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Boletim CArvalhaes

por Escritório Carvalhaes

Postado em 27/07/2020

A semana foi de alta para o mercado de café. Os contratos de café na ICE Futures US em Nova Iorque, referência para os negócios, subiram forte e os com vencimento em setembro próximo somaram 610 pontos positivos na semana.

A desvalorização do dólar frente ao real, de aproximadamente 3% esta semana, as incertezas climáticas, que afetam todas as regiões cafeeiras, bem como as preocupações com o andamento da COVID – 19, que agora avança sobre as regiões produtoras de café, tanto no Brasil como nos demais países produtores da América Latina, levaram fundos e especuladores a recomprar contratos em Nova Iorque, procurando uma posição mais segura frente a tantas variáveis.

O consumo de café “no lar” continua firme e agora as atenções se voltam para o consumo “fora de casa”, que deve começar a se recuperar no hemisfério norte com a reabertura gradual do comércio e dos escritórios. A preocupação com uma queda significativa no consumo está diminuindo semana após semana.

Segundo Vanusia Nogueira, Diretora Executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais, após um período de incertezas durante o pico da pandemia nos países asiáticos, as notícias são positivas para o setor de cafés especiais. Importantes compradores do café brasileiro já começam a solicitar entregas dos cafés, que haviam sido adiadas por conta da pandemia. “A gente está tendo uma retomada muito interessante, os países asiáticos de uma forma geral já estão regularizando os pedidos ao Brasil”, destacou a dirigente (Notícias Agrícolas).

Com os contratos de café em Nova Iorque trabalhando em alta, o mercado físico brasileiro apresentou-se firme e bastante procurado pelos compradores. O valor das ofertas foi subindo no decorrer da semana e o volume de negócios fechados aumentou. Os produtores continuam vendendo apenas para fazer caixa para as despesas de colheita e insumos. Não se sente pressão vendedora. Como parte da alta na ICE aconteceu em razão da acentuada queda do dólar frente à nossa moeda, os preços em reais no mercado físico brasileiro subiram proporcionalmente menos que em Nova Iorque. Os produtores estão com as atenções voltadas para os trabalhos de colheita, que com o clima ajudando avançam em boa velocidade.

Até dia, 23 os embarques de julho estavam em 915.270 sacas de café arábica, 199.977 sacas de café conillon, mais 92.412 sacas de café solúvel, totalizando 1.207.659 sacas embarcadas, contra 903.117 sacas no mesmo dia de junho. Até o mesmo dia 23, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em julho totalizavam 2.219.762 sacas, contra 1.841.141 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 17, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 24, subiu nos contratos para entrega em setembro próximo 610 pontos ou US$ 8,07 (R$42,01) por saca. Em reais, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 17 a R$ 728,44 por saca, e dia 24 a R$ 746,50. Na sexta-feira, dia 24, nos contratos para entrega em setembro a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 90 pontos.

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