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BALANÇO SEMANAL CNC — 04 a 08/11
CNC solicita descontingenciamento de recursos para pesquisas
Silas Brasileiro se reuniu com senador Marcelo Castro, presidente da CMO, e apresentou o pleito na última terça-feira
O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, reuniu-se, na terça-feira, 5 de novembro, com o senador Marcelo Castro, presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), para tratar do descontingenciamento de recursos para a pesquisa cafeeira.
“Solicitamos ao presidente da CMO, que analisa o Projeto de Lei Orçamentária Anual 2020, o desbloqueio de R$ 15 milhões do Funcafé, porque a previsão orçamentária de R$ 8,39 milhões constante no PLOA 2020 é insuficiente para a execução de ações e projetos de pesquisa, capacitação de técnicos, sistematização do parque cafeeiro e promoção do café brasileiro, que são finalidades do Fundo definidas na legislação”, explica.
No encontro, o CNC esclareceu ao senador que o Funcafé foi constituído com recursos confiscados dos próprios cafeicultores, entre 1986 e 2004, e, por isso, a cadeia produtiva participa da gestão do Fundo, decidindo sobre a distribuição de seu orçamento anualmente, através do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC).
Brasileiro comenta que, desde 2013, inexplicavelmente, a maior parte das despesas discricionárias do Funcafé vem sendo objeto de “Reserva de Contingência”. Também incompreensivelmente o volume de recursos do Fundo “esterilizado” por essa reserva tem sido crescente. “Somente da LOA 2017 (R$ 29,95 milhões) até o PLOA 2020 (R$ 36,87 milhões), o aumento é de 23%”, destaca.
Ele explica, ainda, que, devido a essa tendência, estão prejudicados os 95 projetos de pesquisa em andamento, executados pelo Consórcio Pesquisa Café, que foram direcionados conforme as necessidades de inovação tecnológica do setor produtivo. “O orçamento necessário para a execução desses projetos em 2020 é de R$ 7,3 milhões. O montante disponível de R$ 8,39 milhões para todas as despesas discricionárias garantirá alocação de apenas cerca de R$ 4 milhões para a execução dos 95 projetos, o que inviabilizará o andamento da pesquisa cafeeira em 2020”, completa.
O presidente do CNC conclui que o descontingenciamento dos R$ 15 milhões é necessário devido ao alto risco de paralização da pesquisa cafeeira do Brasil, líder mundial de produção e exportação. “Não contando com esses recursos, também veremos a inviabilização de capital para capacitar técnicos, transferir tecnologias aos cafeicultores, sistematizar o parque produtivo e promover o consumo de café”, finaliza.
O senador Marcelo Castro foi receptivo ao pleito apresentado pelo CNC e manifestou que se engajará, na CMO, para que o Brasil disponha de recursos para manter a vanguarda no setor e seguir gerando milhões de postos de trabalhos. “Saber que são 8,4 milhões de empregos na cadeia do café demonstra o tamanho impacto e a importância social que a cafeicultura possui. Levaremos o pedido do CNC para análise e provável atendimento na Comissão”, conclui.
CNC e Abic destacam parceria entre produtores e industriais
Durante o 27º Encafé, presidentes das entidades abordam a necessidade de sinergia para o fortalecimento da cafeicultura
O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, participou, na quarta-feira, 6 de novembro, da abertura do 27º Encontro Nacional da Indústria de Café (Encafé), realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), no resort Transamérica Ilha de Comandatuba, em Una, Bahia.
Em sua 27ª edição, o maior encontro das indústrias cafeeiras do país promoveu importantes debates sobre tendências de consumo, qualidade, inovação, sustentabilidade e oportunidades de negócios para agregação de valor ao produto.
O presidente da Associação, Ricardo Silveira, em seu discurso, expôs que o setor está mais otimista e que o consumo da bebida, ainda que não alcance o volume de 2018, ficará acima da expectativa neste ano.
“A Abic tem papel preponderante para o significativo consumo interno de café no Brasil, sendo responsável por criação e implantação de programas pioneiros de certificação e que visam à máxima pureza da bebida ao consumidor, o que estimula e tranquiliza a população a continuar degustando nosso café”, elogia Silas Brasileiro.
O presidente do Conselho enaltece a postura de Silveira à frente da Abic e, “como via de mão dupla”, cita que é importante a parceria entre cafeicultores e industriais, que são os principais clientes da produção.
“Muitos industriais também são cafeicultores e entendem a realidade do campo. A postura do presidente Ricardo, de querer contribuir com a produção e entender que o CNC é fundamental para que haja sustentabilidade na atividade, vem ao encontro de nosso trabalho, que é o de conciliar todos os segmentos em busca dos melhores caminhos a todos os elos da cadeia produtiva”, comenta.
Segundo Brasileiro, o investimento feito pela Abic na coleta para análise da qualidade e todo o trabalho de certificação desenvolvido são de vital importância para toda a cadeia, pois evidencia o profissionalismo desde as pesquisas e a seleção das variedades, os tratos culturais e trabalhos de colheita e pós-colheita, focados na sustentabilidade, que chegam aos consumidores através das indústrias.
“A cadeia é interligada e complementar. Do lado da produção, sempre apoiamos iniciativas e trabalhos que externem cada vez mais a qualidade do que fazemos e impliquem melhores e mais saudáveis cafés ao consumidor final”, conclui o presidente do CNC.
FUNCAFÉ
Na esteira de trazer à tona temas relevantes, o Encafé contou com a participação do diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Silvio Farnese. No evento, ele comentou que o governo retomará recursos das linhas do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) que foram repassados aos agentes, mas que ainda não foram aplicados.
Segundo ele, ainda neste mês, será feita uma chamada para cerca de R$ 500 milhões inaplicados do Funcafé para serem ofertados a outras instituições financeiras. “Esse é um pleito que o CNC conduziu junto ao Mapa com o objetivo de otimizar a aplicação dos recursos do Fundo e fazer com que cheguem ao maior número possível de produtores”, destaca o presidente Silas Brasileiro.
CONSUMO INTERNO
Também no 27º Encafé, a Euromonitor projetou que os brasileiros deverão consumir, em 2019, 1,2 milhão de toneladas (20 milhões de sacas de 60 kg), com o país se mantendo na liderança do consumo de café quente (se incluído o café gelado, os Estados Unidos são os maiores consumidores globais). A estimativa da consultoria é que, em média, cada cidadão consuma 890 xícaras neste ano. O faturamento do setor deve somar R$ 26,3 bilhões.
Café sobe nos mercados interno e externo na semana
Valorização foi motivada pela projeção da OIC de que haverá um déficit de 500 mil sacas na safra mundial 2019/20
Os contratos futuros do café registraram ganhos no acumulado da semana nos mercados internacionais. A valorização foi impulsionada pela projeção anunciada pela Organização Internacional do Café (OIC) de que haverá um déficit de 500 mil sacas na safra mundial 2019/20.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento dez/19 do contrato “C” encerrou a sessão de ontem a US$ 1,0910 por libra-peso, acumulando alta de 510 pontos na comparação com a semana anterior. Na ICE Europe, o vencimento jan/20 do café robusta avançou US$ 56, fechando a US$ 1.378 por tonelada.
Segundo analistas, os indicadores gráficos na bolsa norte-americana apontam que o café arábica encontra resistências em US$ 1,0945 e US$ 1,10, níveis que, se rompidos, podem indicar inclinação positiva. Na outra ponta, os suportes estão em US$ 1,05, US$ 1,035 e US$ 1,0.
Os agentes seguem monitorando o comportamento do dólar, que acumulou valorização de 2,5% na semana frente ao real. A divisa subiu na esteira do desinteresse de players estrangeiros nos leilões do pré-sal realizados esta semana e pelo cenário externo mais favorável, com apetite por risco. No fechamento de ontem, a moeda foi cotada R$ 4,0935.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que o tempo voltará a ficar mais firme nas áreas mais continentais da Região Sudeste no início da próxima semana. Na faixa litorânea entre Rio de Janeiro e Espírito Santo, o tempo fica fechado, as temperaturas caem e há possibilidade de chuvas fortes.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a evolução das cotações permitiu que negócios fossem realizados no mercado físico com conilon e arábica de melhor qualidade. Os indicadores calculados pela instituição para as duas variedades se situaram em R$ 462,84/saca (arábica) e R$ 299,10/saca, com altas de 5,6% e 2,5%, respectivamente, na semana.
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