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Bolsa de NY tem semana positiva, mas fecha com leve recuo nesta 6ª

por Notícias Agrícolas:

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam esta sexta-feira (17) em baixa, mas com preços quase estáveis. Na sessão anterior, o mercado avançou bem com a queda do dólar ante o real e os dados de estoques dos Estados Unidos, que caíram pela terceira vez consecutiva. Dos últimos cinco pregões, apenas dois registraram desvalorização nesta semana no terminal norte-americano.

O vencimento maio/15 fechou a sessão com 138,70 cents/lb e queda de 90 pontos, o julho/15 anotou 141,40 cents/lb com baixa de 10 pontos, o setembro/15 teve 144,00 cents/lb com desvalorização de 5 pontos e o dezembro/15 registrou 147,55 cents/lb com 10 pontos negativos.

De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os fechamentos para o café podem ser considerados de neutros a construtivos.

“O mercado encerrou o dia lateralizado, mas com níveis interessantes que indicam um viés de consolidação, temos que lembrar que daqui alguns dias entraremos no Brasil com um mercado de clima”, explica o analista.

A alta do dólar de sexta-feira, segundo agências de notícias, ajudou a exercer pressão sobre o mercado. A moeda norte-americana às 16h20, tinha valorização de 0,96% frente ao real e estava cotada a R$ 3,0458 na venda. Quando o dólar está mais valorizado ante o real há maior competitividade nas exportações. Vale lembrar que a moeda recuou por três pregões seguidos.

Agentes de mercado também acompanham as condições climáticas no Brasil, avaliando a probabilidade de ocorrência de geadas no Sul do País e de precipitações que venham a dificultar a colheita, que ganhará volume nas próximas semanas.

Segundo mapas climáticos da Somar Meteorologia, os próximos dias no Sudeste devem ser marcados por pancadas de chuvas irregulares e com volumes pouco significativos. No Sul do País, uma frente fria é prevista, mas não deve ter força para chegar no cinturão produtivo da Região.

Na semana passada, os futuros oscilaram bastante. Segundo informações divulgadas e pelo relatório semanal do Conselho Nacional do Café (CNC), o enfraquecimento do dólar frente às principais moedas, inclusive dos países exportadores de commodities, influenciou a discreta valorização das cotações futuras do café arábica nesta semana.

Outro fator que foi mencionado por analistas durante a semana e que em menor intensidade contribuiu para o avanço do mercado foi a queda dos estoques de café verde (em grão) de março dos Estados Unidos, divulgada pela Green Coffee Association (GCA).

Segundo a associação, a queda no mês passado foi de 116.443 sacas de 60 kg, totalizando 5.035.109 sacas até o fim de março. Em fevereiro, o volume foi de 5.151.552 sacas. Essa é a terceira queda consecutiva nos estoques do país que é um dos principais consumidores de café.

O movimento de recuperação no preço do petróleo também vale atenção. Nos últimos 30 dias, o petróleo WTI, negociado na Bolsa de Nova York, apresentou valorização de 24%, direção seguida pela maioria das commodities negociadas na bolsa norte-americana. Essa tendência, em um cenário de baixa probabilidade de elevação dos juros da economia dos EUA, cria um ambiente favorável ao fortalecimento das moedas dos países exportadores de commodities, a exemplo do real brasileiro.

Mercado interno

No Brasil, o setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas deixando as praças de comercialização dentro de um grande vazio de ofertas e expectativas.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 521,00 a saca e avanço de 2,76%. Foi a maior variação no dia.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação também na cidade de Guaxupé-MG com R$ 539,00 a saca e valorização de 3,65%. A maior oscilação dentre as praças hoje.

O tipo 6 duro teve maior valor em Franca-SP com R$ 490,00 a saca – estável. A oscilação mais expressiva no dia foi em Varginha-MG com alta de 3,26% e saca valendo R$ 475,00.

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