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Bolsa de Nova York fecha sessão desta 4ª feira em alta e recupera parte das perdas dos últimos dias

por Notícias Agrícolas:

Após baixas seguidas, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quarta-feira (12) com alta próxima de 50 pontos, mas os lotes com vencimentos mais próximos seguem abaixo de US$ 1,30 por libra-peso. O mercado experimentou um processo natural de ajustes, depois de quatro quedas consecutivas, e também acompanhou as informações sobre exportações e estoques do Brasil divulgadas durante o dia.

O contrato julho/17 fechou a sessão cotado a 126,00 cents/lb com alta de 155 pontos, o setembro/17, referência de mercado, registrou 127,60 cents/lb com avanço de 70 pontos. Já o vencimento dezembro/17 encerrou o dia com 131,15 cents/lb e também valorização de 70 pontos e o março/18, mais distante, subiu 75 pontos, fechando a 134,60 cents/lb.

O analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, destaca em seu boletim mais recente sobre o mercado que “não há notícias que justifiquem os preços em alta”. “Conversas de que poderá haver outro ano de produção menor do que a demanda começam a causar o interesse comprador, mas esse interesse não está tão forte por agora. O mercado precisa de outra coisa”, disse Scoville.

Informações reportadas por agências internacionais também falam nas vendas do mercado. “Os especuladores venderam agressivamente no mercado do arábica, que, em nossa opinião, está um pouco distante dos fundamentos, que parecem mais construtivos”, afirmou o banco ING à Reuters.

O câmbio também contribuiu para os ganhos na sessão. O dólar no Brasil teve queda expressiva e voltou ao patamar de R$ 3,20 repercutindo a aprovação da reforma trabalhista no Senado e a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) divulgou hoje seu balanço das exportações no ano safra 2016/17, encerrado no último mês de junho. Os embarques do grão totalizaram 32,90 milhões de sacas de 60 kg no período, o que corresponde a uma queda de 7,4% em relação à temporada anterior. A receita, no entanto, teve alta de 5% para US$ 5,64 bilhões.

Paralelamente, a Conab também fez uma divulgação importante nesta quarta-feira. De acordo com a autarquia, os estoques privados de café do Brasil estavam em 9,86 milhões de sacas de 60 kg em 31 de março de 2017, final da safra 2016. O número representa uma queda de 27,4% em relação ao período do ano safra anterior.

Mercado interno

Do lado interno, não há mudanças, o produtor de café segue retraído do mercado à espera de melhores patamares de preço e atentos aos trabalhos de colheita uma vez que o clima já não assusta mais tanto quanto nos últimos dias. “Segundo colaboradores do Cepea, produtores têm preferido separar os melhores grãos para entregas programadas e o cumprimento de contratos”, reportou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 492,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 2,04% e saca a R$ 480,00.

O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a 460,00 – estável. A oscilação mais expressiva no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 1,10% e saca cotada a R$ 450,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 460,00 e estabilidade. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) (-1,12%) e Poços de Caldas (MG) (+1,12%), respectivamente, com saca a R$ 450,00 e R$ 440,00.

Na terça-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 442,86 e queda de 0,84%.

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