NOTÍCIAS
Balanço Semanal CNC — 21 a 25/10
CNC celebra manutenção do formato original no CDPC
Recriação do colegiado, formado por cafeicultores, industriais, exportadores e governo, é fundamental para o desenvolvimento da cafeicultura
Conforme comunicamos na sexta-feira da semana passada (18) – saiba mais –, o governo federal recriou o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC). “A medida foi fruto de nosso intenso trabalho junto ao Ministério da Agricultura, ao Gabinete da Presidência da República e à Casa Civil, o qual foi contemplado com o anúncio. O mais importante foi a manutenção da estrutura do colegiado como era antes da extinção, mantendo a representatividade da cadeia produtiva e atendendo ao consenso apresentado pelos representantes da produção e da Frente Parlamentar do Café“, destaca o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro.
O líder da representação das principais cooperativas cafeeiras do país enaltece os esforços realizados pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, do secretário Executivo da Pasta, Marcos Montes, do secretário de Política Agrícola, Eduardo Sampaio, e de Silvio Farnese e Janaína Freitas, do Departamento de Comercialização e Abastecimento. “Eles foram sensíveis à importância da cafeicultura e tiveram atuação fundamental junto a outros órgãos do governo para que o CDPC fosse recriado”, elogia.
De acordo com o presidente do CNC, com a recriação do colegiado e a manutenção da estrutura original, agora as entidades representativas farão as indicações dos titulares e suplentes para o Conselho retomar suas atividades. “O CDPC é fundamental por possibilitar que, todos os segmentos e o governo federal, juntos, possam trabalhar o orçamento 2020 da cafeicultura, que deverá ser o maior da história do (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) Funcafé, contemplando nossos produtores, que estavam ansiosos para saber como seria a condução da política para o ano que vem”, conclui.
A composição do colegiado será formada pelos seguintes órgãos e entidades:
I – o Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que o presidirá;
II – um do Ministério das Relações Exteriores;
III – três do Ministério da Economia;
IV – dois do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
V – dois do Conselho Nacional do Café – CNC;
VI – dois da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil;
VII – um da Associação Brasileira da Indústria do Café;
VIII – um da Associação Brasileira da Indústria do Café Solúvel; e
IX – um do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.
Os antigos Comitês Diretores foram substituídos pelo atual Comitê Técnico do CDPC, que assessorará o colegiado nas diversas matérias a serem deliberadas e também fará a avaliação do Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Café do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, coordenado pela Embrapa, financiado em parte com recursos do Funcafé.
ATRIBUIÇÕES
Entre as deliberações do CDPC, estão: i) aprovar o plano de safra para o setor cafeeiro; ii) autorizar a realização de programas e projetos de pesquisa agronômica, mercadológica e de estimativa de safra; iii) avaliar ações destinadas à manutenção do equilíbrio entre oferta e demanda; iv) estabelecer a cooperação técnica e financeira, nacional ou internacional, com organismos oficiais ou privados; v) aprovar, anualmente, o direcionamento das dotações orçamentárias consignadas ao Funcafé na Lei Orçamentária Anual (LOA); vi) aprovar o Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, proposto pela coordenação do Consórcio Pesquisa Café; e vii) aprovar a adesão de instituições integrantes e parceiras ao Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café.
No Brasil, a atividade é desenvolvida por mais de 300 mil cafeicultores, em 1.758 municípios, que representam 31 origens produtoras. A cafeicultura, anualmente, gera cerca de 8,4 milhões de empregos direta e indiretamente, tendo destacada importância social ao país. Na esfera econômica, o setor movimenta mais de R$ 25 bilhões ao ano.
Café: BB aceita prorrogar e renegociar dívidas de produtores
CNC ressalta predisposição do banco em auxiliar os cafeicultores. Critérios apresentados vêm ao encontro do MCR e envolvem ações emergenciais
Na terça-feira, 22 de outubro, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, participou de encontro das lideranças do setor produtor, representantes do governo de Minas Gerais e deputados da Frente Parlamentar do Café com o diretor de Agronegócios do Banco do Brasil (BB), Marco Túlio da Costa, na sede da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg), em Belo Horizonte (MG).
Atendendo a uma demanda dos produtores de café, que vivem um cenário de preços baixos e perda de renda há alguns anos, o BB apresentou medidas para prorrogação ou renegociação dos passivos dos cafeicultores. “Diante das cotações aviltadas e dos altos custos para produzir, os cafeicultores vêm perdendo competitividade e receita”, informa Brasileiro.
Segundo o presidente do CNC, as medidas apresentadas pela instituição financeira não são novidades como um todo, pois vêm majoritariamente ao encontro do disposto no Manual de Crédito Rural. “Contudo, o encontro foi importante porque o Banco do Brasil se predispôs a prorrogar os vencimentos ou renegociar as dívidas, facilitando uma reorganização financeira dos produtores”, completa.
Durante a reunião, o diretor de Agronegócios do BB pontuou que, para a prorrogação dos vencimentos do passivo, foram mantidas as mesmas condições e encargos da operação original contratada, sendo definido um novo cronograma conforme a capacidade de pagamento do produtor.
Essa medida atenderá cafeicultores com parcelas vencidas ou vincendas até 30 de junho de 2020 e, aos interessados, basta preencher um pedido de prorrogação disponível nas agências, não sendo necessário laudo técnico ou elaboração de projeto.
Já o produtor que optar pela renegociação do endividamento ficará impedido de tomar crédito junto ao BB até que honre 50% do valor negociado. O prazo pode chegar a até 12 anos, incluídos três de carência, de acordo com a capacidade de pagamento.
“Diante dos cenários disponibilizados, o CNC orienta que os produtores optem pela prorrogação dos vencimentos de suas dívidas, uma vez que é vital o acesso ao crédito para continuarem produzindo”, indica Silas Brasileiro.
No quadro abaixo, o CNC apresenta um resumo das medidas apresentadas pelo BB aos cafeicultores e cooperativas de produção.
Em semana sem novidades, café fica praticamente estável
Futuros se movimentaram embasados em fatores técnicos. Agentes estão voltados ao clima no Brasil e ao tamanho da safra 2020
Os contratos futuros do café, em uma semana sem novidades nos fundamentos, movimentaram-se embasados em fatores técnicos e permaneceram praticamente estáveis. Na Bolsa de Nova York, o vencimento dez/2019 do contrato “C” subiu 75 pontos, fechando ontem a US$ 0,9645 por libra-peso. Na ICE Europe, o contrato jan/2020 do robusta encerrou a US$ 1.237 por tonelada, com queda de US$ 14.
Em artigo publicado esta semana no Broadcast do Estadão, destaca-se a preocupação com a impossibilidade de recuperação breve dos preços e que a oferta global do café só poderá ser combatida com o aumento na demanda. Contudo, o autor alerta que “(…) Bonitas imagens de cafeeiros floridos no Brasil enchem os olhos de quem as vê, mas sinalizam bolsos mais vazios de produtores”, pondera Gustavo Porto.
O autor alerta que uma política de formação de estoques seria uma saída emergencial para o setor, “mas custa caro e o governo federal é cada vez mais restrito à ajuda pública e subsidiada para o agronegócio”. Mantendo um viés de preocupação em relação aos preços, ele completa que, “para complicar, o Vietnã, segundo maior produtor mundial, começa agora a colher e vender também uma grande safra”.
No que se refere ao dólar comercial, após atingir o menor valor intraday desde 19 de agosto, abaixo de R$ 4, a divisa acumulou perda de 1,8% no agregado da semana, encerrando a quinta-feira a R$ 4,0449. Segundo corretores, a pressão sobre a moeda norte-americana foi exercida pela aprovação da reforma da Previdência no Senado.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que as áreas de instabilidade ainda permanecem na metade norte do Brasil, ocasionando pancadas de chuva nas áreas de conilon do Sudeste e de Rondônia. As instabilidades devem perder força nas áreas cafeeiras nos próximos dias. A partir do domingo, a previsão é que volte a chover no Sul do país.
No Brasil, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os negócios seguem em ritmo lento devido à retração vendedora. Agentes consultados pela instituição se mostraram apreensivos com as altas temperaturas e as poucas chuvas registradas nas semanas seguintes às floradas em meados de setembro.
De modo geral, “a maior parte das lavouras de arábica necessita de bons volumes de chuvas para a melhor recuperação fisiológica das plantas e o pegamento das flores e chumbinhos”, analisa a entidade.
Quanto ao robusta, a maior parte das flores da safra 2020 já teve o pegamento no Espírito Santo e Rondônia e os cafezais estão em fase de desenvolvimento do chumbinho. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 417,81/saca e a R$ 283,43/saca, respectivamente com desvalorizações de 0,5% e 1,4%.
Notícias Relacionadas
20 de Fevereiro de 2025
Exportação de café sobe 82,7% e garante superávit do agro paulista em j...
Publicado por Notícias Agrícolas Postado em 20/02/25 As exportações de café produzido em São Paulo aumentaram 82,7% em janeiro na
01 de Agosto de 2024
Café fecha 4ª-feira (31) em queda, mas termina julho no positivo
por Notícias Agrícolas: Postado em 01/08/2024 No acumulado do mês, arábica teve alta de 2,6% no dez/24 e robusta de 6,63% no jan
19 de Junho de 2024
Arábica opera na casa dos R$ 1.300/sc desde o início do mês
Os preços do café arábica seguem praticamente estáveis, na casa dos R$ 1.300/saca de 60 kg desde o início deste mês. Segundo pesquisad...
13 de Maio de 2024
Entenda possíveis consequências do La Niña sobre o mercado internacional...
Publicado por Notícias Agrícolas Postado em 13/05/24 A atualização do Centro de Previsão Climática dos EUA indica uma transiç
10 de Abril de 2024
Com novos recordes, robusta ultrapassa os R$ 1.000/sc de 60 kg
Publicado por Notícias Agrícolas Postado em 10/04/24 Na casa dos R$ 1.000/saca de 60 kg desde o último dia 3, o preço do café robus
28 de Março de 2024
Café: Nova York e Londres realizam lucros nesta 5ªfeira
Publicado por Notícias Agrícolas Postado em 28/03/24 O mercado futuro do café arábica abriu as negociações desta quinta-feira (28)
19 de Março de 2024
Café: Nova York e Londres voltam a recuar, mas monitoram preocupação com...
Postado por Notícias Agrícolas Publicado em 19/03/24 O mercado futuro do café arábica iniciou as negociações desta terça-feira (1
18 de Março de 2024
Café inicia semana com suporte nas preocupações da Ásia e avança em NY...
Publicado por Notícias Agrícolas Postado em 18/03/24 O mercado futuro do café arábica abriu as negociações desta segunda-feira
13 de Março de 2024
Café avança nesta 3ª feira em NY e Londres em meio temores com escassez...
Publicado por Noticiais Agrícolas Postado em 13/03/24 As cotações futuras do café encerraram esta terça-feira (12) com alta moderad
12 de Março de 2024
Café opera com altas próximas de 1% nesta 3ª feira nas bolsas de NY e Lo...
Publicado por Notícias Agrícolas Postado em 12/03/24 As cotações futuras do café operam com alta moderada nas bolsas de Nova York e