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Bolsa de Nova York sobe quase 200 pts nesta 5ª feira e vencimentos voltam a ficar acima de US$ 1,20/lb

por Notícias Agrícola:

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quinta-feira (5) com alta próxima de 200 pontos e estenderam os ganhos da sessão anterior. Com isso, as cotações voltaram a ficar acima do patamar de US$ 1,20 por libra-peso. O mercado registrou ajustes técnicos, após as recentes quedas, mas também teve suporte do financeiro.

O vencimento maio/16 encerrou a sessão cotado a 120,90 cents/lb e o julho/16 teve 121,50 cents/lb, ambos com 180 pontos de alta. Já o contrato setembro/16 registrou 123,25 cents/lb com 170 pontos positivos, enquanto o dezembro/16 fechou o dia com 125,75 cents/lb e 160 pontos de valorização.

De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, recompras de fundos deram suporte aos preços externos do arábica nesta quinta-feira. “Para amanhã, tudo indica que teremos sadias oscilações e o campo positivo sendo prevalecido no final dos trabalhos”, afirma. O mercado também ganhou força após se sustentar acima de US$ 1,20/lb durante a sessão, patamar que vinha tentando ser reconquistado.

Após acumular alta de quase 4% na segunda e terça-feira, o dólar comercial voltou a perder força hoje repercutindo a melhora nos preços do petróleo e a ausência da atuação do Banco Central no câmbio. Com o dólar mais baixo em relação ao real, as exportações da commodity tendem a recuar e os preços futuros esboçam alta.

Após atingir R$ 3,5080 na mínima da sessão, a moeda estrangeira fechou o dia cotada a R$ 3,5398 na venda com recuo de 0,01%. Operadores afirmam que a tendência para os próximos dias é mesmo da moeda estrangeira mais baixa que o real por conta da instabilidade política vivida no Brasil.

A colheita do café da safra 2016/17 ganha ritmo nas principais áreas produtoras do Brasil e não há relatos de problemas. No Paraná, 5% da área de produção do estado, estimada em 47,34 mil hectares, já foi colhida. Os dados foram divulgados pelo Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (SEAB).

A entidade projeta a produção de café da safra que começou a ser colhida entre 1 milhão de 1,1 milhão de sacas de 60 kg e produtividade média de 22,6 sacas por hectare. Na temporada 2015/16, a produção do grão no Paraná totalizou 1,2 milhão de sacas.

Mercado interno

No Brasil, seguem lentos os negócios com café. Os produtores estão mais atentos aos trabalhos de colheita e preferem aguardar melhores patamares para voltar às praças de comercialização. Por outro lado, o comprador também aguarda a chegada da nova safra.

Segundo informações reportadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) os preços do arábica e robustas iniciarão o mês de maio mais firmes. No entanto, quedas nos valores do arábica e altas nas cotações do robusta levaram a um estreitamento da diferença média entre ambos, que foi de 87,37 reais/saca de 60 kg no mês, a menor desde janeiro de 2014.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 530,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Guaxupé (MG) com alta de 0,97% e saca a R$ 520,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 510,00 a saca e valorização de 0,99%. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 1,68% e saca a R$ 469,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação na cidade de Araguari (MG) com R$ 490,00 a saca – estável. A maior oscilação ocorreu em Franca (SP) com R$ 480,00 a saca e alta de 2,13%.

Na quarta-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 453,06 com queda de 0,19%.

Bolsa de Londres

A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, para o café robusta fechou com forte alta nesta quinta-feira. O contrato maio/16 registrou US$ 1578,00 por tonelada com alta de US$ 26, o julho/16 teve US$ 1620,00 por tonelada e avanço de US$ 35, enquanto o setembro/16 anotou US$ 1630,00 por tonelada e valorização de US$ 27.

Na quarta-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 383,70 com alta de 1,29%.

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