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Boletim Carvalhaes
por Carvalhaes:
Em mais uma semana de muita turbulência em Brasília com impasses nas negociações para a aprovação da reforma da Previdência no Congresso, os contratos de café na ICE Futures US em Nova Iorque permaneceram praticamente estáveis, oscilando menos do que vinha ocorrendo nas últimas semanas. As flutuações no decorrer dos pregões aconteceram mais como reação às altas e baixas do dólar frente ao real.
O dólar chegou a superar R$ 4 voltando a níveis alcançados antes da eleição presidencial e recuou ligeiramente a partir de ontem, com a mobilização de empresários para amainar os desentendimentos entre o Presidente da República e o Presidente da Câmara Federal. O recado foi de que o clima de disputa só prejudica o País e que é necessário colocar o foco no que realmente importa, a reforma da Previdência. Agora, caberá ao ministro da Economia, Paulo Guedes, fazer a articulação política para aprovação da reforma da Previdência no Congresso.
No mercado físico brasileiro os preços continuaram praticamente no mesmo patamar por toda a semana, oscilando 5 a 10 reais para cima ou para baixo conforme o câmbio do dia e o interesse do comprador no lote ofertado.
No balanço da semana NY ganhou 60 pontos em relação ao fechamento da sexta-feira anterior. Os negócios continuam não sendo fechados em maior número porque parte dos produtores preferem aguardar o retorno dos preços para o patamar dos 400 reais e poucos lotes estão chegando a esse preço. Apenas arábicas de melhor qualidade e bem preparados da safra atual.
O CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada informou esta semana que a pressão sobre os preços do café nas bolsas de futuro e, consequentemente, sobre os preços no mercado interno brasileiro, levou as cotações para os menores níveis em mais de cinco anos, no caso do arábica. “Com as recentes e contínuas quedas nos preços, as médias mensais atuais são as mais baixas desde janeiro de 2014 para o arábica e de dezembro de 2013 para o robusta, em termos reais” (valores deflacionados).
O Rabobank ampliou nesta quarta-feira sua previsão de déficit global de café em 2019/20 para 2,3 milhões de sacas de 60 kg, ante estimativa anterior de 1,2 milhão, alegando produções reduzidas em Indonésia, Colômbia, Equador e vários países da América Central. O banco, entretanto, aumentou sua estimativa de superávit mundial do produto em 2018/19 para 6,5 milhões de sacas, contra 5,5 milhões anteriores, indicando amplos estoques no mercado global e uma perspectiva baixista para os preços, especialmente para o arábica (Fonte: Reuters). Uma no cravo e outra na ferradura…
O fim dos benefícios da Lei Kandir aos exportadores e possibilidade de não renovação do Convênio 100/1997, que isentam de ICMS as exportações e o comércio de insumos agrícolas entre estados, podem provocar prejuízos de cerca de R$ 80 bilhões ao setor agropecuário nacional. O alerta foi feito na última quarta-feira, dia 27, pela Associação Brasileira dos Produtores de Soja durante a primeira reunião do ano da Câmara Setorial da Soja, órgão consultivo ligado ao MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Até dia 28, os embarques de março estavam em 1.856.557 sacas de café arábica, 96.201 sacas de café conillon, mais 212.002 sacas de café solúvel, totalizando 2.164.760 sacas embarcadas, contra 2.586.017 sacas no mesmo dia de fevereiro. Até o mesmo dia 28, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em março totalizavam 2.881.712 sacas, contra 3.351.945 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 22, sexta-feira, até o fechamento do dia 29, subiu nos contratos para entrega em maio, próximo 60 pontos ou US$ 0,79 (R$ 3,09) por saca. Em reais, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 22 a R$ 484,55 por saca, e dia 29 a R$ 489,52. Na sexta-feira, dia 29 nos contratos para entrega em maio a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 50 pontos.
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