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Balanço Semanal CNC — 07 a 11/mar
por Silas Brasileiro / Presidente Executivo do CNC:
— Setor produtor encaminha posicionamento a respeito das práticas sustentáveis da cafeicultura à diplomacia brasileira
QUESTÕES TRABALHISTAS — Como andamento das ações preventivas e de defesa do setor produtor frente à divulgação do relatório “Café Amargo”, que, entre outros fatores, denigre a imagem da cafeicultura brasileira perante o mundo ao equivocadamente destacar que a principal atividade social do País é regida por trabalho escravo e infantil, o presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), deputado Silas Brasileiro, reuniu-se com o Chefe da Divisão de Agricultura e Produtos de Base do Itamaraty, Braz Baracuhy (foto: primeiro plano à esq.).
Após explanarmos nossa preocupação, o representante das Relações Exteriores se prontificou a auxiliar o setor e a enviar a Nota de Repúdio conjunta de CNC e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA (confira em http://www.cncafe.com.br/site/interna.php?id=11854) para servir de base ao posicionamento das embaixadas, dos consulados e dos escritórios e missões de representatividade no exterior, possibilitando que embaixadores e diplomatas adotem seus posicionamentos, junto à imprensa e a órgãos de outras nações, embasados nesse conteúdo.
Nessa mesma frente de atuação, reportamo-nos, por meio de ofício, à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu. Na oportunidade, revelamos o cenário à titular do Mapa, mencionando as ações já desenvolvidas pelo setor, e solicitamos o apoio na divulgação do posicionamento da produção cafeeira do Brasil junto aos adidos agrícolas no exterior, bem como com os demais profissionais que a ministra entendesse como de direito.
NOSSA SUSTENTABILIDADE — Ao tempo em que reiteramos que somos contrários e recriminamostoda e qualquer forma de trabalho análogo a escravo no Brasil e em qualquer parte do mundo, concordando com as punições quando se comprovarem esses casos, também destacamos a sustentabilidade da produção cafeeira em sua base ambiental e, principalmente, social, gerando 8,4 milhões de empregos em toda a cadeia produtiva.
O CNC reporta que, de acordo com o Índice de Escravidão Global da Fundação Walk Free, o Brasil tem o menor índice de trabalho escravo entre todos os países produtores de café no mundo e possui a legislação mais moderna e as melhores formas de combate à escravidão do que qualquer nação produtora de café no planeta.
Além disso, no Ranking de Responsabilidade Governamental na Luta Contra a Escravidão, também da Fundação Walk Free, o Brasil ocupa a 14ª posição – entre 167 nações –, liderando a categoria ‘BB’, acima de países como Alemanha, Canadá, França, Itália e principalmente Dinamarca, nação esta que teve um de seus órgãos governamentais financiando o tendencioso relatório.
Essa classificação leva em consideração a análise dos seguintes itens:
(i) Identificação e apoio às vítimas resgatadas;
(ii) Mecanismos de justiça penal que combatam as condições análogas à escravidão;
(iii) Existência de mecanismos de coordenação e responsabilidade governamental;
(iv) Existência de aparato institucional que permita o ataque às condições de trabalho análogas à escravidão; e
(v) Interrupção da aquisição, por parte de empresas e governos, de bens e serviços produzidos através de condições similares ao trabalho escravo.
MERCADO — Os contratos futuros do café acumularam discreta valorização nesta semana, a qual foi sustentada por indicadores técnicos positivos e pelo enfraquecimento da moeda norte-americana.
Ontem, o dólar comercial foi cotado a R$ 3,6414, acumulando queda de 3,2% em relação ao fechamento da última sexta-feira. Esse movimento foi influenciado pelo cenário externo e pela crise política nacional.
Na ICE Futures US, o vencimento maio do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,2215 por libra-peso, com alta de 110 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. O vencimento maio do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 1.402 por tonelada, com valorização de US$ 9 em relação a sexta-feira passada.
Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon, no mercado físico nacional, foram cotados, ontem, a R$ 482,98/saca e a R$ 356,39/saca, respectivamente, com variação de 0,83% e -0,6% em relação ao fechamento da semana anterior.
A instituição informou que, apesar da expectativa de nova queda na produção de robusta do Espírito Santo, a retração da demanda por parte da indústria e dos exportadores é a principal responsável pela forte queda dos preços da variedade registrada neste mês.
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