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Bolsa de Nova York encerra sessão desta 2ª com queda próxima de 200 pts e atinge mínimas de 3 semanas

por Notícias Agrícolas:

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta segunda-feira (14) com queda próxima de 200 pontos após tocar mínimas de 20 de abril. O mercado externo do grão foi pressionado por movimentação dos especuladores no mercado, câmbio e ainda informações sobre a safra brasileira, que avançará na colheita nos próximos dias.

O vencimento julho/18 registrou na sessão 117,60 cents/lb com queda de 180 pontos e o setembro/18 anotou 119,90 cents/lb com 180 pontos de baixa. Já o contrato dezembro/18 fechou o dia com 123,45 cents/lb e desvalorização de 175 pontos e o março/19, mais distante, recuou 175 pontos, fechando o dia a 127,00 cents/lb.

O mercado externo do arábica seguiu em baixa na sessão ainda repercutindo informações dos últimos dias, como câmbio e informações do Brasil. No entanto, segundo reporta a Reuters internacional, dados que mostram que os especuladores já cobriram mais posições vendidas do que o esperado, também contribuíram para as perdas acentuadas.

“Conhecendo a mão forte dos fundos e o que eles podem restabelecer em posições vendidas, as compras da indústria certamente não são suficientes para manter o mercado firme”, disse um operador para a agência de notícias. O vencimento julho/18, atual referência para o mercado, já trabalha no patamar de US$ 1,17 por libra-peso.

O mercado externo também segue bastante atento às informações sobre a safra 2018/19 do Brasil. A condição de seca nos últimos dias, na visão dos operadores externos, tende a favorecer a maturação dos grãos e colheita. Nessa perspectiva, entidades privadas estimam que a produção brasileira neste ano atinja um recorde.

“Muitos desses compradores demonstram acreditar em uma safra brasileira 2018/2019 acima de 60 milhões de sacas e falam em preços para a nova safra que dificultam bastante o fechamento de negócios por parte dos exportadores brasileiros”, disse em seu informativo mais recente o Escritório Carvalhaes.

No entanto, em entrevista ao Notícias Agrícolas, Lúcio Dias, superintendente comercial da Cooxupé, disse que a safra de café no país pode ser menor do que a estimada pelo mercado e que produtores aguardam melhores preços. A cooperativa é a maior do Brasil. Para ele, a produção será impulsionada, de fato, pelo café conilon, que deverá ter uma produção de 13 a 15 milhões de toneladas.

O câmbio também segue impactando o mercado do arábica na ICE. O dólar comercial avançou 0,76%, cotado a R$ 3,6281 na venda, maior patamar em dois anos. O mercado acompanhou a divulgação de pesquisa eleitoral que indicou preferência por candidatos que os investidores enxergam como menos comprometidos com ajuste fiscal. A divisa mais alta tende a encorajar as exportações da commodity.

“O mercado não gostou da pesquisa. Ciro cresceu… Marina está em segundo lugar”, afirmou gestor de derivativos de uma corretora local para a Reuters.

Mercado interno

O mercado interno voltou a ter negócios isolados neste início de semana. Mesmo com a chegada da safra, o volume de café novo que chega ao mercado ainda é pequeno, segundo disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP). “Os preços em reais recuaram um pouco, voltando a dificultar o fechamento de negócios”, disse o Escritório Carvalhaes.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 487,00 e queda de 1,22%. A maior oscilação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com recuo de 6,38% e saca a R$ 440,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 475,00 e alta de 2,15%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 457,00 e queda de 0,65%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Lajinha (MG) com desvalorização de 6,67% e saca R$ 420,00.

Na sexta-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 448,47 e avanço de 0,94%.

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