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Brasil e EUA criam plano de trabalho para agilizar exportações

por G1:

Assinatura, em Brasília, é resultado da visita da presidente Dilma aos EUA.

Plano de trabalho é primeiro passo para elaboração de um acordo na área.

Representantes do Brasil e dos Estados Unidos assinaram nesta segunda-feira (29), em Brasília, um plano de trabalho que deverá ter como resultado dar mais agilidade aos procedimentos para trocas comerciais entre os dois países. Trata-se do primeiro passo para a elaboração do Acordo de Reconhecimento Mútuo de Programas de Operador Econômico Autorizado.

O plano de trabalho foi assinado pela Receita Federal e a Agência Americana de Aduana e de Proteção de Fronteiras, representada pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Conforme a Receita Federal, a ação é parte dos resultados da visita da presidente Dilma Rousseff aos EUA.

“Nós entendemos que isso é muito importante para o comércio, muito importante para alavancar as relações nesse caso bilateral entre Brasil e Estados Unidos, especialmente as operações mercantis, as operações de comércio exterior, onde nós faremos essas operações com agilidade, e mais, com segurança aduaneira”, afirmou o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.

Ainda segundo a Receita Federal, a criação do acordo é uma reivindicação da indústria brasileira. A partir dele, será possível reconhecer os procedimentos de certificação do Brasil como equivalentes aos adotados nos EUA. As empresas certificadas representam baixo risco nas operações de entrada de cargas nas fronteiras. A previsão é lançar oficialmente o acordo em meados de 2016.

“As cargas sairão da empresa americana, vão ser desembaraçadas com celeridade, lá na saída, vão entrar nos portos brasileiros também com desembaraço célere e vice-versa. Uma exportação brasileira para uma companhia americana também se dará de maneira ágil e segura”, explicou Rachid.

Visita oficial

Mais cedo, durante pronunciamento a empresários, em Nova York, a presidente Dilma Rousseff defendeu o plano de concessões do governo brasileiro. Dilma apresentou números do plano, lançado no início de junho e que vai envolver R$ 198,4 bilhões em parcerias com o setor privado. A presidente disse ainda que um dos objetivos da viagem da comitiva presidencial aos Estados Unidos é tratar de projetos “viáveis” em infraestrutura.

“É preciso transformar a demanda potencial por melhor infraestrutura [no Brasil] em projetos viáveis de investimentos para o capital privado. É esta a demanda sobre nós. É extamente isso que procuramos fazer. Essa viagem faz parte deste processo”, disse a presidente.

O plano do governo prevê conceder à iniciativa privada a exploração de aeroportos, rodovias, ferrovias e portos. A tentativa é de aumentar os investimentos na área de infraestrutura e fazer a economia voltar a crescer.

Dilma viajou para os Estados Unidos no sábado (27) e volta quarta-feira (1º). A comitiva brasileira conta com 10 ministros. A presidente se encontrou com investidores e empresários em Nova York no domingo e nesta segunda. Ainda na segunda, ela viaja para Washington, onde jantará com o presidente Barack Obama. Depois terá compromissos na Califórnia.

No seminário empresarial desta segunda, a presidente reforçou para a plateia as oportunidades de investimento no Brasil.

“Com mais carros, mais caminhões e ônibus, temos de ampliar o investimento em rodovias, e estamos optando pelo caminho de ampliar concessões”, disse Dilma. “Portos implicam em grande oportunidades de investimentos privados. Mais e mais pessoas, pela melhoria da renda, utilizam aeroportos no Brasil. Todos esses números transmitem uma mensagem: a alta demanda por investimentos em infraestrutura no Brasil”, afirmou Dilma.

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