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Bolsa de NY fecha em alta pela segunda sessão consecutiva com avanço do petróleo e queda do dólar

por Notícias Agrícolas:

Após operar durante a maior parte do dia em baixa, os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam do lado azul da tabela pela segunda sessão consecutiva. Ainda assim, a valorização não foi suficiente para fazer o vencimento março/16 voltar ao patamar de US$ 1,16 por libra-peso. O avanço de outras commodities, principalmente, o petróleo e o lado financeiro acabaram dando suporte ao mercado.

O vencimento março/16 fechou a sessão cotado a 115,90 cents/lb com alta de 110 pontos, o maio/16 registrou 118,15 cents/lb e avanço de 105 pontos. Já o contrato julho/16 teve 120,20 cents/lb e o setembro/16 anotou 122,10 cents/lb, ambos com 100 pontos de valorização.

Com a recuperação nos preços do petróleo compensando as preocupações com a saúde da economia chinesa e a situação fiscal do Brasil, o dólar comercial fechou em baixa hoje, após oscilar dos dois lados da tabela durante a sessão. A moeda estrangeira recuou 0,31%, cotada a R$ 3,9983 na venda. O dólar menos valorizado ante o real desencoraja as exportações.

“Não está sendo esperado nenhum grosseiro movimento especulativo para amanhã já que as variáveis disponíveis foram precificadas, salvo algum fato novo”, explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Apesar da alta na ICE, informações de agências internacionais dão conta que os investidores seguem acompanhando o desenvolvimento das lavouras no Brasil. Desde o final da semana passada, as principais áreas produtoras de arábica têm recebido bons volumes de chuva, contribuindo para o desenvolvimento da safra 2016/17.

Mapas climáticos da Somar Meteorologia apontam que uma frente deve continuar provocando chuva intensa entre São Paulo e Minas Gerais no decorrer desta semana. Em alguns municípios próximos à Franca (SP), o acumulado de chuva pode superar os 100 mm.

De acordo com a estimativa mais recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a colheita brasileira da safra 2016/17 pode chegar a 49,7 milhões de sacas de 60 kg, ante 44,2 milhões de sacas em 2015. Já para o CNC, a colheita do País neste ano deve ficar entre 48 e 50 milhões de sacas, após três safras consecutivas de quebra.

Mercado interno

Diante deste cenário instável, os negócios nas praças de comercialização do Brasil seguem lentos. “Independente das oscilações do dólar ou das bolsas, o mercado físico não ganha ritmo deixando as praças dentro de um grande vazio de ofertas e expectativas”, afirma Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 547,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) que teve queda de 0,77% e saca valendo R$ 518,00.

O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 549,00 a saca – estável. A maior variação no dia aconteceu em Poços de Caldas (MG) que tem saca valendo R$ 487,00 e queda de 1,42%.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Poços de Caldas (MG) com baixa de 1,87% e saca cotada a R$ 472,00.

Na quarta-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 490,33 com alta de 1,36%.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, caíram nesta quinta-feira. O contrato janeiro/16 teve US$ 1400,00 por tonelada com baixa de US$ 15, o março/16 registrou US$ 1436,00 por tonelada com queda de US$ 21, enquanto o vencimento maio/16 teve US$ 1465,00 por tonelada com desvalorização de US$ 23.

Na quarta-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 389,55 com avanço de 1,74%.

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