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Café: Arábica é pressionado por estoques na ICE e conilon encerra com leves altas

Por Notícias Agrícolas:

Postado em 11/02/21

O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta quarta-feira (10) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).

Março/21 teve queda de 185 pontos, valendo 121,10 cents/lbp, maio/21 registrou queda de 185 pontos, valendo 123,15 cents/lbp, julho/21 também teve baixa de 185 pontos, negociado por 125,10 cents/lbp e setembro/21 teve baixa de 190 pontos, valendo 126,90 cents/lbp.

“O arábica está caindo devido à preocupação de que a fraca demanda esteja aumentando os estoques de café depois que os estoques de café arábica da ICE na terça-feira subiram para uma alta de 7/3/4 meses de 1,676 milhão de sacas”, destacou o site internacional Barchart.

Os contratos voltaram a registrar quedas mais expressivas depois dos números do Cecafé serem divulgados depois do fechamento do pregão anterior. Segundo o relatório, o  Brasil exportou 3,1 milhões de sacas de café em janeiro deste ano, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído.

Com relação às variedades embarcadas, o café arábica representou 84,2% do volume total de café exportado em janeiro, com 2,6 milhões de sacas embarcadas. O café solúvel representou 8,1% dos embarques no mês, com 254 mil sacas exportadas, e o café conilon (robusta) representou 7,7% de participação nas exportações, equivalente a 241,5 mil sacas. Destaque para esta última variedade de café, que registrou crescimento de 7,9% no período em comparação com o volume do café embarcado em janeiro de 2019.

De acordo com análise do site internacional Barchart, Os preços do café arábica também estão sendo afetados pela redução das condições de seca no Brasil. A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que a precipitação em Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, foi de 78,5 mm na semana passada, ou 160% da média histórica.

 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon teve suporte em uma estimativa de produção mais baixa no Vietnã. Março/21 teve alta de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 1349, maio/21 subiu US$ 9 por tonelada, valendo US$ 1374, julho/21 teve valorização de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 1387 e setembro/21 finalizou com altas de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1403.

“O Escritório Geral de Estatísticas do Vietnã informou na última quinta-feira que as exportações de café do Vietnã em janeiro caíram -17,6%. Além disso, a Associação Nacional do Café do Vietnã em 19 de janeiro projetou que a produção de café do Vietnã cairia de -10% para -15 este ano devido a desastres naturais e menores investimentos resultantes de preços baixos”, voltou a destacar análise internacional.

No Brasil, o mercado físico também encerrou com quedas nas principais praças produtoras do país.

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,32% em Guaxupé/MG, valendo R$ 673,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,61%, negociado por R$ 650,00, Patrocínio/MG também teve baixa de 0,74%, valendo R$ 675,00, Araguarí/MG teve desvalorização de 1,45%, valendo R$ 680,00 e Varginha/MG encerrou com baixas de 2,14%, valendo R$ 685,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 1,38% em Guaxupé/MG, valendo R$ 715,00, Poços de Caldas/MG registrou baixa de 0,56%, valendo R$ 710,00, Patrocínio/MG teve queda de 0,69%, negociado por R$ 715,00. Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 740,00 e Campos Gerais/MG manteve os valores por R$ 735,00.

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