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Boletim Carvalhaes: Mercado físico brasileiro se manteve firme e comprador na semana
POR EQUIPE CAFÉPOINT:
O sentimento no mercado mundial de escassez de cafés arábica de qualidade e a forte queda nos estoques brasileiros de café com os bons volumes exportados por nós em 2019, somados à força de nosso consumo interno – deveremos fechar o ano com mais de 40 milhões de sacas embarcadas e com o consumo brasileiro ultrapassando 20 milhões de sacas – mantiveram as cotações do café em alta na ICE Futures US e o mercado físico brasileiro firme e comprador. Os contratos de café com vencimento em março próximo em Nova Iorque subiram, esta semana, mais 575 pontos e fecharam hoje a US$ 1,2480 por libra peso.
Os preços pagos aos cafeicultores, abaixo dos custos de produção, desestimularam produtores em todo o mundo e atingiram com força a América Central, a Colômbia e o Peru. Aqui no Brasil tivemos produtores que se viram obrigados a diminuir os tratos culturais. Além disso, crescem a cada ano as incertezas climáticas que derrubam o tamanho e a qualidade de parte de nossa produção. Em 2019 colhemos uma safra menor do que a inicialmente projetada e com forte queda no volume de arábicas de boa qualidade. Para 2020, ano de safra de ciclo alto para nós, os problemas climáticos que tivemos neste ano já levam nossos agrônomos a descartarem a possibilidade de colhermos uma nova safra recorde. Em 2020 colheremos uma safra de ciclo alto que em volume ficará abaixo do total produzido em 2018. A qualidade da nova safra só será conhecida após o início dos trabalhos de colheita em maio próximo.
A Organização das Nações Unidas (ONU) abriu na segunda-feira, dia 2, a cúpula do clima de duas semanas em Madri, a COP 25. Líderes mundiais enfrentam crescente pressão para provar que podem evitar os impactos mais catastróficos do aquecimento global. Participam representantes de quase 200 países, totalizando quase 29 mil pessoas. O evento, que ocorre de 2 a 13 de dezembro, adotou o slogan “Hora da Ação” (Time for Action). Desde 2015, quando foi assinado um grande acordo climático global, o Acordo de Paris, as conferências do clima anuais têm se dedicado a como colocá-lo em prática.
De acordo com a ONU, estudos científicos mostram que as emissões de gases causadores do efeito estufa continuam subindo – e não caindo, como deveria ser. O principal desafio da COP 25 é acelerar o combate às mudanças climáticas. As negociações começaram na segunda, dia 2, sob um cenário de impactos cada vez mais visíveis, como incêndios florestais se espalhando do Ártico e da Amazônia até a Austrália, e regiões tropicais atingidas por furacões devastadores (fonte G1).
No próximo dia 17, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgará seu quarto e último levantamento da safra brasileira de café 2019. Esse quarto levantamento consolidará os números da produção nacional de café em 2019. Em janeiro deveremos ter o primeiro levantamento da Conab para nossa safra 2020.
Na próxima semana, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgará as exportações de Café do Brasil em novembro último. Provavelmente já ultrapassaremos em onze meses nosso recorde anual anterior, de 2015, quando exportamos 37.018.983 sacas de 60 kg. Mesmo com o bom desempenho de nossos embarques, os estoques nos países consumidores não crescem de modo significativo, confirmando o crescimento do consumo mundial, as dificuldades de nossos concorrentes em manter o ritmo de suas exportações e o aumento da fatia dos cafés brasileiros no consumo mundial.
O mercado físico brasileiro manteve-se firme e comprador por toda a semana. Os preços subiram para todos os padrões de café, mas com mais força para os arábicas de boa qualidade a finos. Lotes de arábica riados e rio ainda estão com deságios grandes em relação aos de melhor qualidade. Os negócios saíram em boa quantidade, mas os produtores vendem sempre com cautela e para cumprir compromissos. Não vendem apenas por julgar que os preços subiram. Consideram que é melhor manter seus lotes do que vender para aplicar no mercado financeiro o resultado da venda.
Cresce dia a dia a preocupação dos operadores com o que existe de estoques no Brasil para atender nossos compromissos de exportação e consumo interno nos meses de entressafra de 2020 (janeiro a junho).
Até dia 4, os embarques de novembro estavam em 2.376.476 sacas de café arábica, 198.301 sacas de café conilon, mais 264.846 sacas de café solúvel, totalizando 2.839.623 sacas embarcadas, contra 2.309.426 sacas no mesmo dia de outubro. Até o mesmo dia 4, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em novembro totalizavam 3.276.104 sacas, contra 3.456.270 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Até dia, 5 os embarques de dezembro estavam em 75.080 sacas de café arábica, 16.881 sacas de café conilon, mais 1.837 sacas de café solúvel, totalizando 93.798 sacas embarcadas, contra 129.161 sacas no mesmo dia de novembro. Até o mesmo dia 5, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em novembro totalizavam 551.675 sacas, contra 510.043 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque (ICE) do fechamento do dia 29, sexta-feira, até o fechamento de sexta-feira dia 6, subiu, nos contratos para entrega em março próximo, 575 pontos ou US$ 7,61 (R$ 31,55) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam, no dia 29, a R$ 667,71 por saca, e dia 6, a R$ 684,44. Na sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 5 pontos. No mercado firme de sexta-feira são as seguintes cotações nominais por saca para os cafés verdes do tipo 6 para melhor, safra 2019/2020, condição porta de armazém:
R$570/600,00 – CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$540/560,00 – FINOS A EXTRA FINOS – MOGIANA E MINAS.
R$530/540,00 – BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$490/510,00 – DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$420/450,00 – RIADOS.
R$380/400,00 – RIO.
R$400/420,00 – P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$380/400,00 – P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.
DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 4,1460 PARA COMPRA.
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