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BALANÇO SEMANAL CNC — 22 a 26/07/2019
OIC: CNC defende mais acesso à gestão de riscos de mercado
Cooperativas travaram de 10% a 20% do café previsto para 2020 em mercado futuro, fomentando a resiliência à volatilidade dos preços
A Organização Internacional do Café (OIC) divulgou, nesta semana, um relatório preliminar com os resultados alcançados até o momento com o Diálogo Estruturado do Setor Cafeeiro, uma das ações previstas na Resolução 465, que trata da crise dos preços do café.
O Conselho Nacional do Café (CNC) participou ativamente da redação da Resolução 465 e da construção do Diálogo Estruturado do Setor Cafeeiro, contribuindo com exemplos práticos de sucesso no Brasil para ampliar a resiliência dos produtores de café à volatilidade dos preços.
O presidente do CNC, Silas Brasileiro, foi expositor no simpósio “Alcançando os ODSs: Desafios à cadeia de valor do café. Soluções compartilhadas para os níveis de preços do café, a volatilidade e a sustentabilidade no longo prazo”, realizado no dia 6 de junho, em Bruxelas, na Bélgica.
“Naquela oportunidade, destacamos a importância do cooperativismo para ampliar o acesso dos cafeicultores a ferramentas de gestão dos riscos de mercado, como operações de hedge no mercado futuro e de barter para aquisição de insumos, tendo o café como moeda”, explica Brasileiro.
Corroborando esse posicionamento defendido junto à OIC, as cooperativas associadas ao CNC que operam nos mercados futuros já travaram os preços de cerca de 10% a 20% da safra de café prevista para 2020.
“Essa é uma iniciativa que fomenta a gestão profissional da cafeicultura, pois permite previsibilidade de renda ao produtor e, consequentemente, maior segurança no planejamento de sua atividade, inclusive no direcionamento dos investimentos”, avalia.
No relatório divulgado esta semana, a OIC incluiu a sugestão do CNC de ampliação e facilitação do acesso a ferramentas de gestão de risco de mercado como um dos pontos que serão aprofundados na próxima etapa do Diálogo Estruturado do Setor Cafeeiro, iniciada em julho.
Outras ações defendidas pelo CNC para que a cafeicultura alcance a sustentabilidade econômica e que foram consideradas relevantes pela OIC são:
i) Criação de campanhas para a promoção do consumo de café, principalmente nos países produtores e mercados emergentes;
ii) Desenvolvimento e disseminação de inovações digitais para a melhoria da gestão das propriedades e aproximação dos produtores com consumidores, agregando mais valor às origens;
iii) Fomento a pesquisa cafeeira e geração de inovações tecnológicas para aumento da produtividade e maior resiliência às mudanças climáticas, a exemplo do Brasil, que investiu mais de US$ 80 milhões desde a criação do Consórcio Pesquisa Café; e
iv) Compartilhamento de bons exemplos de política cafeeira que visem ao equilíbrio de mercado, a exemplo do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) no Brasil, gerido pela parceria público-privada que é o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), apoiando o ordenamento da oferta e o fortalecimento do cooperativismo.
PRÓXIMOS PASSOS
Em sua segunda etapa, iniciada em julho, o Diálogo Setorial vem promovendo discussões individuais com os principais stakeholders do setor cafeeiro global visando a construir um consenso sobre ações concretas para ampliar a sustentabilidade econômica da cafeicultura.
Na sequência, será realizado o primeiro Fórum de CEO’s e Líderes Globais da Indústria Cafeeira, em 23 de setembro de 2019, em Londres, Inglaterra, como parte da 125ª Sessão do Conselho Internacional do Café.
Deste Fórum sairá uma declaração formal, com um roteiro de ações concretas, apoiadas pelos participantes do Diálogo Setorial, a qual será submetida ao Conselho Internacional do Café na mesma semana para aprovação e destinação de recursos para sua implementação.
Café acumula perdas durante toda a semana
Fatores técnicos e clima seco, favorável ao andamento da colheita no Brasil, geraram cinco sessões negativas consecutivas
Em uma semana de volatilidade moderada, os futuros do café registraram perdas em todos os pregões, acumulando cinco sessões negativas consecutivas até ontem. O movimento teve orientação técnica e influência do clima seco no Brasil, que contribuiu para o andamento da colheita no maior produtor mundial.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro/19 do contrato “C” acumulou desvalorização semanal de 665 pontos, encerrando a sessão de quinta-feira (25) a US$ 1,0065 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento setembro/19 do café robusta fechou ontem a US$ 1.358 por tonelada, com queda de US$ 61.
De acordo com a Somar Meteorologia, uma frente fria passa, amanhã, no decorrer do dia, pelo oceano na altura de São Paulo e volta a trazer nuvens e chuvas fracas para parte do litoral do Estado. Para as demais áreas do Sudeste, o tempo permanecerá firme com variação de nuvens.
O comportamento positivo do dólar frente ao real também exerceu certa pressão nos futuros do café. A moeda norte-americana subiu puxada por uma série de fatores relacionados às perspectivas de juros diante da fraca atividade nos EUA e na Europa, assim como pelo fluxo cambial negativo. Ontem, a divisa encerrou a R$ 3,7826, com ganho de 1% na semana.
No mercado físico, onde poucos negócios foram realizados, os preços também caíram, mas em nível inferior às perdas internacionais, com compensação da força do dólar. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon ficaram em R$ 408,98/saca e R$ 277,80/saca, com recuos, respectivamente, de 3,7% e 0,7% na semana.
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