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Bolsa de Nova York esboça reação nesta 5ª e sobe mais de 50 pts depois de quatro quedas seguidas

por Notícias Agrícolas:

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (10) com alta de mais de 50 pontos. O mercado testou recuperação técnica depois de recuar nas últimas quatro sessões, mas também teve suporte do câmbio. Apesar do avanço, o contrato referência abaixo de US$ 1,20 por libra-peso.

O vencimento julho/18 registrou na sessão 119,55 cents/lb com alta de 80 pontos e o setembro/18 anotou 121,85 cents/lb com recuo de 75 pontos. Já o contrato dezembro/18 fechou o dia com 125,30 cents/lb e valorização de 75 pontos e o março/19, mais distante, avançou 80 pontos, fechando a 128,85 cents/lb.

Depois de quedas seguidas nos últimos dias, o mercado externo do arábica testou recuperação técnica na sessão desta quinta-feira. Traders relataram para a Reuters internacional que os preços futuros do arábica se recuperaram após testarem em parte do dia um suporte técnico em torno de US$ 1,185.

Além disso, as cotações também ganharam impulso importante ao longo do dia com o fortalecimento do real ante o dólar, o que acaba impactando as exportações do grão. O dólar comercial encerrou o dia com queda de 1,35% ante o real, cotado a R$ 3,5467 na venda com exterior, depois de chegar ao maior nível em dois anos na véspera.

“Esse alívio é momentâneo. Há muitas incertezas ainda. Precisamos ver outros indicadores sobre a economia dos EUA e ainda há a questão eleitoral doméstica”, disse à Reuters o gestor de derivativos de uma corretora local, para quem 3,50 reais agora seria um piso para o mercado.

O otimismo com a safra brasileira vinha repercutindo bastante nos últimos dias entre os operadores externos. “As chuvas continuam a desaparecer das previsões a longo prazo para o centro e norte do Brasil. Essa região deve continuar na seca”, disse Donald Keeney, da Radiant Solutions. A condição tende a maturação e colheita.

Ainda que isolados, os trabalhos no campo já começaram em algumas áreas do Sul de Minas Gerais e segue a expectativa de alta produção no campo. “Este período de estiagem beneficia a colheita, porque não se tem umidade e proliferação de fungos, mas ao mesmo tempo o solo entra em déficit”, afirma o engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, em Franca (SP), Marcelo Jordão Filho.

Mercado interno

Os negócios no mercado brasileiro seguiram ocorrendo lentamente nesta quinta mesmo com a alta externa no dia. Apesar dos trabalhos de colheita já terem se iniciado em algumas lavouras do país, o volume de café novo que chega ao mercado ainda é pequeno, segundo disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 490,00 e queda de 0,61%. A maior oscilação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com recuo de 1,08% e saca a R$ 460,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 465,00 e recuo de 2,11%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 457,00 e queda de 0,65%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Franca (SP) com desvalorização de 2,17% e saca R$ 450,00.

Na quarta-feira (09), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 445,49 e recuo de 0,39%.

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