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Bolsa de Nova York cai mais de 100 pts nesta 4ª feira e março/19 fica abaixo US$ 1/lb

por Notícias Agrícolas:

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quarta-feira (13) com queda de mais de 100 pontos. O mercado repercutiu a alta do dólar ante o real e chuvas no Brasil, mas também registrou movimentações técnicas.

O vencimento março/19 fechou o dia com queda de 155 pontos, a 98,90 cents/lb e o maio/19 anotou 102,30 cents/lb com 125 pontos de recuo. Já o contrato julho/19 registrou 130 pontos de perdas, cotado a 104,95 cents/lb e o setembro/19 caiu 130 pontos, a 107,65 cents/lb.

O mercado do arábica na ICE encerrou a sessão anterior com leve alta em acomodação e atenção, mas logo no início dos trabalhos desta quarta-feira ajustes técnicos passaram a ser vistos no terminal, mas agora do lado negativo. O vencimento referência caiu abaixo de US$ 1/lb.

Operadores na sessão também acompanharam atentos às chuvas em áreas produtoras de café do Brasil nesta semana após dias de condição adversa para as lavouras. Na área de abrangência da Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé) lavouras estavam sem chuvas quase um mês.

“As chuvas abundantes em Minas Gerais, maior região cafeeira do Brasil, estão prejudicando os preços do café arábica depois que a Somar Meteorologia relatou 46,8 mm de chuva em Minas Gerais na semana passada”, destacou em boletim matinal o site internacional Barchart.

Ainda segundo agências internacionais de notícias, os preços do arábica na Bolsa de Nova York também foram impactados pela valorização do dólar ante o real. O dólar comercial subiu 1,05%, cotado a R$ 3,7527 na venda, em movimento corretivo e ansiedade com a reforma da Previdência.

“A fraqueza do real em relação ao dólar hoje também pesa sobre o café arábica, já que o real mais fraco estimula as exportações dos produtores de café do Brasil”, destacou o site internacional. O Brasil é o maior produtor e exportador de café no mundo.

O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) reportou nesta terça-feira que os embarques totais de café do Brasil em janeiro totalizaram 3,28 milhões de sacas, um volume 20,8% superior ao mesmo período de 2018. A receita cambial chegou a US$ 439 milhões.

“As exportações de café do Brasil seguem em um ritmo intenso. Registramos um recorde histórico para o mês de janeiro, confirmando as estimativas. Esse resultado é reflexo de uma boa safra e da qualidade e competência da cadeia produtiva brasileira”, disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

Mercado interno

Diante queda moderada no cenário internacional, os preços do café arábica no Brasil ficaram estáveis ou registraram baixa. Esse cenário contribui para limitar ainda mais os negócios, que já andam bastante lentos, segundo reporte nesta quarta-feira do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 433,00 – estável. A maior oscilação foi em Espírito Santo do Pinhal (SP) com baixa de 2,33% e saca a R$ 420,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 415,00 – estável. Não houve oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 – estável. Não houve oscilação no dia dentre as praças.

Na terça-feira (12), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 408,98 e queda de 0,18%.

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