NOTÍCIAS

Balanço Semanal — 1º a 05/Junho

por CNC:

— Governo anuncia nomeação de Eduardo Sampaio Marques para o Dcaf e a liberação de R$ 4,136 bilhões do Funcafé para a safra 2015.

DCAF — O ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Aloizio Mercadante Oliva, nomeou, conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 3 de junho, Eduardo Sampaio Marques para exercer o cargo de diretor do Departamento do Café (Dcaf) da Secretaria de Produção e Agroenergia (SPAE) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O CNC trabalhou junto ao Governo, em especial com a ministra Kátia Abreu e o secretário executivo André Nassar, a quem agradecemos sobremaneira, para a nomeação de Sampaio no Departamento do Café, haja vista os destacados profissionalismo, competência e experiência no setor público que possui, além de ser exímio conhecedor da realidade do campo.

FUNCAFÉ 2015 — O Banco Central do Brasil divulgou, ontem, a Resolução BACEN nº 4.414, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, que dispõe sobre ajustes nas normas de financiamento com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) a partir da safra 2015/2016. Em relação à distribuição do capital, o Governo atendeu à orientação do Comitê Diretor de Planejamento Estratégico do Café (CDPE), do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), e aprovou orçamento recorde de R$ 4,136 bilhões, montante 8,1% superior ao de 2014.

Esse incremento foi puxado pela elevação dos recursos destinados às linhas de financiamento de Estocagem (+15,8%) e Custeio (+12,4%), conforme o Conselho Nacional do Café solicitou na reunião do CPDE, pois já previa as dificuldades que seriam enfrentadas nesta safra pelos produtores, como a ocorrência de várias floradas e a consequente desuniformidade dos grãos, que, atualmente, encontram-se em estágios verde, maduro e boia ainda nas plantas, cenário estimulado pelas adversidades climáticas ocorridas desde 2014.

O CNC enaltece o fato de o Governo ter compreendido a necessidade de não haver contingenciamento nos recursos do Funcafé, conforme nossa solicitação, bem como o agradece pela aprovação do incremento de recursos nas linhas de Estocagem e Custeio, o que permitirá que o produtor esteja capitalizado e realize um ordenamento da oferta, aproveitando os melhores cenários mercadológicos e não ficando refém dos picos de baixa gerados por especulações eventuais. Confira, na sequência, como ficou a distribuição dos recursos.

 

CNC 1

TAXA DE JUROS — A respeito dos encargos financeiros das operações, foi realizada uma alteração na alínea “c” do Manual de Crédito Rural 9-1, que passará a vigorar da seguinte maneira:

“c) encargos financeiros, para as operações contratadas a partir de 1º/7/2015:

I – taxa efetiva de juros de 8,75% a.a. (oito inteiros e setenta e cinco centésimos por cento ao ano), observado o disposto no inciso II;

II – taxa efetiva de juros de 10,5% a.a. (dez inteiros e cinco décimos por cento ao ano) para operações de que tratam o MCR 9-4 e MCR 9-6”.

Ao mesmo tempo em que solicitamos que as taxas de juros para operações com recursos do Funcafé fossem mantidas nos níveis praticados em 2014, ainda na reunião do CDPE, também entendemos que a elevação ocorrida reflete a realidade do atual cenário econômico do Brasil, sendo, portanto, algo compreensível. Já a remuneração da instituição financeira (spread) foi mantida em 4,5% a.a. É válido salientar que as informações supracitadas entrarão em vigor somente a partir do dia 1º de julho de 2015.

CONTRATAÇÃO DOS AGENTES — Também no DOU desta quarta-feira, o Ministério da Agricultura tornou público que contratará instituições financeiras integrantes do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) para atuarem como agentes na aplicação e na administração de recursos do Funcafé. Os interessados deverão encaminhar, formalmente, proposta de contratação dos recursos à Secretaria de Produção e Agroenergia do Mapa, no endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco “D”, 7º andar, Edifício Sede, CEP 70.043-900 – Brasília – DF. As propostas deverão ser encaminhadas até o dia 10 de junho de 2015.

MERCADO – Nesta semana mais curta devido ao feriado de Corpus Christi, os preços futuros do café apresentaram significativa recuperação, motivada principalmente pela queda do dólar, que ontem foi cotado a R$ 3,1346 e registrou desvalorização de 1,7% em relação ao fechamento da última sexta-feira. Os indicadores que reforçam o fraco desempenho da economia dos Estados Unidos, acalmando as expectativas sobre uma iminente alta dos juros daquele país, foram os principais fatores que direcionaram o movimento das cotações da divisa norte-americana.

Na ICE Futures US, o vencimento julho do Contrato C encerrou o pregão de ontem a US$ 1,327 por libra-peso, acumulando alta de 655 pontos em relação ao fechamento do final da semana passada. As recentes altas podem ser interpretadas como uma correção do mercado, que estava sobrevendido até o final de maio.

As cotações do robusta, negociadas na ICE Futures Europe, também se recuperaram. Na terça-feira, o vencimento julho/2015 encerrou o pregão a US$ 1.723 por tonelada, acumulando ganhos de US$ 91 nos últimos dois dias.

Mesmo com o avanço nos preços do café, a comercialização no Brasil permaneceu fraca. Ontem, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 437,57/saca e a R$ 295,64/saca, respectivamente, com alta de 6,4% e 2,2% em relação à última sexta-feira.

CNC 2

Notícias Relacionadas