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BALANÇO SEMANAL CNC — 27 a 31/05/2019
CNC participa de encontro anual de membros da GCP
Evento discutiu caminhos para a sustentabilidade da cadeia produtiva internacional do café até o ano 2030
Na terça-feira, 28 de maio, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, participou do III Encontro Anual de Membros do Programa Brasil da Plataforma Global do Café (GCP, em inglês), em São Paulo (SP).
“As instituições que compõem o colegiado, incluindo nós, do CNC, discutimos os caminhos para a sustentabilidade da cadeia produtiva do café até 2030, envolvendo debates sobre quais ferramentas a GCP possui para contribuir no processo de ‘originação’ dos cafés sustentáveis, amparadas no conceito de regiões sustentáveis, uma forte tendência para o mercado”, revela Brasileiro.
Segundo o presidente do Conselho, o encontro também envolveu debates a respeito das boas práticas e agroquímicos, painel que estimulou a cadeia produtiva a pensar em soluções que agreguem valor ao setor. “Foi uma discussão aberta, que tratou a questão dos pesticidas na produção e trade do café, sendo apresentados os virtuais problemas e a experiência das empresas como solução a eles”, concluiu.
BALANÇO SEMANAL — 27 a 31/05/2019
Qualidade: entidades firmam acordo para certificação dupla de café
Federação do Cerrado, associada ao CNC, e Abic assinam termo para incluir os selos de Denominação de Origem e Superior e Gourmet do PQC
Nesta semana, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, entidade associada ao Conselho Nacional do Café (CNC), assinou um inédito termo de compromisso com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) que possibilita que as indústrias cafeeiras associadas à instituição tenham seus produtos duplamente certificados com o selo da Denominação de Origem da Região do Cerrado Mineiro e o do Programa de Qualidade do Café (PQC).
Segundo a Abic, os consumidores terão acesso a um café comprovadamente de qualidade, com os Selos Superior e Gourmet do PQC e com o Selo de Denominação de Origem fornecido pela Federação, que são a garantia de qualidade, pureza e origem dos grãos e da sustentabilidade das colheitas e dos processos pré e pós-colheita.
“O CNC sempre defende o estreitamento de laços entre os segmentos da cadeia produtiva no intuito de garantir mercado para nosso café e essa iniciativa da Federação vem ao encontro do que esperamos por uma cadeia produtiva cada vez mais forte e coesa”, comenta o presidente do Conselho, Silas Brasileiro.
Segundo ele, é importante o setor produtor se aproximar das indústrias, pois uma das essências para a sanidade mercadológica do café é equilibrar oferta e demanda. “Estar conectado com os industriais é vital para entendermos as medidas necessárias que podem ser adotadas em conjunto para ampliarmos o consumo do café brasileiro, possibilitando que sempre tenhamos mercado interno e externo, de forma que sejam evitados excessos produtivos e o consequente aviltamento de preços”, completa.
O conselheiro diretor do CNC e presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sergio de Assis, diz que oferecer essa dupla certificação à indústria é um fator motivador para a entidade. “É uma forma de incentivar o produto de melhor qualidade e garantir a origem e a sustentabilidade em todas as etapas do café. É, também, um ótimo meio de ampliarmos a sinergia para disseminar o Selo de Origem e Qualidade do Café”, argumenta.
Para receber a dupla certificação, por parte da Abic, o produto deve ter a certificação do PQC na categoria de qualidade “Superior” (com nota de 6,0 a 7,2) ou “Gourmet” (com nota de 7,3 a 10). Pela Federação, o produto deve conter em sua composição 100% do café de origem Cerrado Mineiro e estar em conformidade com o Programa de Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, que implica bebida de qualidade mínima de 80 pontos, conforme metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA, em inglês), originado de propriedades credenciadas junto à Federação que cumpram todas as normas determinadas pela Denominação de Origem.
Preços do café disparam com mercado climático
Atenção ao clima frio e à ocorrência de chuvas fora de época no Brasil motiva cobertura de posições vendidas na semana
Os contratos futuros do café tiveram forte elevação na semana nos mercados internacionais. Os ganhos foram motivados pela cobertura de posições vendidas de fundos e especuladores, em um movimento desencadeado pelo “mercado climático”, com os players atentos ao clima no Brasil. Em menor escala, a desvalorização do dólar também forneceu suporte.
De acordo com analistas, a massa de ar polar do final de semana anterior e a ocorrência de chuvas, que atrapalharam os trabalhos de colheita e interferiram no processo de secagem dos frutos, ocasionaram essa mudança de comportamento dos fundos, que diminuíram seu saldo vendido também em meio a observações sobre a possibilidade de geada nos cafezais brasileiros.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento julho/19 do contrato “C” subiu 905 pontos até ontem, encerrando o pregão a US$ 1,0235 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento julho/19 do café robusta fechou a sessão de quinta-feira a US$ 1.456 por tonelada, acumulando ganhos de US$ 88.
O dólar comercial voltou a patamares inferiores a R$ 4 nesta semana até o fechamento de ontem, quando foi cotado a R$ 3,979. A percepção de melhora no ambiente político brasileiro, com sinalização de avanços para aprovação das reformas propostas pelo governo, motivou o desempenho. A divisa acumulou perda semanal de 0,9%.
Com a ocorrência de precipitações atípicas nesta época do ano e o risco de geada, o mercado segue monitorando o clima no Brasil para avaliar a possibilidade de perda de qualidade dos cafés, que pode ser ocasionada pela umidade e pela queda dos frutos ao chão.
Segundo a Somar Meteorologia, uma frente fria se aproxima da costa Sudeste e provoca chuva nas áreas sul e leste de São Paulo, no sul de Minas Gerais e no Rio de Janeiro hoje (31). Para as demais áreas da Região, a previsão é de tempo firme.
O serviço meteorológico informa que, por causa de uma frente fria, as precipitações continuam no Rio de Janeiro e no sul de Minas Gerais na segunda-feira. Contudo, o sistema se afastará para alto mar e a primeira semana de junho será de tempo mais estável em todo o Sudeste. Há, no entanto, o alerta porque as temperaturas seguirão baixas.
No mercado físico, as cotações do café foram impulsionadas pela evolução internacional, mas os negócios seguem calmos, com produtores aguardando preços melhores. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon situaram-se em R$ 414,31/saca e a R$ 299,04/saca, com ganhos de 5,7% e 3,9%, respectivamente.
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