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Café arábica dispara mais de 400 pts nesta 3ª feira em NY com previsão de frio no BR
Café arábica dispara mais de 400 pts nesta 3ª feira em NY com previsão de frio no BR
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Café arábica dispara mais de 400 pts nesta 3ª feira em NY com previsão de frio no BR

por Notícias Agrícolas: Os futuros do café arábica encerraram a sessão desta terça-feira (25) com alta de mais de 400 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado acompanha a previsão de frio no Brasil, mas realiza ajustes e segue o câmbio e dados de estoques. O vencimento julho/19 encerrou o dia com alta de 445 pontos, a 106,45 cents/lb, o setembro/19 anotou 107,45 cents/lb com ganhos de 445 pontos. O contrato dezembro/19 avançou 455 pontos, a 111,05 cents/lb e o março/20 teve 114,65 cents/lb e 455 pontos positivos. As cotações oscilaram entre máxima de 107,70 cents/lb e mínima de 103,73 cents, de acordo com o site de mercado Investing. Esse é o segundo avanço consecutivo no mercado do arábica, agora acompanhando a previsão de frio nos próximos dias. Uma frente fria avança sobre a região Sul do Brasil a partir desta terça-feira (25) com potencial de chegar em áreas do Sudeste nos próximos dias. Na sequência dela, vem uma massa de ar polar que promete derrubar as temperaturas, o que preocupa pela chance de geadas. "As conversas sobre o clima frio estão deixando alguns vendidos um pouco nervosos", disse um operador norte-americano para a agência de notícias Reuters. O vencimento setembro/19, referência de mercado, atingiu o maior nível desde 5 de junho. A Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) informou nesta terça-feira que a colheita dos seus cooperados atingiu 43,48% até o dia 21 de junho. Os trabalhos estão mais acelerados do que nos últimos anos. Em 2018, era 22,93% da produção colhida. A expectativa é de produção de 7,6 milhões de sacas na área de atuação da Cooxupé. Além dos fundamentos, o câmbio e ajustes técnicos também contribuem para a valorização na sessão. Apesar de encerrar o dia em alta de 0,69%, a R$ 3,8528 na venda, o dólar comercial se desvalorizou bastante nos últimos dias. Esse processo impacta as exportações. "O real está logo abaixo da alta de três meses registrada na  segunda-feira. Um real mais forte desencoraja as vendas para exportação pelos produtores de café do Brasil", destacou o site internacional Barchart. Ainda de acordo com o site internacional, operadores também ainda assimilam a divulgação da última sexta-feira (21) de queda nos estoques de café monitorados pela ICE para mínimas de mais de oito meses, totalizando 2,377 milhões de sacas de 60 kg. Mercado interno O mercado brasileiro do café arábica segue com picos de alta nas praças de comercialização do país acompanhando as valorizações externas. Negócios voltaram a ser vistos. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) destacou que o início deste mês de junho tem sido de agentes afastados e liquidez reduzida. O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Patrocínio ((MG) com saca a R$ 465,00 e alta de 3,33%. A maior oscilação no dia ocorreu em Guaxupé (MG) com alta de 3,57% e saca a R$ 464,00. O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 430,00 e valorização de 1,18%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com ganhos de 2,50% e saca a R$ 410,00. O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Patrocínio (MG) com saca a R$ 435,00 e alta de 6,10%. Foi a maior no dia dentre as praças. Na segunda-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 410,65 e alta de 2,12%.