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Boletim Carvalhaes
por Carvalhaes:
A semana começou em forte alta no mercado de café. A constatação pelos operadores de que, com a escassez de oferta nas origens, o café mais barato a disposição para entrega imediata são os lotes certificados na ICE Futures US levaram os contratos de café em Nova Iorque a trabalharem em forte alta. Na segunda-feira os contratos para maio fecharam com ganhos de 425 pontos. Na terça-feira abriram em alta e ainda foram impulsionados pelo corte emergencial dos juros americanos com a piora do cenário internacional. Fecharam com alta de 660 pontos. Subiram 1085 pontos em dois dias.
Na quarta-feira, a expectativa era de mais um dia de alta para o café, mas o crescente temor dos mercados financeiros globais com os efeitos do surto de coronavírus na produção, no consumo e nas viagens, contaminou as bolsas ao redor do mundo arrastando as de café junto. O pregão na ICE começou com baixas técnicas, com especuladores e fundos, face ao agravamento do cenário financeiro, procurando realizar lucros dos três dias anteriores em alta (sexta, segunda e terça-feira). Os contratos de café para maio fecharam com perdas de 380 pontos.
Na quinta-feira o pessimismo mundial se acentuou, a escalada do dólar frente ao real aumentou e os contratos de café para maio perderam 705 pontos. Caíram em dois dias 1085 pontos. Coincidentemente o que haviam subido nos dois primeiros dias da semana. Hoje o cenário permaneceu o mesmo e os contratos para maio recuaram mais 395 pontos. No balanço da semana as perdas em Nova Iorque somaram 395 pontos. Como o dólar subiu forte esta semana, em reais por saca praticamente não houve perdas na bolsa de Nova Iorque quando se compara o fechamento de sexta-feira passada com o de hoje.
O mercado físico brasileiro subiu na segunda e terça-feira, acompanhando a escalada das cotações na ICE e no dólar. Com os preços mais altos saíram mais negócios. O volume não foi excepcionalmente alto devido aos baixos estoques em mãos de produtores e também porque diversos cafeicultores, com a rapidez da alta, não tiveram tempo para preparar seus lotes ou decidiram aguardar mais para vender e foram surpreendidos pela rapidíssima mudança na leitura do cenário econômico pelos operadores internacionais. Com a queda das cotações os vendedores se retraíram e o mercado físico brasileiro voltou a travar.
O CNC – Conselho Nacional do Café anunciou na última quarta-feira a aprovação da retirada do FUNCAFÉ – Fundo de Defesa da Economia Cafeeira da PEC 187/2019, para evitar a extinção do Fundo. A proposta tratava da desvinculação dos fundos públicos e, com a aprovação, foi preservada a principal fonte de recursos exclusivos ao setor vindos do FUNCAFÉ. Segundo o presidente do CNC, Silas Brasileiro, o FUNCAFÉ não é realimentado há 15 anos, não tendo, portanto, fonte de receita de contribuições específicas. Ponderou que isso faz com que o Fundo não seja responsável pelo excesso de vinculação de receitas que dificulta a gestão fiscal do País.
Até dia 4, os embarques de fevereiro estavam em 1.850.095 sacas de café arábica, 132.463 sacas de café conillon, mais 216.194 sacas de café solúvel, totalizando 2.198.752 sacas embarcadas, contra 2.421.166 sacas no mesmo dia de janeiro. Até o mesmo dia 4, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 3.002.787 sacas, contra 3.313.280 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Até dia 5, os embarques de março estavam em 32.559 sacas de café arábica, mais 218 sacas de café solúvel, totalizando 32.777 sacas embarcadas, contra 68.545 sacas no mesmo dia de fevereiro. Até o mesmo dia 5, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em março totalizavam 357.788 sacas, contra 516.479 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 28, sexta-feira, até o fechamento de sexta-feira dia 6, caiu nos contratos para entrega em maio próximo 395 pontos ou US$ 5,23 (R$ 24,23) por saca. Em reais, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 28 a R$ 659,58 por saca, e dia 6 a R$ 658,20. Na sexta-feira, dia 6 nos contratos para entrega em maio a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 395 pontos.
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