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Boletim Carvalhaes

por Carvalhaes:

Os contratos de café na ICE Futures US em Nova Iorque ainda caíram forte na segunda-feira passada, quando os com vencimento em março próximo fecharam com queda de 475 pontos. Nos demais dias oscilaram entre pequenas altas e baixas. No balanço da semana perderam 430 pontos. Pressionado pelo cenário macroeconômico, o real apresentou fortes oscilações diárias frente ao dólar impedindo que o resultado da semana na ICE terminasse no positivo, colocando um freio nas quedas que vêm se sucedendo desde o início do ano.

As chuvas constantes e fortes sobre os cafezais brasileiros parecem ter sido precificadas por operadores e especuladores em Nova Iorque. Os fundamentos, que continuam apontando para um cenário apertado entre produção e consumo mundial, podem agora levar a alguma recuperação nas cotações do café, que foram pressionadas muito além do razoável. Os preços praticados neste início de ano no mercado físico, tanto no Brasil como nos demais países produtores, significam prejuízo certo para os produtores de café.

O mercado físico brasileiro permaneceu fortemente comprador, mas o número de negócios fechados continua bem abaixo da média. Como temos repetido, o volume de café em mãos de produtores é pouco para as necessidades de um mercado como o brasileiro e esses produtores que ainda têm café não se mostram dispostos a entregar seus lotes nas bases de preços atuais.

A produção global do ano cafeeiro de 2019/2020 é estimada em 168,71 milhões de sacas pela OIC – Organização Internacional do Café. Uma redução de 0,9% em relação ao ciclo anterior, 2018/2019. No mesmo período, consumo total é estimado pela OIC em 169,34 milhões de sacas, o que levaria a um déficit de 630 mil sacas.

No ano passado, o mercado brasileiro de café solúvel atingiu 21,3 mil toneladas, equivalentes a 925.906 sacas de café, das quais 11.691 sacas foram importadas. Cresceu 5,6% em relação a 2018. Já as exportações resultaram no maior volume da história do café solúvel brasileiro, totalizando 91.962 mil toneladas, equivalentes a 4 milhões de sacas, com crescimento de 7% em relação ao ano anterior, tendo 106 países como destino. No mercado brasileiro, as perspectivas para 2020 são de crescimento próximo a 8%, o que significa chegar a um milhão de sacas consumidas – fonte: Café Point.

A CCJ – Comissão de Constituição e Justiça do Senado marcou para o próximo dia 19 a votação da PEC – Proposta de Emenda Constitucional 187/2019, que permite ao governo usar para outras finalidades os recursos atualmente retidos em fundos públicos e vinculados a áreas específicas. O FUNCAFÉ é um desses fundos públicos. O anúncio foi feito pela presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS) – fonte: jornal Correio Braziliense.

Até dia 5, os embarques de janeiro estavam em 2.474.534 sacas de café arábica, 116.679 sacas de café conillon, mais 289.150 sacas de café solúvel, totalizando 2.880.363 sacas embarcadas, contra 2.908.834 sacas no mesmo dia de dezembro. Até o mesmo dia 5, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em janeiro totalizavam 3.525.237 sacas, contra 3.090.026 sacas no mesmo dia do mês anterior.

Até dia 6, os embarques de fevereiro estavam em 61.564 sacas de café arábica, 5.086 sacas de café conillon, mais 1.895 sacas de café solúvel, totalizando 68.545 sacas embarcadas, contra 211.090 sacas no mesmo dia de janeiro. Até o mesmo dia 6, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 516.479 sacas, contra 628.858 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 31, sexta-feira, até o fechamento de sexta-feira, dia 7, caiu nos contratos para entrega em março próximo 430 pontos ou US$ 5,69 (R$ 24,58) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 31 a R$ 581,70 por saca, e dia 7 a R$ 562,02. Na, sexta-feira, dia 7, nos contratos para entrega em março a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 20 pontos.

 

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