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Boletim Carvalhaes

por Carvalhaes:

O mercado de café trabalhou em alta na semana Os contratos de café na ICE Futures US subiram praticamente todos os dias e os com vencimento em setembro próximo somaram 880 pontos de alta até o fechamento de sexta.

As informações que chegam das principais regiões produtoras sobre a queda de qualidade e tamanho da nova safra brasileira de café 2019/2020, o persistente aumento do consumo mundial de café e o início do inverno no hemisfério sul com as primeiras frentes frias chegando sobre os cafezais do sudeste brasileiro, impulsionaram as cotações.

O mercado físico brasileiro de café apresentou-se firme e comprador. Houve boa procura e negócios com todos os padrões de café, mas o foco principal dos compradores foram os arábicas de boa qualidade a finos. Os preços desses cafés subiram entre 30 e 40 reais por saca, dependendo do preparo e da porcentagem de peneiras 17 e 18.

A colheita da nova safra avança a boa velocidade e vai confirmando seu tamanho menor, quebra na produção de CDs e volume alto de varrições. Com o ciclo baixo e o inicio precoce dos trabalhos, no final de julho próximo estará praticamente terminada. A COOXUPÉ – Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé informou nesta terça-feira que a colheita dos seus cooperados atingiu 43,48% até o dia 21 de junho. Os trabalhos estão mais acelerados do que nos últimos anos. No mesmo dia em 2018 tinham apenas 22,93% da produção colhida.

O MERCOSUL e a União Europeia finalizaram nesta sexta-feira, 28, as negociações para o acordo entre os dois blocos. O tratado, que abrange bens, serviços, investimentos e compras governamentais, vinha sendo discutido há duas décadas por europeus e sul-americanos. Após vinte anos de negociações, o acordo entre MERCOSUL e União Europeia representa um marco. É o segundo maior tratado assinado pelos europeus – perde apenas para o firmado com o Japão, segundo integrantes do bloco – é o mais ambicioso já acertado pelo MERCOSUL, que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. O acordo permitirá que a maior parte dos produtos seja comercializada entre os blocos com tarifa zero. Haverá um calendário para que isso ocorra. Os europeus eliminarão mais rapidamente as tarifas, mas vão manter cotas de importação em alguns produtos agrícolas. Para o MERCOSUL, pode levar uma década para que boa parte das alíquotas seja zerada (Estadão – veja mais informações no clipping e seção EXTRA de nosso site).

A ABICS – Associação Brasileira de Café Solúvel avaliou como “extraordinário” para o setor o acordo entre UE e MERCOSUL, que deve permitir que o país exporte 35% a mais para os europeus em cinco anos. Apesar de uma tarifa de 9%, a União Europeia é o segundo principal destino do café solúvel brasileiro, o que indica que o país já tem uma base importante para avançar mais no mercado europeu após o acordo com o MERCOSUL. A tarifa de 9% cairá 25% ao ano, segundo o acerto, chegando zerada ao quinto ano após a implementação do pacto (Reuters – veja mais informações no clipping e seção EXTRA de nosso site).

Até dia 27, os embarques de junho estavam em 1.470.456 sacas de café arábica, 55.179 sacas de café conillon, mais 107.388 sacas de café solúvel, totalizando 1.633.023 sacas embarcadas, contra 2.478.817 sacas no mesmo dia de maio. Até o mesmo dia 27, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em junho totalizavam 2.897.105 sacas, contra 3.485.388 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 21, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 28, subiu nos contratos para entrega em setembro, próximo 880 pontos ou US$ 11,64 (R$ 44,70) por saca. Em reais, as cotações para entrega em julho próximo na ICE fecharam no dia 21 a R$ 509,13 por saca, e dia 28 a R$ 555,96. Na sexta-feira, dia 28, nos contratos para entrega em setembro a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 275 pontos.

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