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Bolsa de NY recua pela quarta sessão seguida; vencimentos para 2016 permanecem acima de US$ 1,20/lb

por Notícias Agrícolas:

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa pela quarta sessão consecutiva nesta segunda-feira (26). O mercado reflete a tranquilidade dos operadores no terminal norte-americano em relação à safra 2016/17, após a melhora nas condições climáticas no cinturão produtivo do Brasil.

O vencimento dezembro/15 registrou na sessão de hoje 117,40 cents/lb com baixa de 105 pontos, o março/16 teve 120,85 cents/lb e 95 pontos de baixa. O contrato maio/16 fechou o pregão cotado a 122,85 cents/lb e o julho/16 teve 124,80 cents/lb, ambos com 115 pontos negativos.

As áreas produtoras de café do Brasil têm recebido precipitações desde a segunda metade da semana passada, mais ainda de forma irregular e com poucos volumes. Mas isso foi o suficiente para que as cotações na Bolsa de Nova York, referência para os negócios no Brasil, recuassem. “A chuva parece ser suficiente no Brasil, maior produtor de café do mundo”, disse um trader à agência de notícias Bloomberg na semana passada. De segunda-feira passada  (19/10) para esta (26/10), o vencimento março/16 recuou 5,18%, saindo de 127,30 cents/lb para R$ 120,70.

Informações do site internacional Agrimoney relatam que os preços no mercado interno também têm caído com a chegada das chuvas. De 15 a 22 de outubro, o indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 perdeu 6,30%, saindo de R$ 500,81 a saca de 60 kg para R$ 469,24.

De acordo com mapas climáticos da Somar Meteorologia, nos primeiros dias de novembro o volume de chuvas deve ser mais elevado para São Paulo e centro e sul de Minas Gerais. Entretanto, para os analistas, as cotações parecem já ter precificado a atual condição das lavouras com a recente melhora no clima.

“Ao que parece, o mercado já dá sinais de que  precificou as chuvas e assim, não estão sendo esperados grandes movimentos especulativos para os próximos dias”, afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães. Vale lembrar que, apesar da queda, os vencimentos para 2016 permanecem acima de US$ 1,20/lb.

Mesmo com o terminal norte-americano repercutindo as chuvas no cinturão produtivo do Brasil, os cafeicultores brasileiros informam que é cedo para confirmar que estas precipitações vão recuperar as plantas danificadas pelas altas temperaturas em plena florada. Em algumas localidades do Sul de Minas Gerais, por exemplo, algumas plantas perderam todo potencial produtivo da próxima temporada devido às altas temperaturas.

Após operar em queda durante quase toda o pregão, o dólar comercial acabou virando e fechou com leve alta, o que também é um fator de pressão para o mercado do café. A moeda estrangeira avançou 0,67 %, cotada a R$ 3,9167 na venda com investidores comprando divisas em meio ao cenário político e econômico difícil no Brasil.

Mercado interno

No Brasil, o dia foi de poucos negócios, seguindo o ritmo dos últimos dias devido às baixas externas. “O setor produtivo está mais preocupado com as chuvas do que com as oscilações mercadológicas e, desta forma, a paradeira mercadológica é grande na maior parte do Brasil”, informa Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação nesta sexta-feira nas cidades de Guaxupé (MG) e Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 540,00 a saca, queda de 0,92% na primeira e alta de 1,89% no município paulista. Foi a maior oscilação no dia.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 540,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com avanço de 1,02% e saca valendo R$ 495,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Araguari (MG) com R$ 500,00 a saca – estável. A maior variação no dia aconteceu em Varginha (MG) com valorização de 5,38% e saca cotada a R$ 490,00.

Na sexta-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou queda de 0,42% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 467,28.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam em baixa nesta segunda-feira. O vencimento novembro/15 encerrou a sessão cotado a US$ 1518,00 por tonelada com queda de US$ 9, o janeiro/16 teve US$ 1548,00 por tonelada, enquanto o contrato março/16 registrou US$ 1561,00 por tonelada, ambos com recuo de US$ 10 de recuo.

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