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Café arábica fecha sessão desta 4ª feira com alta de 150 pts na Bolsa de Nova York de olho no câmbio e em ajustes

por Notícias Agrícolas:

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quarta-feira (10) com alta próxima de 150 pontos em ajustes após a baixa da véspera e de olho no câmbio. Com essa alta, os lotes com vencimento mais distante já estão próximos do patamar de US$ 1,40 por libra-peso. Além disso, ainda repercute informações sobre a oferta na safra 2017/18.

O contrato maio/17 fechou a sessão de hoje cotado a 134,30 cents/lb com alta de 150 pontos, o julho/17, referência de mercado, registrou 136,65 cents/lb também com avanço de 150 pontos. Já o vencimento setembro/17 encerrou o dia com 139,00 cents/lb e valorização de 150 pontos e o dezembro/17, mais distante, subiu 145 pontos, fechando a 142,30 cents/lb.

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Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 4ª feira – Fonte: Investing

Após ajustes na terça, o mercado retomou o tom positivo dos últimos dias nesta quarta-feira em ajustes técnicos e com suporte do câmbio. “A verdade é que as cotações não tem encontrado forças para trabalharem acima dos 137,00 cents/lb e nem abaixo dos 135,00 cents/lb, o que poderia trazer uma volatilidade maior para as cotações”, disse na véspera o analista de mercado da Origem Corretora Anilton Machado em relatório.

O dólar comercial trabalhou em baixa durante a maior parte desta quarta acompanhando o cenário externo e com investidores otimistas em relação ao andamento da reforma da Previdência. A divisa recuou 0,57%, cotada a R$ 3,1668 na venda. O dólar mais baixo em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity pelo Brasil.

O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) reportou pela manhã que o Brasil exportou em abril 2,13 milhões de sacas de 60 kg de café, um decréscimo de 13,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a receita cambial ficou em US$ 369 milhões, com o preço médio da saca em US$ 173,63, um aumento de 2,7% e 18,7%, respectivamente na comparação com abril de 2016.

Informações da oferta também seguem repercutindo no mercado. De acordo com dados da OIC (Organização Internacional do Café), o mercado já dá sinais de menor preocupação com a oferta nesta safra 2017/18 e isso também dá pressão aos preços. “As perspectivas de oferta em 2017/18 parecem cada vez mais positivas: as preocupações iniciais sobre a geada no Brasil e a escassez de chuvas no Vietnã afetando as culturas de 2017/18 diminuíram”, disse a OIC.

Mapas climáticos apontam que não estão previstas chuvas significativas em áreas produtoras de café nesta semana, principalmente Minas Gerais. Também não há informações de frio intenso nas principais regiões produtoras, o que ameniza a preocupação dos operadores de que geadas possam afetar a produção do grão.

“O clima no Brasil entra no radar dos operadores, tanto no monitoramento das chuvas durante o período de colheita como também das temperaturas no cinturão de café. Uma perda de qualidade causada por precipitações tem um potencial altista para as cotações, assim como chegadas de frentes-frias a partir de junho desencorajarão uma venda agressiva por parte dos especuladores.”, disse em relatório no início da semana o analista de mercado e diretor da Comexim nos Estados Unidos, Rodrigo Costa.

Mercado interno

Os negócios com café continuam isolados nas praças de comercialização do Brasil ainda que os preços tenham registrado valorização nos últimos dias acompanhando a movimentação externa. Além disso, as cotações internas pedidas pelo cafeicultor e as ofertadas divergem e a proximidade da colheita também esfria os negócios.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 505,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com avanço de 2,13% e R$ 480,00 a saca.

O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com 480,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com alta de 2,15% e R$ 475,00 a saca.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) (estável), Franca (SP) (estável), Guaxupé (MG) (estável), Média Rio Grande do Sul (estável), Oeste da Bahia (+1,09%) e Varginha (+1,09%), ambas com saca a R$ 465,00. A maior variação dentre as praças no dia ocorreu em Maringá (PR) com queda de 1,78% e saca a R$ 442,00.

Na terça-feira (9), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 454,11  e queda de 1,72%.

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