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Bolsa de NY perde todos os ganhos da sessão anterior; no interno, dólar em alta aquece as vendas

por Notícias Agrícolas:

Nesta quinta-feira (6), as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com queda de 165 pontos nos principais contratos. Durante o dia, o mercado registrou intensa volatilidade e chegou a operar nos dois campos. O volume de negócios foi alto, 41.214 lotes.

O contrato setembro/15 registrou 124,25 cents/lb, o dezembro/15 anotou 127,35 cents/lb e o março/16 fechou o pregão com 130,75 cents/lb. Ambos os vencimentos com baixa de 165 pontos.

De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, apesar das cotações fecharem em baixa hoje o mercado chegou a operar no campo positivo, o que mostra que Nova York começa a encontrar um piso mais baseado em fundamentos. Nas últimas semanas, a bolsa norte-americana estava bastante influenciada pela questão cambial.

Na segunda-feira, o presidente da Procafé, José Edgard Paiva, informou ao Notícias Agrícolas que a safra atual de café do Brasil, provavelmente será entre 20% e 30% menor do que o previsto em março pela Instituição, 41 milhões a 43 milhões de sacas de 60 kg. A estimativa é bem abaixo das mais de 50 milhões de sacas previstas pela Volcafé e pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Segundo o site Agrimoney, os operadores na bolsa norte-americana não repercutiram essa informação ontem pois acreditam que os números da Procafé estão alinhados aos do governo, que muitas vezes tem uma visão pessimista da produção de café doméstica.

Andamento da colheita

A Safras & Mercado divulgou nesta quinta-feira que a colheita da safra 2015/16 chegou em 71% até 4 de agosto. Os trabalhos estão atrasados em relação ao mesmo período do ano passado, quando 86% da safra 2014/15 estava colhida, e está também atrás da média dos últimos 5 anos, que para este período marca 80%.

Tomando por base a estimativa da Safras para a produção de café do Brasil nesta safra, de 50,4 milhões de sacas de 60 kg, é apontado que foram colhidas 35,54 milhões de sacas.

Mercado interno

No mercado físico nacional, segundo informações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a alta nos preços do café atraiu mais produtores e impulsionou os negócios. O aumento nos preços internos, por sua vez, está atrelado à necessidade de compra por parte de alguns agentes, à forte valorização do dólar frente ao real e à alta nos valores externos.

Segundo Marcus Magalhães, apesar do dólar em alta fazer subir os preços no mercado interno, a euforia de venda é contida pelo aumento dos custos de produção ao cafeicultor.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 523,00 – estável. A oscilação mais expressiva foi na cidade de Poços de Caldas-MG com alta de 1,01% e saca cotada a R$ 502,00.

O tipo 4/5 também registrou maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 523,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas-MG onde a saca subiu 3,76%, para R$ 469,00 a saca.

O tipo 6 duro teve maior valor na cidade de Guaxupé-MG com R$ 466,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada na cidade de Poços de Caldas-MG com alta de 2,95% e saca cotada a R$ 454,00.

Na quarta-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta 0,12% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 437,96.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na ICE Futures Europe (antiga Liffe) fecharam em queda nesta quinta-feira. O contrato julho/15 está cotado a US$ 1635,00 por tonelada com desvalorização de US$ 18, o setembro/15 teve US$ 1656,00 por tonelada e recuo de US$ 15 e o novembro/15 anotou US$ 1674,00 por tonelada com US$ 13 de baixa.

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