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Balanço Semanal CNC – 18 a 22/02

por P1 / Ascom CNC:

BALANÇO SEMANAL — 18 a 22/02/2019

Conselho do Agro debate política agrícola e tributação

Presidente do CNC, Silas Brasileiro, revela que o colegiado busca melhorias para crédito agrícola, seguro rural e tributação do setor

Na quarta-feira, 20, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, participou da primeira reunião de 2019 do Conselho do Agro, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília (DF). Durante o encontro, foram debatidos temas relativos à política agrícola e à tributação do setor no Brasil.

“Discutimos novas fontes de financiamentos para o agronegócio, haja vista que a maior parte do crédito agrícola tem juros aplicados com taxas livres por parte dos bancos. Também falamos sobre a necessidade de um seguro rural mais amplo para subsidiar a produção, que é crescente e exemplar no Brasil, mas sempre sujeita a intempéries, e discorremos sobre a necessidade da manutenção da Lei Kandir, porque entendemos, dentro do Conselho do Agro, que exportar tributos é algo que não podemos concordar de forma alguma”, relata Brasileiro.

O presidente do CNC informa que a CNA contratou especialistas para contribuir com a elaboração das propostas do setor a serem entregues à União. “Nosso desafio é debater o tamanho dos recursos que o Governo Federal disponibilizará ao Plano Safra 2019/20, evoluir no que se refere ao seguro rural e não permitir onerações tributárias que afetem nossa competitividade, de maneira que os produtores possam ter tranquilidade em sua atividade”, explica.

Na reunião, o presidente da CNA, João Martins, que coordenou os trabalhos do Conselho, comunicou que o colegiado ampliou sua representatividade, passando a contar com as contribuições de outros elos da cadeia produtiva do agronegócio, como a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).

“Além de indústria, somos também plantadores de cana e vivemos todos os desafios e necessidades do processo de produção agrícola. Queremos participar ainda mais das pautas importantes do agronegócio brasileiro e contribuir com o nosso know how”, destacou o presidente da Unica, Evandro Gussi, em nota da CNA.

Também no encontro, o coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, apresentou seu mais recente livro “Agro é Paz”. Projeto estratégico de longo prazo elaborado pelos centros urbano e rural, a obra aborda os desafios da segurança alimentar para o Brasil e a importância que o país possui na alimentação mundial.

 

Café arábica fecha abaixo de US$ 1 em Nova York

Cotações foram pressionadas pelo fortalecimento do dólar e pela expectativa de boa oferta global

Os contratos futuros do café tiveram nova semana de recuo no mercado internacional, pressionados por vendas especulativas, em meio à perspectiva de oferta mundial elevada e ao fortalecimento do dólar. Na ICE US, o arábica se posicionou abaixo de US$ 1 por libra-peso.

A moeda norte-americana vem registrando avanços frente ao real devido ao surgimento de preocupações com a fragilidade da base e das lideranças do governo brasileiro no Congresso, o que, segundo analistas, pode render uma diluição da proposta da reforma da Previdência. Ontem, a divisa encerrou a sessão a R$ 3,7618, com evolução semanal de 1,6%.

Na Bolsa de Nova York, o contrato “C” do café arábica, com vencimento em maio de 2019, acumulou perdas de 220 pontos na semana, finalizando a sessão de quinta-feira a US$ 0,9945 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento maio do café robusta recuou US$ 22, negociado a US$ 1.533 por tonelada.

Em relação ao clima, vêm sendo registrados bons volumes de chuva no cinturão cafeeiro do Brasil. Segundo a Somar Meteorologia, as temperaturas voltarão a subir neste fim de semana na Região Sudeste. No período da tarde, devem ocorrer pancadas de chuva típicas de verão em São Paulo, Sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Apenas o norte mineiro terá tempo firme e ensolarado devido à influência de uma massa de ar seco.

No mercado físico, as cotações acompanharam o declínio internacional, com o preço do café arábica tendo atingido, inclusive, seu menor valor diário nominal desde 25 de julho de 2014. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para o arábica e o café conilon foram cotados a R$ 401,84/saca e a R$ 304,88/saca, com perdas, respectivamente, de 0,8% e 0,1%.

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