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Balanço Semanal CNC

por P1 / Ascom CNC: 


CNC defende interesses do produtor no “Coffee Data Project”

Projeto tem como objetivo estabelecer métricas para os indicadores comuns de sustentabilidade da cafeicultura

Na quinta-feira da semana passada, a assessora técnica do Conselho Nacional do Café (CNC), Silvia Pizzol, participou do webnário “Coffee Data Project” (Projeto Dados do Café), que contou com a participação de Marcelo Burity, chefe de desenvolvimento de café verde da Nestlé, e Kendra Levine, gerente de sustentabilidade para a América do Norte do Mcdonalds.

Este projeto é desenvolvido em parceria pela Plataforma Global do Café (GCP, em inglês), a Rainforest Alliance e o Committee on Sustainability Assessment (COSA) e tem como objetivo estabelecer métricas para os indicadores comuns de sustentabilidade da cafeicultura, considerando as dimensões econômica, social e ambiental.

“O CNC tem participado deste projeto com o objetivo de defender a visão do setor produtivo sobre os métodos de mensuração da sustentabilidade das regiões cafeeiras e, principalmente, garantir maior ênfase nas métricas dos indicadores relacionados à sustentabilidade econômica da cafeicultura mundial, pilar de sustentação das boas práticas ambientais e sociais”, destaca Silvia.

A respeito da relevância do projeto, o presidente do CNC, Silas Brasileiro, explica que é uma tendência mundial, inclusive abraçada pela Organização Internacional do Café (OIC), que está desenvolvendo um trabalho similar, o “Projeto Delta”, o qual tende a absorver parte dos resultados do “Coffee Data Project”. “Por isso, é fundamental que o setor produtivo tenha voz nessas discussões para que não seja um mero receptor das decisões tomadas pela indústria, certificadoras e ONG´s”, argumenta.

Os indicadores de sustentabilidade já são uma realidade e o setor produtivo pode se beneficiar de sua aplicação em campo, tanto para comunicar de forma mais clara aos compradores o compliance com as práticas sustentáveis, quanto para atrair investimentos para avançar onde houver espaço para melhoria.

“A métrica pode ser uma ferramenta útil para a atração de investimentos nas regiões produtoras, promovendo o efetivo compartilhamento das responsabilidades pela produção sustentável de café entre produtores, indústrias e demais agentes do setor. Os custos envolvidos no processo de melhoria contínua da sustentabilidade, que gera benefícios para toda a cadeia produtiva, não podem ser suportados apenas pelo segmento produtor”, explica Silvia Pizzol.

Outro ponto relevante que tem sido frequentemente defendido pelo CNC se refere à segurança dos dados que serão fornecidos pelas regiões produtoras. “Trabalhamos para o estabelecimento de fortes protocolos de segurança para a base de dados de café e alcançamos importantes resultados nesse sentido no âmbito do Programa Brasil da GCP. Esta é a mensagem que também estamos disseminando no nível internacional e estamos sendo ouvidos. As informações das regiões produtoras devem ser tratadas com responsabilidade”, completa a assessora.

Em relação à sustentabilidade econômica, o CNC trabalhou efetivamente para que a prioridade de métrica de sustentabilidade, no âmbito da GCP, seja o indicador “compras de cafés sustentáveis”, pois ele mede o crescimento da demanda por parte da indústria.

“Este é um indicador fundamental para a sustentabilidade econômica e que foi desenvolvido para medir o comportamento comprador. Ao redor do mundo, deparamo-nos com várias iniciativas e projetos para incentivar o aumento da oferta de café, muitas vezes com o envolvimento direto do segmento industrial. O problema é que, quando os incentivos para o aumento da oferta são maiores dos que os para o aumento da demanda, vivenciamos crises de preços como a atual e os produtores não são recompensados por seu árduo trabalho para produzir cafés sustentáveis”, analisa o presidente Silas Brasileiro.

A assessora do CNC completa que o indicador “compras de cafés sustentáveis” trará mais transparência sobre o quanto está efetivamente evoluindo a demanda por cafés sustentáveis. “Isso permitirá avaliarmos seu impacto sobre a remuneração dos cafeicultores”, conclui.

Mais informações sobre o “Coffee Data Project” estão disponíveis no endereço eletrônico https://www.globalcoffeeplatform.org/resources/coffee-data-project.

Queda do dólar na quinta diminui perdas do café

Divisa norte-americana recuou com percepção positiva do mercado em relação à reforma da Previdência e aos planos de privatizações do governo

Os contratos futuros do café encerraram uma sequência de três quedas consecutivas ontem e mitigaram as perdas no acumulado da semana. O mercado foi puxado, principalmente, pela perda de força do dólar ante o real.

De acordo com analistas, a moeda norte-americana recuou devido a um movimento técnico motivado pela percepção positiva do mercado em relação à reforma da Previdência e aos planos de privatizações do governo brasileiro.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento março/2019 do contrato “C” reduziu sua desvalorização para 90 pontos, encerrando o pregão a US$ 1,0590 por libra-peso. Já na ICE Futures Europe, o vencimento março do café robusta subiu US$ 38, negociado a US$ 1.572 por tonelada.

Ainda ontem, o dólar comercial tocou seu menor nível desde 26 de outubro do ano passado. A divisa encerrou os negócios a R$ 3,6588, apresentando uma desvalorização de 3% no acumulado da semana.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que uma frente fria se aproxima do Sudeste nesse fim de semana, elevando a chance de chuva forte e volumosa na Região.

As precipitações devem vir acompanhadas por ventania e em forma de pancadas no interior de São Paulo e nas regiões oeste e sul de Minas Gerais. Ainda conforme o serviço meteorológico, o tempo permanecerá seco nas áreas central, norte e leste mineiras, norte fluminense e no Espírito Santo.

No mercado físico, as cotações seguiram o movimento externo e também reduziram suas perdas na quinta-feira. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e robusta foram cotados a R$ 415,13/saca e a R$ 302,78/saca, com quedas de 0,8% e 1,2%, respectivamente. Com valores aquém do desejado, os vendedores permanecem afastados.

Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo

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