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Café: Após operar com altas em quase todo pregão, arábica encerra com ajustes técnicos

Por Notícias Agrícolas:

Postado em: 28/05/21

Após operar a maior parte do pregão com valorização, o mercado futuro do café arábica encerrou a sessão desta quinta-feira (27) com ajustes nos preços e baixas técnicas para os principais contratos.

Julho/21 teve queda de 35 pontos, negociado por 155,35 cents/lbp, setembro/21 também teve queda de 35 pontos, valendo 157,30 cents/lbp, dezembro/21 teve baixa de 25 pontos, valendo 160,10 cents/lbp e março/22 teve queda de 20 pontos, valendo 162,45 cents/lbp.

Os preços do café na quinta-feira se estabilizaram mistos, com o robusta registrando uma alta em 2 semanas. Na sessão de quarta-feira (26) as cotações voltaram a subir mais de 500 pontos no mercado futuro. “As preocupações com a safra de café do Brasil alimentaram a compra de futuros de café por fundos. A Marex Solutions disse na terça-feira que os grãos coletados até agora nos campos de café arábica indicam rendimentos bem abaixo do normal”, voltou a destacar a análise do site internacional Barchart.

A crise para o setor cafeeiro, observada pelos produtores desde o ano passado, começa a chegar em outros elos da cadeia cafeeira. Com uma oferta restrita, sem estoque de passagem, torrefadores já encontram dificuldades para comprar café e o preço do produto no varejo também já começa a ser impactado.

“De fato o setor industrial de café passa por uma crise que eu nos 30 anos de café que eu tenho, poucas vezes eu vi igual. Os preços do café sobem sem aviso, de forma explosiva. Houve um aumento entre 80% e 100% na média e esses novos custos não conseguem ser repassados com facilidade pela indústria pelo varejo, então a indústria fica consumindo seu estoque sem poder comprar porque o preço de compra é maior do que o preço de venda do produto final”, afirma Nathan Herszkowicz – Vice-Presidente da Sindicafé-SP.

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon voltou a subir nesta quinta-feira (27). Julho/21 teve alta de US$ 14 por tonelada, valendo US$ 1517, setembro/21 subiu US$ 12 por tonelada, negociado por US$ 1538, novembro/21 teve alta de US$ 11 por tonelada, valendo US$ 1555 e janeiro/22 teve alta de US$ 10 por tonelada, negociado por 1567.

“Os preços do café conilon têm apoio de suprimentos menores de robusta do Vietnã depois que o Escritório Geral de Estatísticas do Vietnã informou que as exportações de café do Vietnã de janeiro a abril caíram -17,6%”, afirma a análise internacional.

No Brasil, o mercado físico registrou queda em algumas praças produtoras do país.

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,60% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 835,00, Patrocínio/MG teve baixa de 0,57%, valendo R$ 875,00, Varginha/MG teve queda de 1,13%, valendo R$ 878,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 882,00, Araguarí/MG por R$ 870,00 e Franca/SP por R$ 885,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 0,57% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 875,00, Patrocínio/MG teve queda de 0,55%, negociado por R$ 905,00, Varginha/MG teve baixa de 1,06%, valendo R$ 930,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 0,53%, negociado por R$ 936,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 935,00.

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