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Brasil amplia exportação de café para mercados emergentes
por Revista Globo Rural:
Participação ainda é pequena, mas vendas da safra 2015/2016 reforçam o otimismo do CeCafé em relação ao aumento do consumo
Os mercados emergentes ampliaram sua participação nas exportações brasileiras de café no ano-safra 2015/2016. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (13/7) pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), a proporção passou de 14% para 15,6% de um ciclo para outro, enquanto nos chamados mercados tradicionais caiu de 82% para 80,2%.
A representatividade dos emergentes ainda é pequena, indicam os números da entidade. Dos 35,41 milhões de sacas embarcadas entre julho de 2015 e junho de 2016, 2,52 milhões foram para esse conjunto de países. Mas o volume representou um crescimento de 2% em relação à safra 2014/2015, o que reforça o otimismo dos exportadores.
“Não digo que vá inverter a situação em relação aos tradicionais, mas a participação dos emergentes será maior nos próximos anos porque o consumo nesses países têm crescido mais do que nos tradicionais”, afirma Luciana Florêncio, diretora executiva do CeCafé, sem detalhar uma projeção.
O conceito de emergente, nesse caso, não está associado necessariamente à situação econômica do País, mas à evolução do consumo do produto ao longo dos anos, embora, em alguns casos, os critérios possam se fundir. A Rússia, por exemplo, é considerada emergente nos dois casos. Já a Austrália, desenvolvida economicamente, é vista como emergente no mercado de café.
Na estratégia dos exportadores brasileiros, o mercado asiático é uma das principais apostas de crescimento. Na visão do Cecafé, a região está se abrindo mais para o café. A menina dos olhos é a China, mas os representantes da entidade observam também o potencial de países como Indonésia e Camboja.
“O mercado asiático como um todo é visto com esperança e otimismo. Se houver reflexos dos investimentos no consumo de café, teremos surpresas bastante agradáveis”, diz o presidente da entidade, Nelson Carvalhaes, lembrando a tradição de consumo de chá presente na região.
Ao falarem do mercado asiático, os dirigentes citam como referência o Japão, já considerado um mercado tradicional para o café, além de ser uma economia desenvolvida. No primeiro semestre deste ano, o volume embarcado do Brasil para o País cresceu 4,04% em relação ao intervalo entre janeiro e junho de 2015: 1,25 milhão de sacas. Quarto principal destino do produto brasileiro, respondeu por 8% das remessas na primeira metade de 2016.
Outro exemplo citado é a Coreia do Sul, onde “o consumo tem aumentado em proporções semelhantes ao dos Estados Unidos”, segundo o presidente do CeCafé, em referência ao segundo principal destino do café brasileiro. “É um movimento encabeçado pelos jovens que começa no varejo, nas cafeterias, e tende a migrar para o consumo no lar”, acrescenta Luciana Florêncio.
Apesar do otimismo da entidade que representa os exportadores brasileiros, as vendas de café para o mercado asiático caíram 1% nos primeiros seis meses deste ano em relação ao período em 2015. O volume foi de 2,82 milhões de sacas. Apesar disso, a participação da região passou de 16% para 17% do total na mesma comparação.
Consumidores tradicionais
Já nos mercados considerados tradicionais, que compram o café do Brasil há mais tempo, o primeiro semestre de 2016 mostrou uma queda de 11% nas remessas em comparação com o intervalo de janeiro a junho de 2015. O volume foi de 12,98 milhões de sacas de 60 quilos.
Principal destino do fruto produzido nas lavouras brasileiras, a Alemanha diminuiu as compras em 7,69% na mesma comparação, passando de 3,28 milhões para 3,02 milhões de sacas. Nos Estados Unidos, houve uma queda de 16,6%, de 3,6 milhões para 3 milhões de sacas.
A União Europeia, de uma forma geral, também diminuiu as compras. Os 7,98 milhões de sacas de 60 quilos embarcados entre janeiro e junho deste ano representaram uma queda de 11% em relação ao mesmo intervalo no ano passado. A região recebe 49% do café que o Brasil exporta.
“Foi um movimento natural de mercado. Talvez tenham feito alguma troca ou utilizado estoques em vez de comprar de alguma origem”, avalia o presidente do CeCafé, Nelson Carvalhaes. “Mas esses mercados continuam sendo parceiros fortíssimos e importantes para o nosso café”, acrescenta.
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