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Bolsa de Nova York fecha com alta de mais de 200 pts após dólar despencar 2,2% nesta 5ª feira

por Notícias Agrícolas:

Acompanhando a forte queda do dólar em relação ao real nesta quinta-feira (3), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York subiram mais de 200 pontos e o vencimento maio/16 se aproxima do patamar de US$ 1,18 por libra-peso. Com a ausência de novidades fundamentais, o mercado tem se baseado bastante no câmbio e indicadores técnicos nas últimas sessões.

De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, recompras de fundos também foram registradas na bolsa. Ele estima que elas devem ter a “continuidade assegura já que, tecnicamente, os níveis ficaram interessantes”.

O contrato março/16 fechou a sessão de hoje cotado a 115,60 cents/lb com alta de 225 pontos, o maio/16 teve 117,85 cents/lb e 230 pontos positivos. Já o vencimento julho/16 registrou 119,60 cents/lb com 220 pontos positivos e o setembro/16 registrou 121,30 cents/lb com valorização de 215 pontos.

Acompanhando as informações da suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral e aspectos externos, o dólar desabou mais de 2% nesta quinta-feira e voltou à casa dos R$ 3,80. A moeda estrangeira menos valorizada que o real acaba desencorajando as exportações da commodity e com isso as cotações externas sobem. O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 3,8022 na venda com baixa de 2,20%.

Em fevereiro (19 dias úteis), as exportações de café em grão do Brasil totalizaram 2,67 milhões de sacas de 60 kg, com receita de US$ 397 milhões. Comparando esses dados com o volume exportado pelo País no mesmo período de 2015 (2,51 milhões de sacas), houve uma alta de 6,2%. Já em relação à receita houve uma queda de 19,55%.

Agências internacionais de notícias têm reportado que as commodities agrícolas, de um modo geral, estão sendo bastante influenciadas pelo cenário macroeconômico e não pelos aspectos fundamentais de cada uma e por isso oscilam sem indicar tendência definida nas últimas semanas. Os investidores estão preferindo ativos mais seguros uma vez que a aversão ao risco nos mercados globais continua alta.

Mercado interno

Os vendedores do mercado físico brasileiro continuam recuados e preferem não negociar a pouca produção que ainda lhes resta pelos baixos preços ofertados. “Vendedores recuados e preços nominais dão a tônica”, pondera Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 550,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com avanço de 1,17% e saca cotada a R$ 518,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 532,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,03% e saca valendo R$ 489,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 515,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi em Patrocínio (MG) com baixa de 2,04% e R$ 480,00 a saca.

Na quarta-feira (2), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 477,77 com alta de 0,09%.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, voltaram a fechar praticamente estáveis nesta quinta-feira. O contrato março/16 registrou US$ 1358,00 por tonelada – estável, o maio/16 teve US$ 1397,00 por tonelada e avanço de US$ 6, enquanto o julho/16 anotou US$ 1425,00 por tonelada e valorização de US$ 5.

Na quarta-feira (2), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 370,97 com queda de 0,40%.

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