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Brasil: consumo interno de cafés especiais será crescente em 2017

por CaféPoint:

Ao mesmo tempo em que o Brasil vive uma das piores crises políticas e econômicas, com as taxas de desemprego atingindo níveis recordes, nota-se o crescimento, de parte da população, pela obtenção de cafés de alta qualidade, também chamados de gourmets ou especiais. Para este ano, a expectativa é de que haja um aumento de até 7% no consumo interno dessas bebidas, de acordo com estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic). O volume representa 800 mil sacas de grãos no ano.

Segundo o diretor-executivo do órgão, Nathan Herszkowicz, o café gourmet começou a aparecer de forma significativa nos anos 2000, e é uma tendência que vem ganhando cada vez mais força, principalmente em função do crescimento do consumo de cápsulas no país, com o advento das máquinas de espresso. Hoje, além das grandes do setor, há também centenas de outras indústrias de café, menores, experimentando o segmento.

“O mercado de cápsulas deve crescer 24,4% este ano, conforme pesquisa da Euromonitor. Elas chegam ao comércio com um valor muito próximo às marcas líderes porque não há disputa por preços menores. A diferença se dá pela alta qualidade”, diz.

De acordo com Herszkowicz, apesar do mercado de cafés especiais responder  por 9% do consumo, enquanto o restante é destinado à ingestão dos cafés comuns, do dia a dia, com preço acessível e qualidade aceitável, consumidores que podem fazer a escolha da bebida optam pelo café gourmet.

“Ele é raro, exclusivo. Quem prova um café de alta qualidade fica apaixonado e não volta atrás, mesmo custando por volta de R$ 53,00 o preço médio do quilo, conforme dados do Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo”, explicou.

Sem medo de errar

Para Herszkowicz, as atuais incertezas políticas não devem alterar a projeção da Abic. Em 2016, ano emblemático para o país, enquanto a associação esperava por uma diminuição considerável no consumo de cafés especiais, devido às mudanças nos hábitos de compra por conta dos altos índices de demissão, o que se viu foi a procura deles, em ritmo elevado.

“Parte da sociedade busca preservar costumes, e o café é uma bebida acessível e democrática. Em 2017, a utilização de café gourmet vai crescer em velocidade maior que o consumo global da bebida, que é equivalente a até 2%”, finalizou.

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