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Bolsa de Nova York cai cerca de 200 pts nesta 2ª feira de olho no clima no Brasil e câmbio

por Notícias Agrícolas:

Mais um dia de baixas para o mercado do café na Bolsa de Nova York (ICE Future US) nesta segunda-feira (6). As cotações futuras da variedade fecharam a sessão com queda próxima de 200 pontos repercutindo o câmbio, que impacta nas exportações, e o clima no Brasil que deu sinais de melhora. Com essa queda, a terceira consecutiva, os vencimentos ficam mais distantes do patamar de US$ 1,45 por libra-peso.

O vencimento março/17 encerrou o dia cotado a 139,65 cents/lb com 160 pontos de queda, o maio/17, referência de mercado, anotou 141,45 cents/lb com desvalorização de 185 pontos. Já o contrato julho/17 encerrou o dia a 143,75 cents/lb com recuo de 185 pontos e o setembro/17, mais distante, também caiu 185 pontos, a 146,05 cents/lb. Na semana passada, as cotações da variedade tiveram baixa acumulada de mais de 2%.

Apesar do campo negativo, o mercado chegou a oscilar dos dois lados da tabela durante o dia, característica parecida pôde ser vista nos últimos dias. “A verdade é que as cotações não estão encontrando forças para recuperar o espeço perdido nos últimos dias, o mercado deve trabalhar dentro do range de 140,00 e 145,00 cents/lb na Bolsa norte-americana”, disse em seu relatório diário o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.

Com investidores cautelosos diante da cena política e do cenário externo, o dólar comercial acabou fechando a sessão desta segunda com alta de 0,39%, cotado a R$ 3,1270 na venda, apesar de oscilar dos dois lados da tabela, e acabou contribuindo para pressionar o mercado do café. A divisa mais alta tende a dar maior competitividade às exportações da commodity e os preços externos do grão tendem a cair.

A melhora do clima no Brasil, maior produtor e exportador do mundo, também contribuiu para a baixa nas cotações durante a sessão de hoje. A chuva voltou às áreas produtoras do país o que poderá “recompor as condições de umidade do solo nessas áreas”, segundo a Somar Meteorologia. Para Espírito Santo e Paraná, a previsão é de pouca chuva, fato que deverá agravar as condições de deficiência hídrica no Estado capixaba.

“Chuvas recentes no Sul de Minas Gerais, São Paulo e Paraná melhoraram um pouco a umidade, mas a seca ainda é uma preocupação generalizada em todo o cinturão do café”, disse o MDA Information Systems sobre o Brasil à Reuters.

Mercado interno

Os negócios no mercado físico brasileiro seguiram lentos durante esta segunda-feira. Com as quedas externas recentes, os preços dos tipos mais negociados chegaram a ficar abaixo do patamar de R$ 500,00. “Os produtores que ainda possuem café disponível para negociações continuam aguardando na expectativa de melhores preços, mas o que vem ocorrendo é o contrário, preços mais fracos a cada dia”, disse Anilton Machado.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação no dia em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 540,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com R$ 530,00 a saca e alta de 2,91%.

O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com 536,00 a saca e queda de 0,92%. A oscilação mais expressiva no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com baixa de 2,85% e saca a R$ 478,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação no dia no Oeste da Bahia com R$ 515,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com baixa de 3,71% e saca a R$ 467,00.

Na sexta-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 492,31 com alta de 0,04%.

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