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Boletim Carvalhaes

por Carvalhaes:

Até a quarta-feira, dia 10, o mercado de café apresentou-se calmo, com as cotações na ICE Futures US em Nova Iorque oscilando pouco e apresentando uma ligeira tendência de alta. O mercado físico brasileiro também se mostrava calmo com os vendedores retraídos devido às bases de preços ofertadas pelos compradores.

Na quinta-feira, dia 11, os contratos de café na ICE abriram em baixa. A queda se acentuou no decorrer do pregão e os contratos com vencimento em maio próximo fecharam com perdas de 400 pontos. Hoje esses contratos oscilaram bem menos e os com vencimento em maio ganharam 15 pontos. No balanço da semana a queda dos contratos para maio foi de 280 pontos.

A queda de quinta-feira fez os contratos para maio caírem para o patamar de 90 centavos por libra peso (hoje pela manhã chegaram a trabalhar um pouco abaixo dos 90 centavos), o menor dos últimos 14 anos na bolsa de Nova Iorque, o que assustou os operadores. Uma combinação de fatores deve ter levado à forte queda de ontem.

Na quarta-feira o CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil divulgou as exportações brasileiras de café no último mês de março, quando foram embarcadas 2 967 233 sacas de 60 kg de café, aproximadamente 10 % mais que no mesmo mês de 2018. No primeiro trimestre do ano, o Brasil registrou exportações totais de 9,9 milhões de sacas de café, aumento de 25,7 por cento e também um volume histórico para o período. No mesmo dia foi informado ao mercado o pedido de concordata da Terra Forte Cafés, uma das maiores exportadoras de café do Brasil e grande produtora de café (no momento é difícil enxergar os desdobramentos desse pedido de concordata). Por fim, na quinta-feirao dólar subiu 0,86% frente ao real, dando mais um estímulo aos especuladores em Nova Iorque.

Nossas exportações continuam apresentando ótimos volumes embarcados e no acumulado até agora deste ano-safra (primeiro de julho de 2018 até final de março) nossas exportações já somam 30 951 447 scs, um pouco mais que em todo o ano-safra anterior (julho de 2017 a junho de 2018) quando embarcamos 30 451 709 scs. Segundo o CECAFÉ, caminhamos para o fechamento do ano cafeeiro atingindo prováveis 40 milhões de sacas exportadas, um novo recorde histórico para o período.

Mesmo que fique um pouco abaixo de quarenta milhões, será um ótimo desempenho em volume embarcado. O problema aparece quando olhamos para a receita cambial com nossas exportações de café. Nos primeiros nove meses deste ano-safra embarcamos um volume 30,3% maior em relação ao mesmo período do ano-safra anterior, mas nossa receita cambial foi apenas 7,1% maior devido à forte queda dos preços praticados. O valor médio por saca exportada pelo Brasil vem caindo mês após mês. No final de junho comemoraremos o novo volume recorde, mas o valor arrecadado por nossas exportações deixará um gosto ruim nessa “vitória”. Essa queda no valor de nossas exportações reflete diretamente no bolso dos cafeicultores brasileiros. São eles que arcam com as perdas no valor da saca exportada.

O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil informou que no último mês de março foram embarcadas 2.967.233 sacas de 60 kg de café, aproximadamente 10 % (268.759 sacas) mais que no mesmo mês de 2018 e aproximadamente 16 % (575.387 sacas) menos que no último mês de fevereiro. Foram 2.470.277 sacas de café arábica e 172.749 sacas de café conilon, totalizando 2.643.026 sacas de café verde, que somadas a 323.201 sacas de solúvel e 1.006 sacas de torrado, totalizaram 2.967.233 sacas de café embarcadas.

Até dia 8, os embarques de abril estavam em 310.967 sacas de café arábica, 22.124 sacas de café conillon, mais 13.912 sacas de café solúvel, totalizando 347.003 sacas embarcadas, contra 675.163 sacas no mesmo dia de março. Até o mesmo dia 8, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em abril totalizavam 724.679 sacas, contra 1.316.546 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 5, sexta-feira, até o fechamento de sexta-feira, dia 12, caiu nos contratos para entrega em maio, próximo 280 pontos ou US$ 3,70 (R$ 14,39) por saca. Em reais, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 5 a R$ 477,24 por saca, e dia 12 a R$ 464,93. Na sexta-feira, dia 12, nos contratos para entrega em maio a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 15 pontos.

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