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Bolsa de Nova York tem maior alta em mais de um mês nesta 4ª com suporte do dólar e broca no Brasil

por Notícias Agrícolas:

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) tiveram altas de mais de um mês, mais de 400 pontos, nesta quarta-feira (26) com o câmbio oscilando Brasil, já que as transações são feitas em dólar, e o os operadores temerosos com as informações de um ataque de broca nas lavouras brasileiras. Com esse avanço, alguns vencimentos mais distantes voltaram a ficar próximos de US$ 1,40 por libra-peso.

O contrato setembro/17 fechou a sessão cotado a 134,80 cents/lb com alta de 420 pontos, o dezembro/17, referência de mercado, registrou 138,35 cents/lb com avanço de 415 pontos. Já o vencimento dezembro/17 encerrou o dia com 141,90 cents/lb e valorização de 415 pontos e o março/18, mais distante, também subiu 415 pontos, fechando a 144,10 cents/lb.

Após registrar baixas nos últimos dias, as cotações do arábica voltaram ao lado positivo da tabela nesta quarta à medida em que o dólar se desvalorizou ante o real no Brasil após o Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, manteve a taxa de juros do país e informou que vai retirar sua ferramenta de estímulo em breve.

“Os preços do café voltaram a trabalhar em alta na Bolsa de Nova York. A cotação para vencimento setembro/17 fechou o dia a 134,80 cents/lb com alta de 420 pontos, recuperando boa parte do espaço perdido nos últimos dias. Valorização da moeda brasileira e recompra de posições foram alguns motivos da alta de hoje”, explicou em relatório o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.

O dólar fechou o dia com queda de 0,73%, cotada a R$ 3,1442 na venda, após três altas em sessões anteriores. Com o dólar mais baixo, as exportações do produto brasileiro tendem a perder competitividade já que os negócios são fechados na moeda estrangeira. A alta no terminal externo do arábica também motivou compras gráficas.

De acordo com informações reportadas pela agência de notícias Reuters, os operadores no terminal externo acompanham atentamente as informações sobre surtos de broca no Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo. “A quantidade de café de menor qualidade será maior neste ano na comparação com os anos passados”, disse um grande importador dos Estados Unidos.

A colheita de café da safra 2017/18 avança no Brasil. A Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) informou na terça que a colheita de seus cooperados estava em 67,45% até o dia 22 de julho, ou 4,59 milhões de sacas de 60 kg. Os trabalhos estão mais adiantados que os últimos cinco anos. A cooperativa espera que seus cooperados produzam neste ano 6,8 milhões de sacas de café e deve receber 4,28 milhões de seus associados ao longo do ano.

Mercado interno

Os negócios com o café no Brasil seguem lentos mesmo com a colheita avançando nas origens produtoras do país. ” Segundo agentes consultados pelo Cepea, o clima mais frio tem atrasado o beneficiamento dos grãos, principalmente a secagem, limitando a oferta no mercado físico. Além disso, muitos produtores estão concentrados nas entregas futuras, em detrimento das negociações no spot, cenário que também tem travado as negociações do arábica”, reportou em nota o Cepea (Centro de Estados Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 505,00 e alta de 3,06%. A maior oscilação dentre as praças no dia.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca (estável) e Varginha (MG) (+2,20%), ambas com saca a R$ 465,00. A maior oscilação no dia dentre as praças aconteceu na praça mineira.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 460,00 e alta de 2,22%. Guaxupé (MG) teve a maior oscilação no dia com avanço de 2,47% e saca cotada a R$ 456,00.

Na terça-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 445,67 e queda de 0,97%.

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