilhões, respectivamente. Em março e abril, o saldo ficou positivo em US$ 458 milhões e US$ 491 milhões. Maio e junho fecharam no azul em US$ 2,76 bilhões e US$ 4,52 bilhões.

Primeiro semestre

No acumulado do primeiro semestre, a balança comercial registrou superávit de US$ 2,22 bilhões. No mesmo período de 2014, o saldo havia sido negativo, de US$ 2,51 bilhões. O resultado positivo deste ano só foi possível porque as importações (-18,5%) caíram mais que as exportações (-14,7%).

Resultado de 2014

Em 2014, a balança comercial brasileira teve déficit (importações maiores do que vendas externas) de US$ 3,93 bilhões, o pior resultado para um ano fechado desde 1998, quando houve saldo negativo de US$ 6,62 bilhões. Também foi o primeiro déficit comercial desde o ano 2000, quando as compras do exterior ficaram US$ 731 milhões acima das exportações.

De acordo com o governo, a piora do resultado comercial no ano passado aconteceu, principalmente, por conta da queda no preço das “commodities” (produtos básicos com cotação internacional, como minério de ferro, petróleo e alimentos, por exemplo); pela crise econômica na Argentina – país que é um dos principais compradores de produtos brasileiros – e pelos gastos do Brasil com importação de combustíveis.

Estimativas para 2015

Em junho, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, declarou que os resultados parciais da balança comercial brasileira indicavam que o saldo do ano de 2015 fechado pode ficar superavitário (exportações menos importações) em um valor entre US$ 5 bilhões e US$ 8 bilhões.

Foi a primeira vez que o governo citou uma previsão para o superávit comercial deste ano. Até então, os integrantes do Ministério do Desenvolvimento, responsáveis pela divulgação dos resultados comerciais brasileiros, se limitavam a informar que projetavam um saldo positivo, mas sem falar em números.

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