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Boletim semanal – ano 85 – n° 22

por Carvalhaes:

Com a presente edição, o “Boletim Semanal do Escritório Carvalhaes” completa 85 anos de existência.

Em cinco de junho de 1933, dois membros da terceira geração da família Carvalhaes em negócios de café, Álvaro Rossman Carvalhaes e Nelson Rossman Carvalhaes, do “Escriptorio Carvalhaes”, que já atuavam em negócios de café na “praça de Santos” desde 1918, editaram o primeiro número deste boletim semanal. Mantemos a coleção completa de nosso Boletim Semanal.

“… agora, quando se avizinha a maior safra brasileira de que há memória, e quando se promete a tão almejada liberdade de comércio, sentiram os seus componentes a imperiosa necessidade de editar este boletim, que os manterá em maior contato com seus fregueses do interior, prestando ao mesmo tempo um serviço apreciável de informações que, sabemos são muito desejados, desde que sejam transmitidas com sinceridade e precisão“

Assim nossos tios avós começavam a apresentação do novo serviço aos clientes e amigos do Escritório Carvalhaes. São diretrizes que seguimos até hoje. Por uma imensa coincidência, estamos agora à espera da nova safra brasileira de café 2018/2019, quando colheremos a “maior safra brasileira de que há memória”. Para os leitores que tiverem curiosidade e paciência, colocamos no Clipping de nosso site uma cópia desse primeiro Boletim Semanal.

A longa e preocupante greve dos caminhoneiros terminou parcialmente na última quarta-feira, ontem foi feriado nacional e hoje começaram a se normalizar tanto o mercado de café como os serviços de retirada nas fazendas dos lotes vendidos nos dias anteriores à greve. Ontem à noite terminou oficialmente a greve no Porto de Santos, responsável por aproximadamente 85% das exportações brasileiras de café, e hoje os serviços de embarque foram retomados. O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil estimou que no período de greve os exportadores brasileiros foram impedidos de colocar a bordo aproximadamente 900 mil sacas de café. Essas 900 mil sacas não deixarão de ser embarcadas, mas chegarão com bastante atraso ao seu destino.

A greve nacional dos caminhoneiros, mais o feriado na segunda-feira nos EUA e em Londres, e no Brasil ontem, quinta-feira, na prática só hoje tivemos o mercado físico de café atuando. O mercado foi comprador e saíram alguns negócios. Estamos no final da entressafra e são poucos os lotes à venda. Apesar da colheita da nova safra estar atrasada (tanto a de arábica como a de conilon), começam a aparecer lotes de café 2018/2019 no mercado.

Os contratos de café com vencimento em julho próximo na ICE Futures US em Nova Iorque acumularam alta de 235 pontos na semana e a cotação do dólar continuou avançando frente ao real. O mercado físico de café no Brasil é comprador e os preços melhoraram em relação à semana anterior.

Até dia 30, os embarques de maio estavam em 1.265.486 sacas de café arábica, 28.115 sacas de café conillon, mais 184.159 sacas de café solúvel, totalizando 1.477.760 sacas embarcadas, contra 1.567.888 sacas no mesmo dia de abril. Até o mesmo dia 30, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em maio totalizavam 1.782.532 sacas, contra 2.209.833 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 25, sexta-feira, até o fechamento de sexta, dia 1, subiu nos contratos para entrega em julho próximo 235 pontos ou US$ 3,11 (R$ 11,69) por saca. Em reais, as cotações para entrega em julho próximo na ICE fecharam no dia 25 a R$ 583,39 por saca, e dia 1 a R$ 610,53. Na sexta-feira, dia 1, nos contratos para entrega em julho a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 95 pontos.

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