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BALANÇO SEMANAL CNC — 1º a 05/04/2019

Cooperativas fomentam produção de pequenos cafeicultores

Balanço de entidades associadas ao CNC revela exemplo de gestão e relevância do cooperativismo aos produtores

O cooperativismo é uma filosofia que tem como fim transformar o mundo em um lugar mais equilibrado, correto e justo, proporcionando melhores oportunidades para todos, evidenciando que é possível um modelo de negócios unir produtividade e sustentabilidade, individual e coletivo e desenvolvimentos social e econômico.

Segundo o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, as cooperativas cafeeiras do Brasil são exemplo de gestão e viabilizadoras da atividade para milhares de pequenos cafeicultores, que respondem por mais de 80% da safra nacional.

“Nossos cafeicultores estão unidos em cerca de 100 cooperativas, que alavancam nossa cafeicultura ao disponibilizarem, de maneira mais acessível, com preços justos e competitivos, insumos, defensivos, maquinários, tecnologias, além de armazenagem, assistência técnica e ferramentas de comercialização também mais justas”, aponta.

Ao longo das últimas semanas, cooperativas associadas ao CNC realizaram suas Assembleias Gerais Ordinárias (AGOs) e, como resultado, seus balanços evidenciaram a relevância que essas organizações têm para a cafeicultura e, principalmente, para os pequenos produtores de café do Brasil.

COOXUPÉ
A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé distribuirá R$ 50.048.032 aos seus cooperados. O valor exclusivo aos associados vem das sobras da Cooxupé, com base nos resultados de 2018. Deste montante, R$ 29.987.180 serão distribuídos em espécie aos produtores e R$ 20.060.853 destinados à conta capital, o que representa um tipo de poupança administrada pela cooperativa. As distribuições de 2018 são 70% maiores em relação às de 2017, quando o valor compartilhado com os associados totalizou R$ 29,5 milhões.

Com faturamento de R$ 3,793 bilhões, as sobras somaram R$ 143.926.486 no total, valor 42% maior na comparação com 2017 (R$ 101 milhões). Além dos R$ 50.048.033 distribuídos aos cooperados, o restante do valor foi destinado para as disposições estatutárias da cooperativa.

MINASUL
A AGO da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha aprovou as contas correspondentes ao exercício do ano de 2018 e elegeu os membros do conselho de administração para o triênio 2019–2021 e do conselho fiscal para a gestão 2019–2020.

Entre os destaques, registrou-se um recorde absoluto no resultado da Minasul, que somou R$ 14,257 milhões. Após a subtração dos valores para fundos legais, a Assembleia aprovou a distribuição de R$ 8,180 milhões, proporcional à movimentação financeira de cada cooperado, valor que será incorporado ao capital social de cada um.

COCATREL
Com o auditório lotado por cooperados, a AGO da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas aprovou as contas da atual administração e a destinação das sobras do exercício 2018, bem como a eleição dos componentes do Conselho Fiscal.

Em 2018, a Cocatrel bateu recordes de recebimento de café e também de novos cooperados. Todo o trabalho realizado pela nova gestão resultou em recorde de faturamento e consequente sobra de R$ 10.902.118, que terá 50% destinados aos fundos previstos em estatuto e os outros 50% (R$ 5.451.059) distribuídos a seus cooperados de acordo com suas movimentações financeiras (comercialização de café, cereais e leite) na cooperativa.

COCAPEC
Cerca de 200 cooperados exerceram o seu compromisso com a Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas e compareceram na AGO da Cocapec em Franca (SP).

Eles aprovaram as contas do exercício de 2018, definiram os novos membros para o Conselho Fiscal e foram informados que as sobras, depois das destinações estatutárias, foram de R$ 4.001.088,55, que terão como destino: (i) R$ 2.001.088,55 aos cooperados e (ii) R$ 2.000.000,00 para reserva legal.

O presidente do CNC reforça que as gestões das cooperativas cafeeiras associadas ao Conselho acompanharam as mudanças contemporâneas e se modernizaram, permitindo que as organizações se fortalecessem ainda mais, sempre com o suporte dos cooperados.

“A participação dos produtores é e sempre será fundamental para as cooperativas, afinal as cooperativas são deles. O apoio e a confiança de cada cooperado possibilitaram a tomada de relevantes decisões rumo ao progresso das entidades e parabenizo cada uma de nossas instituições pela excelente gestão na figura de seus presidentes Carlos Paulino, que transfere o comando da Cooxupé a Carlos Augusto Rodrigues de Melo; José Marcos Rafael Magalhães na Minasul; Marco Valério Araújo Brito na Cocatrel; e Carlos Sato na Cocapec””, finaliza Silas Brasileiro.

 

Agro recupera acúmulo de descontos na energia elétrica

CNC e entidades do setor se posicionaram e conseguiram retorno de descontos acumulados na conta de luz para a irrigação

Na quinta-feira, 4 de abril, o Governo Federal publicou no Diário Oficial da União o Decreto nº 9.744, de 3 de abril de 2019, que altera o Decreto nº 7.891, de 23 de janeiro de 2013, para dispor sobre a cumulatividade dos subsídios concedidos à atividade de irrigação e aquicultura e à classe rural para os consumidores do Grupo B.

Em síntese, o novo decreto permite que um mesmo consumidor volte a acumular benefícios dos subsídios dados na conta de luz para a irrigação e criação de peixes com o desconto de produtor rural, anulando outro decreto, de nº 9.642, de 27 de dezembro de 2018, que eliminava gradativamente os descontos.

O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, considera a medida como uma grande conquista da entidade, obtida através dos trabalhos realizados em conjunto e no âmbito do Instituto Pensar Agro (IPA) e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

“O novo decreto vem ao encontro das medidas prioritárias estipuladas pelo nosso Conselho Diretor. Se mantida, a oneração da conta de energia elétrica impactaria negativamente a competitividade da cafeicultura brasileira”, comenta.

Ele explica que a irrigação é uma tecnologia estratégica para sustentabilidade, qualidade, competitividade e avanço do market share dos cafés brasileiros, que respondem por uma a cada três xícaras consumidas no mundo.

“Atendemos à crescente demanda por nossos cafés com ganhos de produtividade, impulsionados por pacotes tecnológicos disponíveis, entre eles a irrigação, sem avanço em área cultivada, por isso medidas que vem de encontro com a evolução e a sustentabilidade da nossa atividade devem ser combatidas, como ocorrido nesse caso da perda dos descontos”, explica.

HISTÓRICO
A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) é um fundo setorial que tem como objetivo custear diversas políticas públicas do setor elétrico brasileiro, como concessão de descontos tarifários a diversos usuários do serviço (rural e irrigante).

No final do governo Temer, o decreto nº 9.642 tinha o objetivo de reduzir os descontos concedidos à tarifa de energia elétrica nos próximos cinco anos, retirando gradualmente (20% ao ano) o desconto que é dado às unidades rurais de consumo.

Os descontos concedidos para irrigação e aquicultura em horário reservado não foram afetados pelo decreto e continuaram válidos, uma vez que são garantidos pela Lei nº 10.438, de 2002.

O impacto na conta de energia elétrica ocorreu devido à eliminação da cumulatividade de desconto que esses produtores tinham durante o horário reservado. Com isso, a publicação do decreto nº 9.744 diminui a interferência negativa do decreto nº 9.642.

 

CNC assina carta a Bolsonaro de apoio à reforma da Previdência

Conselho e entidades do agro manifestaram ao Presidente que a reforma da Previdência destravará investimentos públicos e privados

Na terça-feira, 2 de abril, o Conselho Nacional do Café (CNC) e outras 43 entidades que integram o Instituto Pensar Agro (IPA), mais a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), assinaram carta pública destinada ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, na qual manifestam apoio à reforma da Previdência e também solicitam empenho ao Congresso Nacional para aprovação da medida.

O presidente da entidade — que representa as principais cooperativas cafeeiras do Brasil —, Silas Brasileiro, considera que o País precisa passar por um processo de modernização e que a aprovação da reforma da Previdência, assim como as tributária e trabalhista, entre outras medidas, está inserida nesse contexto.

“Se mantivermos o cenário atual, o Brasil comprometerá todo o orçamento da União com pagamento de folha salarial e aposentadorias em detrimento a recursos que possam ser empregados em investimentos, custeio, capacitação e qualificação de nossa população. Congresso e, principalmente, Governo têm a possibilidade ímpar de realizar um trabalho que devolva a locomotiva do Brasil aos trilhos rumo ao crescimento”, analisa.

As entidades signatárias do documento reforçam, ainda, que a reforma da Previdência será responsável por destravar investimentos públicos e privados, bem como colocar o país em uma rota de crescimento sustentável e capaz de aproveitar suas diversas vocações, o que tem o colocado na condição de potência na produção de alimentos, fibras e energia renovável. “Esse é um legado que só este governo e esta legislatura são capazes de deixar”, ressaltam.

Confira a íntegra da carta acessando o link https://agenciap1.files.wordpress.com/2019/04/carta_bolsonaro_entidades.pdf.

 

Dólar fraco e compras de oportunidade sustentam preço do café

Fraqueza da moeda dos EUA permitiu a recuperação das commodities, mas não o suficiente para gerar altas relevantes

Os contratos futuros do café permaneceram com pouca alteração no balanço da semana, à medida que a perda de força do dólar e compras especulativas e de oportunidades sustentaram as cotações em meio a um cenário de bom abastecimento.

A fraqueza da moeda norte-americana em relação ao real permitiu a recuperação das commodities, mas não de maneira suficiente para gerar impacto positivo relevante. A divisa dos EUA recuou 1,5% na semana, encerrando a quinta-feira a R$ 3,8575.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio do contrato C fechou o pregão de ontem a US$ 0,953 por libra-peso, com leve avanço de 80 pontos no acumulado da semana. Na ICE Futures Europe, o vencimento maio do café robusta caiu US$ 8, negociado a US$ 1.448 por tonelada.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que deve haver muita chuva no sábado no Estado de São Paulo devido à aproximação de uma frente fria. O serviço também avisa que ocorrerão pancadas de chuva em Minas Gerais e no oeste do Rio de Janeiro. Apenas uma pequena região entre o sul do Espírito Santo e o norte fluminense ficará com tempo firme e ensolarado.

No Brasil, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) alerta que a safra 2019 deve chegar mais cedo ao mercado, com os trabalhos de colheita já ganhando ritmo no final deste mês na maior parte do cinturão produtor. “Esse adiantamento se deve, sobretudo, às floradas precoces observadas em agosto de 2018 e ao clima mais quente no início de 2019, que acelerou o desenvolvimento e o amadurecimento dos grãos”, relata.

O Cepea anota que, no tocante aos preços, depois dos avanços do dólar e dos valores externos do café arábica no início da semana passada, alguns negócios foram fechados no spot e que, com a aproximação da safra, a liquidez deve aumentar nos próximos dias, haja vista a necessidade de caixa dos produtores e de escoamento do café remanescente para armazenamento do novo.

Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 392,56/saca e a R$ 290,79/saca, acumulando desvalorizações na semana de 0,1% e 3,9%, respectivamente.

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