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Bolsa de Nova York se recupera nesta 3ª feira após três quedas seguidas

por Notícias Agrícolas:

Brasil negócios são isolados

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) valorizaram-se nesta terça-feira (5) em correção técnica, recuperando partes das perdas de ontem com o mercado ainda incerto com relação ao potencial produtivo do Brasil nesta safra e a valorização do dólar ante outras moedas, inculsive o real, o que encoraja as exportações da commodity.

O contrato maio/15 encerrou a sessão com 132,55 cents/lb com alta de 70 pontos, o julho/15 registrou 133,65 cents/lb com valorização de 75 pontos. O vencimento setembro/15 teve 136,35 cents/lb com avanço de 70 pontos e o dezembro/15 fechou o dia com 140,25 cents/lb e 75 pontos positivos.

De acordo com o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado, a recuperação do mercado foi inevitável após as quedas verificadas nos últimos pregões. “Hoje tivemos um dia de correção técnica e ajuste de carteira dos envolvidos na bolsa”, afirma.

O Conselho Nacional do Café (CNC) informou hoje, no relatório conjuntural de abril, que o mercado no mês passado apesar de registrar intensa volatilidade conseguiu avançar levemente, motivado principalmente, pela tendência de queda do dólar. A proximidade da colheita nacional e o aumento das especulações devido à divulgação de estimativas internacionais sem embasamento de campo para a temporada 2015/16 do Brasil impediram maior reação dos preços futuros diante da recuperação do real ante a divisa norte-americana.

Já no mercado físico brasileiro, os preços do café encerraram abril acumulando queda. Os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, no final do mês, a R$ 435,70/saca e a R$ 294,19/saca, com perdas de, respectivamente, 1,9% e 2,8% no mês.

Segundo o Cepea, a queda mais acentuada nos preços do café conilon se deveu à entrada no mercado de lotes da safra 2015/16. Levantamento realizado pela instituição indicou que, em meados de abril, ainda restavam cerca de 20% dos grãos da safra 2014/15 capixaba para serem negociados. Esse café apresenta qualidade superior à dos primeiros lotes da nova safra, que foi prejudicada pela estiagem. Em Rondônia, praticamente todo o volume colhido no ano anterior já foi comercializado e a nova safra (2015/16) tem sido prejudicada por chuvas e elevado número de grãos verdes nos pés.

Em relação à variedade arábica, as pesquisas realizadas em abril pelo Cepea indicaram ritmo lento nas negociações para entrega futura da safra 2015/16, com valores variando entre R$ 460,00 e R$ 550,00 por saca nos contratos firmados para realização em setembro e outubro de 2015. Em meados de abril, apenas no Cerrado Mineiro, na Zona da Mata de Minas e na Mogiana Paulista o porcentual comercializado do volume a ser colhido em 2015 superava os 10%. No mesmo período do ano anterior, a comercialização ultrapassava os 30% em muitas praças, devido à forte valorização dos preços observada no primeiro trimestre de 2014.

Colheita do Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná divulgou em seu mais recente levantamento semanal que o índice de produção de café colhido no estado alcançou 2% até o dia 4 de maio.

Cerca de 87% das lavouras de café paranaenses estão em condições consideradas boas e 17% são consideradas médias. Um índice de 52% está na fase de maturação, pronta para ser colhida e 48% ainda tem frutos em formação.

Mercado interno

Os negócios seguem isolados nas praças de comercialização espalhadas pelo Brasil. Apesar do mercado externo buscar recuperação nesta terça, as cotações dos cafés no Brasil seguem com desempenho aquém das expectativas, informam analistas.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 505,00 – estável. A variação mais expressiva ocorreu em Poços de Caldas-MG com queda de 2,09% e saca cotada a R$ 469,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 505,00 a saca – estável. A maior oscilação ocorreu em Varginha-MG onde a saca recuou 1,11% para R$ 445,00.

O tipo 6 duro teve maior valor em Araguarí-MG com R$ 470,00 a saca e valorização de 2,17%. Foi a maior variação no dia dentre as praças.

Na segunda-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 1,23% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 430,33.

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