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Bolsa de Nova York fecha semana com alta de quase 4,5% e vencimentos se sustentam em US$ 1,30/lb
por Notícias Agrícolas:
Completando oito sessões seguidas de alta, o mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registrou nesta semana ganhos de quase 4,5% nos principais vencimentos. Refletindo as incertezas em relação ao equilíbrio entre oferta e demanda nesta temporada, o câmbio – impactado pelos desdobramentos políticos no Brasil – e indicadores técnicos, os vencimentos saíram do patamar de US$ 1,25 por libra-peso na semana passada e fecharam o dia ao redor de US$ 1,30/lb.
As cotações futuras do arábica no terminal externo chegaram a realizar lucros no início dos trabalhos desta sexta-feira (13) e recuaram cerca de 100 pontos. O movimento já era esperado e foi antecipado por analistas durante a semana no Notícias Agrícolas. O dólar também contribuiu para a baixa no mercado. No entanto, os preços acabaram virando e encerraram a sessão do lado azul da tabela, mas praticamente estáveis.
O contrato maio/16 fechou a sessão cotado a 128,80 cents/lb com alta de 60 pontos, o julho/16 teve 130,10 cents/lb com avanço de 5 pontos. Já o vencimento setembro/16 registrou 131,95 cents/lb também com valorização de 5 pontos, enquanto o dezembro/16 anotou 134,55 cents/lb com 20 pontos positivos.
O câmbio tem impactando bastante os preços externos do café arábica nos últimos dias. No entanto, nesta sexta, a moeda estrangeira passou a subir, após a posse do interino Michel Temer na Presidência com o afastamento por até 180 dias de Dilma Rousseff. O dólar mais alto em relação ao real tende a encorajar as exportações da commodity e preços externos recuam.
A moeda estrangeira fechou a sessão de hoje cotada a R$ 3,5236 na venda com alta de 1,47%. Na semana, a moeda norte-americana subiu 0,59 por cento
De acordo com o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado, as cotações do café arábica no terminal externo devem permanecer lateralizadas e oscilando com o financeiro até que a nova safra chegue com mais força. “O fluxo de negócios só será maior com a chegada da produção da safra nova em cerca de 20 dias. No mais, os preços devem permanecer lateralizados e nesta morosidade”, explica.
Segundo levantamento recente da Safras & Mercado, reportado pela Reuters nesta sexta-feira, a colheita de café da safra 2016/17 do Brasil já atingiu 7% da área total, cerca de 4,22 milhões de sacas de 60 kg. A consultoria projeta a produção do país em 56,4 milhões de sacas.
Até o momento, foram colhidas 2,81 milhões de sacas da variedade arábica e 1,41 milhão de robusta.
No lado fundamental, os operadores externos continuam apostando em safra de café no Brasil próxima de 50 milhões de sacas nesta temporada. No entanto, apesar da produção mais alta em relação aos anos anteriores, os estoques estão bem baixos e isso também acaba dando suporte aos preços.
Mercado interno
O mercado no Brasil teve mais uma semana de poucos negócios com os produtores distantes das praças de comercialização e atentos aos trabalhos de colheita. “Há muito pouco café da safra passada disponível”, pondera Anilton Machado. Em contrapartida, o lado comprador também não aparece ativamente no mercado. Os preços internos tiveram poucas variações no comparativo semanal, o destaque fica por conta de Varginha (MG), que apresentou boas altas.
Os dados mais recentes de exportação do Brasil já indicam essa lentidão nos negócios. Em abril, as exportações do grão e do café industrializado do Brasil caíram 25% em relação ao mesmo período de 2015, somando 2,4 milhões de sacas. Os dados são do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
De acordo com o relatório, embora o resultado tenha sido menor no ano passado, desde janeiro deste ano a soma das exportações já atinge mais de 11 milhões de sacas e no acumulado dos últimos 12 meses a média permanece acima das 36 milhões de sacas.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Guaxupé (MG) com R$ 540,00 a saca e alta de 0,56%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 1,85% e saca a R$ 530,00.
Da sexta-feira passada para hoje, a cidade que registrou maior variação para o tipo foi Varginha (MG) com alta de R$ 30,00 (6,12%), saindo de R$ 490,00 para R$ 520,00 a saca.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 530,00 a saca e avanço de 0,57%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.
Para o tipo, conforme o gráfico, a maior oscilação na semana foi registrada em Varginha (MG), que tinha saca cotada a R$ 470,00, mas subiu R$ 20,00 (4,21%) e agora vale R$ 495,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG) – estável, Espírito Santo do Pinhal (SP) – alta de 2,08%, Franca (SP) – avanço de 2,08% e Varginha (MG) – estável, ambas com R$ 490,00 a saca. A maior variação no dia dentre as praças foi ocorreu em Patrocínio (MG) com alta de 3,19% e saca a R$ 485,00.
A variação mais expressiva de preço na semana para o tipo 6 duro também foi registrada em Varginha (MG), por lá a saca estava cotada a R$ 470,00 na sexta-feira passada, mas teve valorização de R$ 20,00 (4,26%) e agora está em R$ 490,00.
Na quinta-feira (12), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 469,06 com alta de 0,56%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, seguiu Nova York e fechou praticamente estável nesta sexta-feira. O contrato maio/16 registrou US$ 1649,00 por tonelada – estável, o julho/16 teve US$ 1682,00 por tonelada e avanço de US$ 4, enquanto o setembro/16 anotou US$ 1692,00 por tonelada e valorização de US$ 2.
Na quinta-feira (12), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 390,20 com alta de 0,33%.
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