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BALANÇO SEMANAL CNC – 25 a 29/11/2019

Café arábica mantém tom positivo em Nova York

Analistas acreditam que o desempenho do café em novembro pode sinalizar a reversão da tendência baixista

Os contratos futuros do café arábica mantiveram a tendência positiva nesta semana mais curta devido ao feriado (ontem) de Thaksgiving Day nos Estados Unidos. Na Bolsa de Nova York, o vencimento mar/20 encerrou a US$ 1,1845 por libra-peso, subindo 280 pontos. Já na ICE Europe, o vencimento jan/20 do café robusta permaneceu praticamente estável (-US$ 4), negociado a US$ 1.398 por tonelada.

Segundo analistas, com o desempenho registrado até agora em novembro, as cotações do arábica podem sinalizar uma reversão da tendência baixista que dominou o mercado nos meses antecedentes. Para eles, esse fato pode ocorrer devido à perspectiva de déficit na oferta global em 2020 e à queda nos estoques certificados.

É válido destacar que o arábica subiu mesmo com o dólar avançando. A moeda norte-americana recebeu impulso de declarações do governo brasileiro sobre o câmbio e do otimismo com relação aos dados do PIB dos EUA no terceiro trimestre. A divisa bateu seu recorde nominal na quarta-feira (27), a R$ 4,2586, mas passou a recuar com intervenções do Banco Central do Brasil. Ontem, o fechamento ficou em R$ 4,216.

No tocante ao clima, a Somar Meteorologia aponta a ocorrência de precipitações no cinturão produtor de café do Brasil. De acordo com o serviço meteorológico, a Região Sudeste receberá, na próxima semana, chuva em todos os Estados, com acumulados que podem passar de 80 milímetros.

O mercado brasileiro registrou negócios na semana, à medida que os valores subiram acompanhando o cenário internacional, o que estimulou fechamentos no físico e futuro. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram de R$ 506,68/saca e R$ 314,46/saca, respectivamente, com variações de 3,5% e 0,6%.

CNC participa de seminário sobre “Alimento e Sociedade”

Entidade defende debate sobre desafios da cadeia de valor do alimento e como a sociedade pode contribuir para a discussão

O Conselho Nacional do Café (CNC) participou, na quarta-feira, 27 de novembro, do Seminário “Alimento e Sociedade”, realizado pelo Instituto Fórum do Futuro na sede do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), em Brasília (DF).

Com a participação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, de representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), das Universidades Federais de Lavras (Ufla) e Viçosa (UFV), da Esalq, IICA, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), além de gestores públicos e privados do setor, a discussão foi voltada a jovens de todo o Brasil que têm interesse em contribuir para que o país possa oferecer produtos do agro cada vez mais saudáveis, sustentáveis e resilientes a mudanças climáticas.

Entre os objetivos do evento, destacam-se: (i) colaborar com a atualização da visão de Estado para a cadeia produtiva do alimento no Brasil; (ii) debater caminhos para a organização, em rede, da pesquisa agroalimentar; (iii) aproximar o conhecimento científico da visão estratégica do país e das expectativas de empresas, produtores e consumidores finais; e (iv) construir o diálogo e a produção social de sentido da cadeia agroalimentar diante da cidadania e, consequentemente, promover a inserção do setor no projeto brasileiro de sociedade.

O CNC é incentivador de discussões e busca por caminhos que fomentem a sustentabilidade socioeconômica e ambiental no agro, principalmente no café. Nesse sentido, a entidade entende como necessários os debates que envolvam pesquisa agroalimentar, uso de defensivos agrícolas, controle biológico, água, desperdício de alimentos, caminhos da biotecnologia para o futuro da humanidade, entre outros, que foram tratados no seminário do Fórum do Futuro.

Segundo o Conselho, é cada vez mais importante falar a respeito das conquistas e dos desafios da cadeia de valor do alimento e, em especial, como a sociedade pode contribuir para essa discussão. O CNC participa e sempre trabalhará para que os produtores, em especial os de café, sejam protagonistas neste debate.

 

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