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BALANÇO SEMANAL CNC — 06 a 10/05/2019
Mapa convoca agentes a operarem com recursos do Funcafé
Instituições financeiras devem enviar suas propostas ao Ministério até o dia 21 de maio
A Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou, no Diário Oficial da União de 7 de maio, aviso convocando as instituições financeiras interessadas em operar com os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na safra 2019. O prazo para o encaminhamento das propostas de contratação – que deve ser direcionado ao e-mail funcafe@agricultura.gov.br – é 21 de maio. Para serem habilitados pela Pasta, os agentes devem ser integrantes do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR).
Para a safra 2019, o Conselho Nacional do Café (CNC) coordenou os trabalhos junto com a cadeia produtiva e, em 11 de abril deste ano, o setor privado recomendou, via Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), orçamento recorde de R$ 5,071 bilhões do Funcafé, volume que foi aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 25 de abril, através da Resolução nº 4.715 do Banco Central.
O presidente do CNC, Silas Brasileiro, recorda que o Brasil, como reflexo dos investimentos em pesquisa e tecnologia, ampliou, de maneira sustentável e com responsabilidade, suas safras cafeeiras em uma área menor, o que evidencia o crescimento da produtividade.
“Para que possamos ordenar o fluxo comercial desse café, é necessária a disponibilização de recursos suficientes para o produtor não se ver obrigado a vender nos momentos de pressão do mercado. Foi exatamente nesse sentido e de forma técnica que o CNC trabalhou para que convencêssemos o Governo e obtivéssemos, nos últimos anos, a aprovação de orçamentos recordes consecutivos do Funcafé”, destaca.
De acordo com o presidente do CNC, o orçamento atual do Fundo será importante para os cafeicultores escoarem sua produção, evitando a comercialização nos momentos de preços mais aviltados.
“As linhas de financiamentos destinadas à produção somam aproximadamente R$ 3,5 bilhões, montante que permitirá o ingresso, de maneira ordenada, de 10 milhões de sacas no mercado, no momento em que os preços se encontram em níveis aquém da necessidade do produtor quando se analisa os custos de produção”, analisa.
O prazo de contratação de todas as linhas de financiamento do Funcafé tem vigência de 12 meses, com o período atual sendo aberto em 1º de julho de 2019 e fechado em 30 de junho de 2020. Até 30 de junho, contudo, o mutuário ainda pode tomar os recursos disponibilizados à safra 2018.
Audiência pública busca medidas emergenciais para o café
Entidades da produção se reuniram com Governo e parlamentares da Frente do Café para estruturar medidas de curto, médio e longo prazos ao setor
O Conselho Nacional do Café (CNC) participou, no dia 7 de maio, de audiência pública da Frente Parlamentar do Café para discutir as atuais dificuldades enfrentadas pela atividade. O evento contou com a presença das entidades de classe da produção, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o próprio CNC, de deputados e senadores da bancada, representantes dos governos Federal e estaduais e um público de aproximadamente 100 pessoas.
Durante a audiência, foram apresentados painéis sobre a metodologia utilizada para determinação do preço mínimo do café, políticas de crédito e mercado cafeeiro. Após as explanações, foi gerado um documento consensual entre os presentes, que foi entregue ao ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes. “Foi um encontro onde os participantes apresentaram seus posicionamentos em prol de melhorias para o nosso café. Debatemos e chegamos à definição das ações emergenciais e de outras que precisam ser trabalhadas para a implantação em médio e longo prazos”, explica o presidente do CNC, Silas Brasileiro.
As medidas emergenciais elencadas após a audiência envolvem ações que garantam preços remuneradores aos produtores na safra 2019, que já teve os trabalhos de colheita iniciados. “Diante dos baixos preços atuais, o setor privado está trabalhando junto com o Governo para o desenvolvimento de um mecanismo de mercado que apoie e permita a geração de renda. Solicitamos ao Ministério, ainda, o aporte de recursos para a Lei Orçamentária Anual de 2020, também com o intuito de apoio à comercialização, haja vista que a safra do ano que vem será de ciclo alto”, revela.
O presidente do CNC expõe que outra medida emergencial determinada após a audiência pública se refere à repactuação do passivo dos produtores. “Durante nossa reunião com o ministro Marcos Montes, ele informou que o governo deverá anunciar, em breve, medidas para facilitar a renegociação e que a ministra Tereza Cristina tem empenhado grande esforço para buscar soluções para a dívida de um setor que tem muita importância dos pontos de vista econômico e social ao Brasil”, completa.
Em nota, Montes expõe que os caminhos que estão sendo discutidos com os parlamentares e as entidades são bons. “Neste momento de dificuldades que o setor vive é que nós temos de encontrar soluções. Temos de adotar medidas imediatas, mas sem comprometer o futuro. Nós sabemos que a produção aumenta a cada ano, e que o mercado precisa reagir a isso. Nós e os produtores precisamos ficar atentos ao futuro do mercado do café”, conclui.
A respeito das medidas de médio e longo prazos, foi sugerida a criação de um grupo de trabalho, com participação dos setores público e privado, para que, em até 90 dias, as propostas sejam detalhadas e os resultados apresentados.
Congresso Brasileiro do Cooperativismo debate o futuro
Evento contou com a participação do embaixador especial da FAO para o Cooperativismo, Roberto Rodrigues
Na quarta-feira, 8 de maio, teve início o 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), que ocorre até hoje (10), em Brasília (DF). Realizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o evento tem como slogan “o cooperativismo do futuro se constrói aqui” e contou com a participação, na solenidade de abertura, de autoridades como o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, o presidente da Aliança Cooperativismo Internacional, Ariel Guarco, a presidente da ACI Américas, Graciela Fernandez, o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Evair de Melo, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo de Tarso Sanseverino, o embaixador especial da FAO para o Cooperativismo, Roberto Rodrigues, além das cooperativas associadas ao Conselho Nacional do Café (CNC).
O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou que o futuro almejado “é aquilo o que a gente desenha, imagina, sonha, compartilha e vai construir. O futuro não é um negócio que você fica esperando acontecer, precisa ser construído”, discursou. Ele recordou, ainda, que mesmo nos momentos de crise, as cooperativas vêm se destacando. “Cooperativa é organização de gente, que cultiva, armazena e deposita confiança, indispensável na construção de um futuro melhor”, comentou.
Segundo o presidente do CNC, Silas Brasileiro, o CBC é fundamental para união, troca de conhecimentos e, principalmente, traçar os caminhos do cooperativismo, que celebra 50 anos no Brasil. “O cooperativismo, sob a condução exemplar do presidente Márcio na OCB, transforma-se e se fortalece, a cada dia, na locomotiva do país. As cooperativas representam o que há de mais moderno em gestão e permitem que seus associados tenham condições dignas e atividades rentáveis”, destaca
Brasileiro anota, ainda, que o café é um dos principais exemplos no cooperativismo. “Conseguimos maior competitividade na aquisição de insumos, temos assistência técnica e dispomos de diversas ferramentas de comercialização, o que permite nos consolidarmos como a cafeicultura mais competitiva e sustentável no mundo”, completa.
Também presente na solenidade, o embaixador especial da FAO para o Cooperativismo, Roberto Rodrigues, uma das maiores lideranças cooperativistas do Brasil, destacou que o tema escolhido para o Congresso, o futuro, deve ser pensado pelo caminho da competitividade, considerando que cooperativas são empresas e que devem agregar valores e princípios. Ele ressaltou que é importante os pequenos terem acesso à mesma tecnologia que os demais cooperados, de forma que essas ferramentas sejam inclusivas e não exclusivas.
Presidente do CNC participa de evento da Acarpa
Fórum de Mercado e Política da Cafeicultura debateu cenários econômico e político nacional e internacional
Na quarta-feira, 8 de maio, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, participou, junto com o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Silvio Farnese, da 19ª edição do “Fórum de Mercado e Política da Cafeicultura da Região do Cerrado Mineiro”, realizada pela associada Associação dos Cafeicultores da Região de Patrocínio (Acarpa), no Salão Nobre do Catiguá Tênis Clube, em Patrocínio (MG).
O evento teve formato de talk show, criando um ambiente de interatividade entre palestrantes e os mais de 350 convidados. “O Fórum sempre traz à tona a constante preocupação da Acarpa com os cenários econômico e político nacional e internacional e seus reflexos para o café. Este ano debatemos políticas públicas de fomento e fortalecimento da cafeicultura e as perspectivas econômicas e oportunidades no Brasil, contando com a importante contribuição de Farnese como representante do governo”, comenta o presidente do CNC.
Na oportunidade, Silas Brasileiro também expôs aos presentes os trâmites realizados para a obtenção de orçamento recorde do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2019 e a importância do fato para os cafeicultores poderem comercializar seu produto a preços remunerativos, fugindo dos momentos de baixa do mercado.
O presidente do CNC conclui parabenizando a associada Acarpa pelo profissionalismo na organização do Fórum. “Como em todos os anos, foi um evento crucial para o setor e que atingiu seu objetivo de promover, representar e comemorar o início de uma nova safra no país, contribuindo para o fortalecimento da agricultura de Minas Gerais e do Brasil”.
Robusta puxa recuperação e café fecha estável na semana
Em retomada técnica, futuros subiram mais de 4% na Bolsa de Londres e zeraram as perdas acumuladas
Os contratos futuros do café subiram ontem e recuperaram as perdas que acumulavam ao longo da semana. As cotações foram puxadas pelo desempenho do mercado de robusta, que avançou mais de 4% na Bolsa de Londres em retomada técnica. Analistas informam, contudo, que não há novidades altistas nos fundamentos.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento julho de 2019 do contrato “C” encerrou o pregão de quinta-feira, 9 de maio, a US$ 0,9085 por libra-peso, com alta de 70 pontos. Na ICE Futures Europe, o vencimento julho de 2019 do café robusta permaneceu estável em US$ 1.345 por tonelada.
O dólar comercial acumulou ganho de 0,4% na semana, fechando a R$ 3,9536 ontem, monitorando o cenário de cautela no exterior, devido à tensão comercial entre Estados Unidos e China, e, internamente, tendo no radar a reforma da Previdência.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que segue favorável ao andamento da colheita no cinturão cafeeiro do Brasil. Domingo, porém, o tempo deve mudar em função da chegada de uma frente fria na Região Sudeste.
O Serviço Meteorológico aponta que as primeiras pancadas de chuva ocorrerão pela manhã em São Paulo, ao passo que, nas demais áreas da Região, a partir da tarde. O tempo ficará firme somente entre as faixas norte do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, além de áreas do Espírito Santo.
No Brasil, a recuperação das cotações não teve o mesmo ímpeto internacional. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e robusta foram cotados a R$ 380,81/saca e a R$ 265,50/saca, com perdas de 0,4% e 1,6%, respectivamente.
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