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Bolsa de Nova York cai mais de 100 pts na sessão desta 3ª feira e reverte ganhos da véspera

por Notícias Agrícolas:

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) recuaram mais de 100 pontos na sessão desta terça-feira (10) e devolveram os ganhos da sessão anterior. O mercado externo se acomoda tecnicamente ante as recentes altas e ainda demonstra fraqueza para se manter acima do patamar de US$ 1,20 por libra-peso.

O contrato maio/18 encerrou a sessão de hoje cotado a 117,60 cents/lb com baixa de 105 pontos e o julho/18 anotou 119,55 cents/lb com recuo de 100 pontos. Já o contrato setembro/18 fechou o dia com 121,65 cents/lb e desvalorização de 90 pontos e o dezembro/18, mais distante, caiu 90 pontos, a 125,00 cents/lb.

Depois de alta de mais de 100 pontos na véspera, o mercado externo do arábica voltou ao lado vermelho da tabela durante toda a sessão desta terça-feira pressionado por indicadores gráficos, já que faltam informações com força para reverter esse cenário. Mais uma vez, as cotações da variedade na ICE não esboçam forças acima de US$ 1,20 por libra-peso.

“As tendências ainda estão de lado para baixo no mercado, mas o lado do baixista do mercado pode estar perdendo alguma da sua força neste momento. Fundos e outros especuladores estavam em ambos os lados do mercado e a indústria é o melhor comprador”, disse em relatório na manhã desta terça Jack Scoville, analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group.

É praticamente consenso entre os analistas a falta de novidades fundamentais no mercado, mas a colheita da safra 2018/19 já se aproxima e novas informações começam a chegar ao mercado, ainda que o impacto seja pequeno. A Volcafé, trading do grupo ED&F Man, divulgou na semana passada que a safra brasileira de café pode chegar a 61,8 milhões de sacas entre arábica e conilon.

Já a última previsão da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) prevê a safra de café do Brasil entre 54,44 e 58,51 milhões de sacas neste ano levando em conta as duas variedades.

A colheita da safra brasileira na maior parte do país deve se intensificar entre abril e junho. Para os próximos dias, a Somar Meteorologia informa que o tempo deve ficar mais seco nos próximos dias sobre as principais origens produtoras com a presença de uma massa de ar seco no Centro-Sul do país. Poderá chover volumes expressivos apenas no final de semana.

Mercado interno

O mercado brasileiro de café segue com negócios isolados, mas já esboçou mais transações nas praças de comercialização nos últimos dias. “Os valores são baixos, passam para o mercado uma falsa ideia dos custos de produção de café no Brasil e as lideranças da cafeicultura precisam se mobilizar para colocá-los na realidade”, disse em relatório o Escritório Carvalhaes.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 479,00 e queda de 0,42%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Lajinha (MG) com avanço de 1,15% e saca a R$ 440,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 451,00 e queda de 1,10%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia junto com Franca (SP), que também teve queda de 1,10%, e saca a R$ 450,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) (-0,45%) e Poços de Caldas (MG) (-0,89%), ambas com saca a R$ 446,00. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2,38% e saca a R$ 430,00.

Na segunda-feira (09), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 429,15 e alta de 0,25%.

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